Lucimar
da Silva Ferreira, mais conhecido como Lúcio, nasceu em Planaltina (DF), no dia
8 de maio de 1978. É um futebolista brasileiro que atua como zagueiro e líbero.
Atualmente, joga no Brasiliense, do Distrito Federal.
Lúcio
é um jogador conhecido pela sua força física, pelo seu jogo aéreo e pela sua
presença no ataque, o que já lhe rendeu a marca de 52 gols marcados na
carreira.
Quase
uma unanimidade entre os torcedores e especialistas brasileiros, Lúcio é,
juntamente com Taffarel, o terceiro jogador que mais vezes vestiu a camisa da
Seleção Brasileira de Futebol, com 105 presenças, além de ter sido o capitão da
equipe verde a amarela na “Copa do Mundo” de 2010 e na “Copa América” de 2011.
Iniciou
sua carreira profissional em 1997 quando, em seu primeiro jogo após a
transferência do Planaltina Esporte Clube para o Clube de Regatas Guará,
enfrentou o Internacional, de Porto Alegre, pela Copa do Brasil e, mesmo seu
time perdendo por 7 X 0, Lúcio agradou aos olheiros colorados e o clube gaúcho
desembolsou R$300 mil pelo seu passe.
Atuou
pelo “Colorado” até 2000, quando foi convocado pela primeira vez para a Seleção
Brasileira. Mesmo cobiçado pelo Barcelona negociou sua ida para o Bayer
Leverkusen, da Alemanha.
Lá,
disputou a final da “Liga dos Campeões da Europa” de 2002, marcando o único gol
dos alemães na derrota de 2 X 1 para o Real Madrid.
Eleito
o melhor jogador do “Campeonato Alemão” de 2001-2002, em 2004, acertou por 12
milhões de euros, sua ida para o Bayern, de Munique, onde veio a conquistar o
tricampeonato alemão.
Foi
ídolo durante sua passagem pelo futebol do país, e conforme declarações do
ex-treinador da Seleção Alemã, Jürgen Klinsmann, seria o brasileiro predileto
dos alemães para jogar em sua seleção, caso se naturalizasse.
Preterido
pelo técnico Louis Van Gaal, em 2009, Lúcio transferiu-se para a
Internazionale, de Milão, onde conquistou a “Liga dos Campeões da Europa” de
2010 e o “Mundial Interclubes”.
Em
sua primeira temporada pelo clube, 2009-2010, foi um dos principais destaques
na conquista da tríplice coroa, “Champions League”, “Serie A” e “Coppa Italia”.
Curiosamente, na final da Champions League, Lúcio enfrentou o seu ex-clube, o
Bayern de Munique, e foi fundamental na vitória da Inter pelo placar de 2 X 0.
Após
três anos de um casamento praticamente perfeito com a Internazionale, de Milão,
o zagueiro resolveu pedir o divórcio. Ansioso por novos ares, o brasileiro
pediu para sair do clube italiano e foi atendido.
Em
4 de julho de 2012, Lúcio assinou com a Juventus por dois anos. No mesmo ano,
sagrou-se campeão da “Supercopa da Itália” em uma vitória por 4 X 2 sobre o
Napoli, conquistando assim seu primeiro e único título com a camisa da “Velha
Senhora”.
Cinco
meses depois, no dia 17 de dezembro veio o anúncio de que Lúcio e a Juventus
encerravam o contrato de modo consensual. O jogador teve uma participação
frustrada no clube, tendo atuado em apenas quatro jogos: duas partidas na “Liga
dos Campeões”, uma da “Supercopa italiana” e uma vitória na “Série A italiana”.
No
dia 16 de dezembro de 2012, acertou sua saída da equipe de Turim, e confirmou
as negociações que se desenvolviam desde meados de 2012 para seu retorno ao
Brasil.
Em
18 de dezembro de 2012, dois dias depois de deixar a Juventus, Lúcio fechou por
dois anos com o São Paulo, concretizando, depois de 12 anos na Europa, seu
retorno ao futebol brasileiro.
