No início de 2005, "Pet" foi contratado pelo
clube saudita do Al-Ittihad, voltando ao Rio de Janeiro em agosto, para jogar
no Fluminense. Sua estreia, no dia 24, foi contra o São Paulo, em empate em 1 X
1 no Morumbi.
O ano de 2006 acabou sendo amargo nas Laranjeiras.
Apesar dos altos investimentos da patrocinadora Unimed (que trouxe Tuta,
Pedrinho, Rogério e Cláudio Pitbull), o clube não passou da primeira fase nos
dois turnos do Campeonato Carioca.
Em janeiro de 2007, transferiu-se para o Goiás. Após o
término do Campeonato Goiano,(em que o campeão foi o Atlético Goianiense),
Petković rescindiu seu contrato no início do Brasileirão, insatisfeito com
cobranças que julgava excessivas.
O jogador acertou então com o Santos, do técnico
Vanderlei Luxemburgo, com a missão de substituir Zé Roberto, se tornando o 52º
jogador dentre todos os jogadores estrangeiros do alvinegro. Porém, teve uma
sequência irregular de boas partidas e foi dispensado ao final do ano.
Em março de 2008, foi para o Atlético Mineiro como a
grande contratação nas comemorações do centenário do clube. Foi um dos poucos
que teve atuações razoáveis no decepcionante ano dos alvinegros.
Ao final do ano perdeu espaço por causa de problemas
físicos. Sua saída foi anunciada pelo técnico Emerson Leão assim que este
assumiu o cargo, em 17 de dezembro. O mesmo treinador já o havia dispensado
quando assumira o Santos, no final do ano anterior.
Sete anos depois Petković retornou ao Flamengo em um
acordo para diminuir o valor que o clube lhe devia. Em 20 de novembro de 2009,
já havia deixado sua marca na história do Maracanã, sendo o quinto estrangeiro
a ser eternizado na Calçada da Fama do estádio (depois de Elías Figueroa,
Romerito, Franz Beckenbauer e Eusébio).
Depois de cinco meses sem disputar uma partida,
Petković finalmente foi reintegrado ao grupo para uma despedida. Entrou em
campo pela última vez para um jogo oficial em 5 de junho de 2011, enfrentando o
Corinthians pelo Campeonato Brasileiro.
Jogou o primeiro tempo do empate em 1 X 1. No
intervalo, recebeu uma placa comemorativa da presidente do clube, Patrícia
Amorim, e deu a volta olímpica na pista do “Engenhão”, sendo ovacionado pela
torcida rubro-negra.
Petković, após defender seleções de base da Iugoslávia,
fez partidas esporádicas pela então Seleção Iugoslava principal entre 1995 e
1999.
Sua transferência do poderoso Real Madrid para o
Vitória e, antes disso, discussões com o então técnico Slobodan Santrač ainda
em 1995 acabaram prejudicando-o, não sendo chamado para a Copa do Mundo de
1998.
Antes de tudo isso, o banimento imposto à seleção pela
FIFA entre 1991 e 1994 devido à Guerra Civil Iugoslava foi outro fator que não
lhe deixou ter mais partidas, justamente na época em que despontava no Estrela
Vermelha e era considerado um dos mais promissores talentos europeus.
Em 1995, a Iugoslávia jogou sete vezes, com Petković
finalmente atuando: participou das últimas cinco partidas, três como titular e
vencendo quatro.
Curiosamente, foi justamente na única derrota da
Seleção, no “Marakana”, apelido do estádio do Estrela Vermelha, que ele marcou
o que seria seu único gol pela seleção, contra a Rússia.
Na última partida do ano, contra os mexicanos a relação
de Petković com o técnico Santrač, deteriorou de vez. Temperamental, o jogador
questionou a capacidade do técnico, que, não o utilizou mais e, com isso, o
deixou de fora da Copa do Mundo de 1998.
Petković só voltou à Seleção após o torneio, em novo
amistoso do país contra o Brasil, em setembro, no Maranhão, quando Milan
Živadinović já era o técnico..
Foi titular no 1 X 1 contra os brasileiros, mas, como
ainda estava no Vitória, e por aquele retorno ter sido também sua última
partida pela Iugoslávia, ele declarou anos mais tarde que acredita que só foi
chamado na ocasião pois seria um bom tradutor para a delegação, apesar de
Živadinović tê-lo treinado no Estrela entre 1992 e 1994.
Decidido a jogar no futebol brasileiro, Petković perdeu
visibilidade com os treinadores que se seguiam no comando da Iugoslávia, não
sendo chamado por Vujadin Boškov para a Eurocopa 2000.
Chegou certa vez a desabafar à Placar que, se tivesse
permanecido no Venezia, clube segundo ele mesmo "dez vezes mais fraco que
o Flamengo (sua equipe à época)", continuaria a ser chamado.
Com o fim da Iugoslávia e o surgimento da Sérvia e
Montenegro, chegou a acalentar esperanças de poder jogar pela Seleção
Brasileira, visto que a seleção que já defendera não existia mais, o que o
tornaria livre para jogar por outra.
Aos 33 anos quando o país se separou, às vésperas do
mundial, Petković tampouco foi chamado para defender a nova Seleção Sérvia. Em
2009, o então técnico da Sérvia, Radomir Antić, declarou-se feliz com o sucesso
de "Pet" no Brasil, mesmo com a idade avançada de 37 anos.
Em 26 de dezembro de 2013, foi anunciado como gerente
das categorias de base do Atlético Paranaense, além de comandar a equipe sub-23
do “Furacão”, que substituiu a equipe principal, durante o Campeonato
Paranaense de 2014.
No dia 12 de junho de 2015 foi anunciado como técnico
do Criciúma para o Campeonato Brasileiro. No dia 13 de março de 2016, Petković
foi anunciado como novo treinador do Sampaio Corrêa.
Em 11 de maio de 2017 foi anunciado como treinador pelo
Vitória, ocupando também o cargo de gerente de futebol. Em 3 de junho deixou o
cargo de treinador, passando a ficar somente como diretor de futebol e anunciou
Alexandre Gallo como seu substituto na função.
Petković é formado em enfermagem, tendo realizado o
curso de formação paralelamente ao início de sua carreira, no Radnički Niš. A
continuidade dos estudos foi uma exigência dos pais, Dobrivoje e Milena, para
permitir a carreira futebolística.
No curso, conheceu e passou a namorar a mulher que se
tornou sua esposa, Violeta. Sua adaptação e a de sua esposa e filhas ao Brasil
(onde investiu em imóveis, além de ser sócio de uma pizzaria) foi tão boa que
se divulgou que todos chegaram a começar um processo para naturalizarem-se.
Ele, a esposa e as filhas, Ana e Inês, falam português
fluentemente. O aprendizado do casal tornou-se de certa forma mais fácil por já
saberem falar espanhol, após os dois anos passados na Espanha.
Entretanto, a notícia da naturalização seria
posteriormente desmentida pelo próprio "Pet": "Não estou me
naturalizando, nem minha família. A burocracia aqui é absurda. Sou um cara que
moro aqui há muitos anos e não tenho nem visto de permanência, só de
trabalho".
Pet já recebeu, em novembro de 2009, os títulos de
benemérito e de cidadão do Estado do Rio de Janeiro, na Assembleia Legislativa
Fluminense. Em 2010 foi condecorado com a Ordem do Rio Branco.
Petković já admitiu sentir saudades de quando seu país,
à época Iugoslavia, era controlado por um regime socialista, afirmando que
naquele tempo havia forte incentivo ao esporte e que a população vivia em
ótimas condições e com emprego.