O
Cachoeiro F.C., fundado em 9 de janeiro de 1916, na cidade capixaba de
Cachoeiro do Itapemirim, completou seu centenário neste ano de 2016. É um dos clubes
mais conceituados do Estado, sendo chamado de “Fidalgo” por seus torcedores, em
razão de ter sido fundado por pessoas de famílias tradicionais e influentes da
sociedade local.
É
o clube mais antigo em atividade no município de Cachoeiro de Itapemirim e no
Estado. Em seus jogos sempre comparecia um grande número de torcedores,
especialmente quando o adversário era o Estrela do Norte F.C., seu grande rival,
fundado em 16 de janeiro de 1916. O primeiro jogo entre eles foi disputado em
abril desse ano e o resultado foi um empate sem gols.
Ainda
em 1916, o presidente do clube, desportista José Moreira de Abreu começou a construção
do campo de futebol. Já na década de 1920, o presidente Godofredo Chaves Baião,
foi responsável pelo erguimento de uma arquibancada de madeira, o que tornou o
clube um dos modernos do Estado na época.
No
período de construção, como medida de economia, o Cachoeiro paralisou
temporariamente suas atividades esportivas.
Em
1944, o Cachoeiro F.C. conquistou seu primeiro grande título, Campeão Sulino,
quando utilizou um grupo composto pelos seguintes atletas: Waldir Portes, Luiz
Pretti, Delson, Manoelito, Lídio, Otávio, Joemir, Nilsinho, Armênio, Amâncio,
Nerinho, Rúpter e Alcino. O time era dirigido por Daniel Israel e pelo
Professor Florisbelo Neves.
Em
1946 foi campeão da cidade. Em 1948 foi campeão estadual, sendo o primeiro
clube interiorano a alcançar tal feito. O título foi decidido em uma melhor de
três contra a Vale do Rio Doce, atual Desportiva Capixaba.
No
primeiro jogo, realizado em Cachoeiro de Itapemirim, o Cachoeiro F.C. venceu
por 4 X. 3. No segundo em Vitória, perdeu por 4 X 1. E no último, também
realizado em Vitória, no estádio Governador Bley, em Jucutuquara, venceu por 7 X
2, sagrando-se campeão.
Nos
dois primeiros jogos a arbitragem foi capixaba. Na decisão, por exigência do
Cachoeiro, o trio de árbitros veio do Rio de Janeiro, com todas as despesas
pagas pelo time de Cachoeiro do Itapemirim. A equipe de 1948 é considerada a
melhor de toda a história do clube.
Nos
anos 50 o Cachoeiro F.C. foi o time que mais ganhou títulos no Sul do Estado, o
que se repetiu na década seguinte. Foi nessa época que o campo foi aterrado,
para evitar os constantes alagamentos decorrentes das fortes chuvas e as velhas
instalações demolidas.
Em
vista disso o Cachoeiro teve de usar o Estádio Elpídio Volpini, do Ouro Branco,
no Bairro Independência. Foi um tempo de boas recordações, visto que o clube conquistou
o bi - Campeonato Sulino de Profissionais (1969/1971), vencendo o Estrela do
Norte F.C. nas finais. Em 1970, não houve campeonato.
Em
1974, o Cachoeiro F.C. parou suas atividades profissionais, mantendo somente do
Departamento Amador, mas formando sempre bons times e revelando jogadores..
Somente no fim da década de 1970, quando o presidente era Genildo Patrício, conseguiu
reconstruir os alambrados. Mas continuou com as atividades amadoras,
prestigiando às categorias de base.
Nas
décadas de 1980 e 1990, nas administrações dos presidentes Genildo Patrício,
José de Alencar Beiriz Aarão e Irlando Antônio Viana Filho, é que foi
construída a sede administrativa do clube.
Em
1994, o Cachoeiro F.C., retornou ao profissionalismo, disputando o Campeonato da
2ª divisão capixaba, classificando-se em 5° lugar entre 12 equipes.
Como
o Estádio Moreira Rebello não ter sido aprovado na vistoria realizada pela
Federação Capixaba, o clube teve que jogar na praça de esportes do Grêmio Santo
Agostinho, no bairro Vila Rica e no Estádio Mario Monteiro, do rival Estrela do
Norte F.C., no bairro Sumaré.
Em
2000, as obras de melhorias no Estádio Moreira Rebello foram retomadas, visando
o retorno ao profissionalismo. E sagou-se campeão capixaba da 2ª Divisão,
ganhando o direito de disputar a Elite estadual no ano seguinte.
Em
2001, o time de Cachoeiro do Itapemirim, após ser campeão da Seletiva da Copa
do Brasil, fez uma partida memorável no Maracanã contra o Fluminense. O time
base era Dirley – Carlos – Chagas - Pádua e Romildo. Adauto - Carlos André -
Marcão e Joãozinho. André Biquinho e Fábio Vigo.
Em
2013 retornou oficialmente ao futebol profissional, tendo disputado a Copa
Espírito Santo, participando de uma chave que ainda tinha o Pinheiros, da
cidade de igual nome, Rio Branco, de Vitória e Grêmio Esportivo Laranjeiras (GEL),
de Serra.
Títulos
estaduais: Campeonato Capixaba (1948); Campeonato Capixaba da Segunda Divisão (2000);
Vice-Campeonato Capixaba de Futebol (1930, 1944 e 1950); Vice-Campeonato Copa
Espírito Santo de Futebol (2013).
Outras
Conquistas: Campeonato Sulino Capixaba (1944, 1950, 1951, 1952, 1953, 1969 e
1971); Campeonato Sulino Amador (1959 e 1960); Torneio Seletivo Capixaba da
Copa do Brasil (2001); Categorias de Base: Campeonato Sulino Sub-21 (2000); Campeonato
Cachoeirense de Juniores (2001); Campeonato Cachoeirense Juvenil (1957 e 2001);
Campeonato Sulino Juvenil (1978, 1979 e 1980) e Campeonato Sulino Infantil (1965,
1966 , 1967 e 1995).