Acostumado
à Europa, Lúcio, depois de mais de uma década no futebol europeu, afirmou que
tentava vencer a timidez e ter mais momentos de descontração, fatores que lhe
faziam falta no “Velho Continente”.
Em
março de 2013, após a derrota tricolor para o Arsenal, de Sarandí, Argentina,
por 2 X 1, pela “Copa Libertadores”, Lúcio questionou sua substituição, feita
pelo técnico Ney Franco, alegando que, quando saíra, o resultado era 0 X 0.
Com
relação a ter deixado o campo contrariado, o zagueiro se justificou da seguinte
maneira: "Não fiquei bravo, fiquei triste. Não fui para o ônibus antes de
acabar a partida. Eu assisti à partida do vestiário, que fica a dois metros do
campo. Triste, todo o mundo fica (quando é substituído). Quando eu não ficar
mais triste tenho que parar de jogar futebol".
A
má fase do zagueiro o levou a perder a posição de titular. Mas, em 7 de abril,
quando foi escalado o time reserva são-paulino diante do Botafogo, de Ribeirão,
Lúcio marcou um gol de falta e foi um dos líderes na vitória por 3 X 1, fora de
casa.
Após
a classificação heroica para cima do Atlético Mineiro, Lúcio prejudicou o São
Paulo ao ser expulso no jogo de ida das oitavas da “Copa Libertadores” contra o
mesmo Atlético Mineiro, quando seu time ganhava por 1 X 0.
Mas
após a expulsão do jogador, o time, que até então tinha uma partida excelente,
caiu de qualidade e se viu tomando 2 gols, o primeiro de Ronaldinho Gaúcho e o
segundo de Diego Tardelli, sofrendo uma virada em pleno Morumbi de 2 X 1, o que
tornou muito difícil a classificação para as quartas de final.
Ainda
em baixa no “Tricolor”, Lúcio fez uma boa estreia de “Brasileirão” diante da
Ponte Preta, marcando, inclusive, um gol na vitória por 2 X 0, e, assim, tentou
recuperar a moral que tivera quando chegou ao clube, há cinco meses.
Em
junho, após o empate fora de casa diante do Atlético Mineiro por 0 X 0, pela
terceira rodada do principal certame em disputa no Brasil, Lúcio foi elogiado
por Ney Franco. Esquecendo os atritos de um passado recente, o treinador
afirmou que o zagueiro, agora, "estava dando retorno nos jogos".
No
final de julho, no entanto, depois de uma troca de treinadores - Paulo Autuori
substituiu Ney Franco - Lúcio, apesar de chances nos primeiros jogos sob o
comando do novo técnico, acabou perdendo espaço no elenco, principalmente por,
afobadamente, subir ao ataque e desguarnecer o setor defensivo tricolor.
Além
do mais, correndo o risco de ficar de fora da excursão à Europa e ao Japão, o
zagueiro ainda viu a diretoria estudar a rescisão de seu vínculo com o clube.
Além
do mais, Lúcio acabou afastado do elenco são-paulino por insubordinação, após
não aceitar críticas de Autuori. O treinador teria atribuído o gol do
Internacional, na derrota tricolor por 1 X 0 aos gaúchos, a uma falha do
defensor, que não aceitou as críticas do comandante.
Como
consequência do seu afastamento, Lúcio não viajou à Alemanha para a disputa da
“Copa Audi”, fator que acabou acarretando um prejuízo de €40 mil em relação ao
valor inicialmente acordado.
O
que acarretou tal redução foi uma das cláusulas no contrato do campeonato, que
exigia a presença do zagueiro, ídolo do Bayern de Munique, clube que o
organiza.
Mesmo
diante da alegação da diretoria tricolor, que argumentou sobre os problemas de
insubordinação, os alemães não foram flexíveis e fizeram valer seus direitos.
Sem
zagueiros e naufragado numa crise sem precedentes, Lúcio acabou, de solução, se
tornando um "imbróglio" ao clube do Morumbi.
Após
não receber propostas e declinar às ofertas provenientes do mercado oriental,
os são-paulinos também temiam a rescisão com o zagueiro, que custaria R$2
milhões.
