Antônio
José da Silva Filho, mais conhecido como “Biro-Biro” nasceu em Olinda (PE), no
dia 18 de maio de 1959. Jogava como meia e é considerado até hoje um dos
maiores ídolos da história do Corinthians. Os torcedores o chamavam de "Deus da Raça".
Iniciou
a carreira futebolística no Sport e ficou nacionalmente conhecido em 1978, ano
de sua contratação pelo Corinthians, principalmente, pela declaração do presidente
Vicente Matheus, que disse na imprensa que teria contratado um tal de “Lero-Lero”.
Com
as características de muita aplicação tática em campo e grande preparo físico,
conquistou a torcida corinthiana, adquirindo muito carisma. Disciplinado dentro
e fora de campo, exercia certa liderança na equipe tanto que participou da “Democracia
Corinthiana”, movimento político iniciado no começo da década de 80 pelos
jogadores do clube, ao lado de Sócrates, Casagrande e Wladimir.
Em
1989, deixou o Parque São Jorge para jogar na Portuguesa de Desportos, onde não
brilhou. Também atuou no Guarani, de Campinas e Clube do Remo, de Belém do
Pará, antes de encerrar a carreira.
Foi
campeão paulista em 1979, 1982, 1983 e 1988. Na final do Campeonato Paulista de
1982 fez dois gols na vitória de 3 X 1 contra o São Paulo contribuindo na
conquista do título. Quando parou de jogar foi treinador de futebol, carreira
na qual comandou o Grêmio Mauaense, Atlético Tupi, de Gaspar (SC), Barra do
Garças, Francana e Guarujá.
Títulos.
Corinthians: Campeão Paulista (1979, 1982, 1983 e 1988); Campeão da Taça
Governador do Estado de São Paulo (1977 e 1984); Campeão da Copa Feira
Internacional de Hidalgo, México (1981); Campeão do Torneio Laudo Natel (1973);
Campeão do Torneio do Povo (1971); Campeão da Taça Cidade de Porto Alegre (1983);
Campeão da Copa dos Campeões (1984); Campeão do Torneio Internacional de Verão
(1985) e Campeão da Copa das Nações, nos EUA (1985); Clube do Remo: Campeão Paraense (1993 e 1994).
Um
fato curioso é que quando chegou ao Parque São Jorge era época de eleição para o
Senado, e o seu nome foi um prato cheio para os eleitores que o “elegeram”
escrevendo o seu nome na cédula, mesmo sem ele ser candidato a nada.
Depois
de deixar os gramados enveredou pelos caminhos da política, elegendo-se vereador
em São Paulo para o quadriênio 1989—1992, pelo PDS, quando foi membro da
Assembleia Constituinte Municipal que promulgou a Lei Orgânica do Município de
São Paulo.
Em
2006 candidatou-se a deputado federal pelo PSC, mas não foi eleito como também
não foi eleito em 2004 a vereador de Mongaguá, cidade do litoral paulista,
recebendo apenas dois votos.
Atualmente,
ele é assessor parlamentar de um deputado na Assembléia Legislativa de São
Paulo. Depois de seguidas derrotas políticas, “Biro-Biro” decidiu não ser mais
candidato, preferindo ficar apenas como assessor parlamentar.
Foi
também professor de futebol no Centro
Esportivo Recreativo e Educativo do Trabalhador (CERET), da rua Canuto de
Abreu, no Tatuapé, na capital paulista. Nas horas vagas costuma também bater
uma bolinha nos masters do Corinthians.
Em
abril de 2008 a Coca-Cola anunciou a campanha “Quem Foi o Melhor?”, pela qual
os consumidores do refrigerante supostamente fariam a escolha entre “Maradona”
ou “Biro-Biro”.
A votação se dava por meio de tampinhas de garrafas de
Coca-Cola em urnas espalhadas em pontos comerciais. O resultado, anunciado ao
final da campanha, deu vitória a “Biro Biro”, por um voto de diferença.
O
ex-jogador fez 590 partidas pelo Corinthians. Número esse que o coloca como
quinto jogador que mais vezes defendeu o clube. Foi também o volante que mais
vezes marcou pelo Corinthians, um total de 75 gols.
No
mesmo ano da conquista do Campeonato Paulista de 1988, ele foi eleito vereador
de São Paulo com expressiva votação da Fiel torcida. Com a popularidade que
tinha dentro e fora de campo, recebeu 80 mil votos para o Senado em um protesto
contra o regime militar.
“Biro-Biro”
era uma das bases da chamada “Democracia Corinthiana”. Os gols mais lembrados
dele são três: o de canela em cima do goleiro palmeirense Gilmar, na semifinal
do Paulista de 79, e os dois contra o São Paulo, na final do Paulistão de 82. É
casado com uma sobrinha de Vicente Matheus e pai de três filhos. (Pesquisa: Nilo Dias)