Morreu na tarde de ontem, aos 91 anos, com falência múltipla dos órgãos o ex-presidente e conselheiro do Grêmio Portoalegrense, Rudi Armin Petry. Ele presidiu o clube nos anos de 1966 e 1967. Entre todos os ex-presidentes do clube que continuavam vivos, ele era o mais velho. Também esteve no comando do departamento de futebol diversas vezes. Ultimamente morava no Litoral Norte e sofria de diabetes.
O velório está sendo realizado no Salão Nobre Patrono Fernando Kroeff, no Estádio Olímpico. O corpo será cremado em São Leopoldo à tarde. Rudi Armin Petry deixou os filhos Paulo, 54 anos, e Daniel, 51, e os netos Guilherme, Luíza, Mariana e Roberto.
A trajetória de Petry no Grêmio começou em 1948, quando se associou ao clube. Em 1963, pela primeira vez foi convidado para ser o diretor de futebol. Naquele ano, o tricolor conquistou o segundo dos sete títulos gaúchos em seqüência. Outros dois títulos dessa série, em 1966 e 1967, foram conquistados com ele na presidência.
Seu Petry, como era carinhosamente chamado, também teve participação importante nas maiores conquistas da história do Grêmio. Ele foi o diretor de futebol do time campeão da América e do Mundo, em 1983, ao lado de Túlio Macedo. Sob o comando dele, passaram grandes jogadores, como Airton, Alcindo, Vieira, Sérgio Lopes, Juarez e Ortunho, entre outros.
O ex-dirigente ficou famoso por criar frases de efeito, como "assunto de economia interna", quando não queria falar com a imprensa sobre determinados temas. E “o Grêmio é grande devido à grandeza do Internacional”.
Em 2010 o clube homenageou o antigo dirigente colocando o seu nome em uma sala no Estádio Olímpico, onde funciona a Assessoria de Comunicação e o Departamento de Mulheres Gremistas.
O S.C. Internacional também divulgou nota oficial lamentando a morte de Rudi Armin Petry. O colorado decretou luto oficial de três dias pela perda de um dos maiores dirigentes que o futebol gaúcho conheceu. (Nilo Dias)