E
continua a onda de morte de ex-jogadores brasileiros de futebol. Depois de
Waldir Peres e Max, foi a vez de Perivaldo, que teve seu grande momento na
carreira, jogando na lateral esquerda do Botafogo, do Rio de Janeiro, entre
1977 e 1982.
Perivaldo
morreu na madrugada da última quinta-feira (27), vitimado por uma pneumonia. O
ex-jogador, de 64 anos, também chamado de “Peri da Pituba”, estava internado com
problemas pulmonares há uma semana no Hospital Universitário Gafrée Guinle, no
bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Com
a saúde bastante debilitada, Perivaldo não reagiu aos medicamentos e acabou
falecendo.
O
Botafogo, onde Perivaldo marcou época, decretou luto e homenageará seu ex-atleta
com um minuto de silêncio no jogo de hoje, contra o São Paulo, no Estádio
Nilton Santos. Em nota a direção do alvi-negro se solidarizou com familiares e
amigos neste momento difícil.
Perivaldo
era baiano de Itabuna, nscido em 12 de junho de 1953, tendo começado a carreira no clube de sua cidade e
depois se transferiu para o Bahia, nos anos 70. Sem espaço na equipe baiana foi
emprestado ao Ferroviário-CE, onde se destacou.
Na
volta a Salvador acabou ganhando a condição de titular Em 1976, pelo tricolor
baiano e 1981, pelo Botafogo, conquistou a “Bola de Prata” como o melhor
lateral-direito do Campeonato Brasileiro.
Perivaldo
marcou época no Botafogo, na época em que o clube tinha jogadores do nível de Mendonça,
Dé e Paulo Cesar Caju. Era um jogador vigoroso, que sabia apoiar muito bem.
Foi
no “Glorioso” que viveu o melhor momento de sua carreira, sendo, inclusive,
convocado pelo técnico Telê Santana para a Seleção Brasileira de 1982, que tinha
no time Falcão, Zico e Sócrates. Disputou vaga com Leandro e Edevaldo
Ele
também acumulou passagens por Palmeiras, São Paulo, Bangu e Yukong Elephants,
da Coreia do Sul, onde encerrou a carreira.
Após
pendurar as chuteiras, Perivaldo passou por um forte drama. Recentemente, estava
morando na rua, em Lisboa, Portugal, como mendigo.
Depois
de uma matéria divulgada pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo, em 2013, o
Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Saferj) se
mobilizou e, por iniciativa do presidente Alfredo Sampaio, ajudou a trazer o
ex-jogador de volta para o Rio de Janeiro, oferecendo trabalho a ele.