O
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o “Pacaembu”, foi inaugurado no
dia 27 de abril de 1940, portanto já se passaram 75 anos. Nesse tempo todo, é
incontável o número de pessoas de todas as gerações que frequentaram suas
arquibancadas e vivenciaram muitas histórias.
No
gramado se apresentaram muitos dos grandes craques do futebol mundial. Foi uma
das sedes da Copa do Mundo de 1950 e abrigou modalidades nos Jogos
Pan-Americanos de 1963. Sem dúvida, trata-se de um grande patrimônio da cidade
de São Paulo.
Em
meio a tantas coisas notáveis que o estádio vislumbrou, pouca gente sabe das histórias
sobrenaturais que por lá ocorrem, e que foram reveladas pelo funcionário
Florentino Ribas de Lima, o “Seu Flor”, que 35 anos vive o dia-a-dia do estádio.
Ele
conta que quando havia um alojamento, no local onde hoje se encontra o “Museu
do Futebol”, por várias vezes viu a porta abrir e bater sozinha. E nas
madrugadas enxergava ua pessoa deitada
em uma cama perto da porta. Levantava assustado e aquilo desaparecia, deixando
uma sensação de muito medo.
Essa
pessoa conta “Seu Flor”, vestia uma roupa branca, abria e fechava a porta com
chave, inclusive, e depois deitava na cama. Outras vezes era um homem que usava
chapéu, daqueles de modelo antigo, que aparecia de roupa escura, também. Nunca
era o mesmo rosto. Ele deitava, esticava os pés e colocava o sapato na beirada
da cama.
A
pessoa não falava nada. Só ficava deitada lá, quieta no canto dela. Aí, se
acendia a luz, pronto, ele sumia. Era questão de segundos. Isso era frequente
acontecer desde 1995, mais ou menos. O pior é que quando “Seu Flor” comentava
com os colegas, ninguém acreditava nele, achando que era brincadeira.
O
funcionário acredita que a visão possa ser de um amigo que trabalhou mais de 20
anos como zelador do alojamento, e gostava muito de lá. E acha que mesmo depois
de morto, ele não quer mais que fazer uma companhia, mas dá muito medo. Embora
tenha um senão, o amigo zelador não fazia questão de ser lá muito amistoso.
Se
o “Seu Flor” saía para ir ao banheiro, ou arrumar qualquer coisa do lado de
fora, a porta batia com ele lá dentro, e quando olhava para trás ela abria
sozinha de novo. Isso só acontecia quando ele estava sozinho.
Não
tinha nada o que fazer. Só ficava apavorado. O corpo arrepiava todo. Para “Seu
Flor” a melhor coisa que aconteceu foi a derrubada daquele alojamento para
construir o Museu.
Mesmo
vivendo constantemente momentos de medo, “Seu Flor” conta que não tinha outro
jeito, precisava cumprir a obrigação de cuidar do espaço nas madrugadas em que
estava de plantão.
As
visões de seu Florentino Ribas, entretanto, acabaram desde quando o Museu do
Futebol foi construído: “Nunca mais vi nada”, finalizou.
O
velho funcionário do Pacaembu, não é lembrado apenas por suas histórias de
assombrações no Estádio. Por ocasião da Copa do Mundo no Brasil, a Liberty
Seguros, em parceria com a revista “Placar”, realizou uma campanha contando as
histórias de seis personagens que, mesmo no anonimato, também foram responsáveis
por contribuir com a realização do maior evento esportivo do planeta.
O
primeiro vídeo foi lançado junto à edição de novembro de 2012 da revista
esportiva. Os demais foram lançados mensalmente, até abril de 2013.
Quem
abriu a série foi Florentino Ribas de Lima, mais conhecido como “Seu Flor”. No
Pacaembu, o senhor de 68 anos é conhecido como o “faz-tudo”, trabalhando como
aparador de grama e até de gandula.
A
história dele pode ser vista na página da Liberty Seguros no YouTube. A Liberty
foi a seguradora oficial da Copa do Mundo da FIFA 2014. (Pesquisa: Nilo Dias)
O Estádio Municipal do Pacaembu é mal assombrado. (Foto: Divulgação)