Filho de pai russo (Vladimir Blokhin) e mãe ucraniana, Oleh Volodymyrovych Blokhin foi um dos maiores craques do futebol ucraniano em todos os tempos. Nasceu no dia 5 de Novembro de 1952 em Kiev, União Soviética, atual Ucrânia. Começou a carreira de futebolista no Dynamo, de Kiev, em 1969, quando tinha 17 anos.
Por 19 anos vestiu a camisa do clube de sua terra natal, tornando-se uma verdadeira legenda e adorado pelos torcedores como se fosse um santo. Jogou 433 partidas pelo clube, marcando 211 gols e sagrando-se campeão russo em oito oportunidades.
Na Europa, também deu mostras de sua qualidade, levando o Dynamo a ganhar por duas vezes a Recopa europeia. A primeira em 1975, quando derrotou na partida final ao Ferencváros, da Hungria, por 3 X 0. Na segunda conquista, em 1986, bateu no jogo decisivo, disputado em Lyon, na França, ao Atlético de Madrid, também por 3 X 0.
Durante sua carreira teve papel determinante na seleção soviética. Foi o melhor jogador russo da história, graças às participações na seleção entre1972 e 1988, tendo sido recordista em partidas (112) e em gols (42). Foi o líder da seleção da URSS nos Mundiais da Espanha (1982) e México (1986), quando marcou um gol em cada competição.
Em 1988, quando não foi chamado para integrar a seleção soviética, Blokhin decidiu abandonar também o Dynamo, o clube de sua vida, tornando-se um dos primeiros jogadores russos a sair de seu país para jogar no exterior, na equipe do Vorwärts Steyr, da Áustria. Um ano depois (1990) defendeu a equipe grega do Aris Limassol, onde encerrou a vitoriosa carreira.
Ao deixar os gramados tornou-se treinador, dirigindo inicialmente equipes gregas como o Olympiakos, PAOK e Lonikos. Em 2003 foi convidado a dirigir a Seleção da Ucrânia, que se classificou para o Mundial da Alemanha de 2006, quando foi eliminada pela Itália por 3 X 0, nas quartas de final. A “Azurra” sagrou-se campeã daquele Mundial.
Sua vida também esteve ligada a política. Foi eleito para o “Verkhovna Rada” (Parlamento da Ucrânia) em 2002. Em outubro do mesmo ano participou do Partido Unión-Social Democrático da Ucrânia.
Blokhin foi casado com Irina Deriugina, ginasta russa/ucraniana, campeã do mundo. Dessa relação tiveram uma filha, antes de se divorciarem em princípios de 1990.
Em 2006, Blokhin esteve envolvido em acusações de racismo, por ter rechaçado em um site ucraniano a presença de jogadores africanos na Liga de Futebol da Ucrânia, ao dizer que os jogadores ucranianos deveriam aprender a jogar com jogadores como Shevchenko e ele mesmo, e "não com um “Zumba Bumba” que ganha duas bananas por mês para jogar". A declaração foi recebida com muitas críticas pelos jornais do mundo inteiro, por seu teor racista.
Em sua carreira como jogador defendeu estas equipes: Dynamo Kyev, da U.R.S.S./Ucrânia (1969-1988); Vorwärts Steyr, da Áustria (1988-1989) e Aris Limassol, da Grécia (1989-1990).
Como treinador: Olympiakos, da Grécia (1990-1993); PAOK Salonika, da Grécia (1993-1994); Ionikos, da Grécia (1994-1997); PAOK Salonika, da Grécia (1997-1998); AEK Atenas, da Grécia (1998-1999); Ionikos, da Grécia (1999-2002); Seleção Nacional de Futebol da Ucrânia (2003-2012). Desde o final de 2012 é o técnico do Dynamo, de Kiev. Em setembro do ano passado deixou a Seleção de seu país, que fez má campanha na Copa da Europa. Em seu lugar assumiu Mikhailo Fomenko.
O novo técnico é fruto da escola soviética de futebol, tendo vestido por 24 vezes a camisola da URSS, e fez parte da equipa do Dínamo de Kiev dos anos 70 do século passado. O ex-internacional soviético iniciou a sua carreira de treinador em 1979 e do seu curriculum constam passagens pelo Metalist Kharkiv, CSKA Kiev, Tavria Simferopol e a seleção da Guiné.
Títulos de Blokhin: Supercopa de Europa, pelo Dynamo Kiev (1975); Recopa de Europa, pelo Dynamo Kiev (1975 e 1986); Liga da URSS, pelo Dynamo Kiev (1971, 1974, 1975, 1977, 1980, 1981, 1985 e 1986); Copa da URSS, pelo Dynamo Kiev (1974, 1978, 1982, 1985 e 1987) e bronze nas Olimpíadas de 1972, ano em que começou a defender o país. e 1976.
Artilheiro da Liga da URSS, pelo Dynamo Kiev (1972,14 gols, 1973, 18 gols, 1974, 20 gols, 1975, 18 gols e 1977, 17 gols). Prêmio “Bola de Ouro” da Revista “France Football”, em 1975, a premiação máxima do futebol europeu. (Pesquisa: Nilo Dias)