Além
do mais, treinando em separado, também gerou severas despesas, já que seu
salário estava pouco abaixo do teto tricolor.
No
entanto, apesar de todos os reveses que a manutenção do zagueiro representava
financeiramente, o novo diretor de futebol do clube, Gustavo Vieira, confirmou
que Lúcio não permaneceria no São Paulo. Se não houvesse acordo com nenhuma
outra agremiação, o atleta poderia acabar mesmo sendo dispensado.
Com
o fechamento da janela europeia bastante próximo, o clube ainda tentou negociar
Lúcio com algum interessado no “Velho Continente”. As chegadas de Antônio
Carlos, do Botafogo, e Roger Carvalho, do futebol italiano, contribuíram para
que houvesse o desinteresse são-paulino em manter o pentacampeão.
Com
a confirmação de seu afastamento, definitivo até segunda ordem, Lúcio perdeu,
inclusive, sua camisa 3, que, sem dono, ficou à espera de algum novo atleta
para envergá-la.
Em
2 de janeiro de 2014, assinou contrato com o Palmeiras no ano de seu
centenário. O pentacampeão mundial com a Seleção aceitou receber no novo clube,
metade dos vencimentos daqueles que lhe eram pagos no Tricolor (R$150 mil
contra aproximadamente R$300 mil).
Após
um ano difícil, que terminou de irregular para Lúcio, foi afastado do plantel,
ainda no final de 2014, rescindindo seu contrato em janeiro de 2015.
Com
contrato até o dia 4 de junho de 2015, com o Palmeiras, Lúcio acertou com o
F.C. Goa, para disputar o “Campeonato indiano”, que se iniciou em outubro e
terminou em dezembro. Seu treinador no F.C. Goa, foi o brasileiro Zico.
Em
7 de dezembro de 2017, após um ano afastado dos gramados, Lúcio foi anunciado
como novo reforço do Gama, para a disputa o Campeonato Brasiliense de 2018.
Lúcio
fez 10 jogos pelo “Periquito” (nove no campeonato estadual e um amistoso). O
zagueiro recebeu dois cartões amarelos e marcou um gol, diante do Santa Maria,
pela fase de grupo do “Candangão”.
Foi
anunciado como novo reforço do Brasiliense, para disputar a Série D em 2018.
Aos 40 anos é o último pentacampeão de 2002 que está em atividade. Atualmente
disputa o “Candangão” pelo Brasiliense.
Integrante
da Seleção Brasileira desde 2000, quando ainda estava no Internacional e foi
convocado pela primeira vez, e capitão da equipe desde 2006, Lúcio acumulou uma
série de conquistas importantes, como a “Copa do Mundo” de 2002 e a “Copa das
Confederações” de 2009, quando marcou o gol do título.
Na
Copa do Mundo de 2002, teve altos e baixos durante a campanha do
pentacampeonato, mas mesmo assim se manteve como titular e jogou todas as sete
partidas da seleção, comandada por Luiz Felipe Scolari.
Na
Copa do Mundo de 2006, mais uma vez como titular, bateu o recorde de maior
tempo sem fazer faltas em Copas do Mundo. Permaneceu 386 minutos sem cometer nenhuma
falta, superando o recorde de Carlos Gamarra que era de 383 minutos.
Ainda
em 2006, após a saída de Cafu da seleção, Lúcio foi nomeado capitão da equipe
por “Dunga”, que assumiu o comando depois da decepção no “Mundial” de 2006.
Sob
o comando de “Dunga”, Lúcio passou a se tornar uma unanimidade na seleção entre
os torcedores e especialistas, tendo excelentes atuações não só com a camisa
canarinha, mas também em seu clube.
A
preparação para a Copa do Mundo de 2010 foi proveitosa, tendo a Seleção conquistado
a “Copa América” de 2007, da qual Lúcio não participou por lesão, e a “Copa das
Confederações” 2009, em que o zagueiro foi destaque, sendo autor do gol que deu
o título à equipe, contra os Estados Unidos, na final.
Já
na Copa do Mundo de 2010, disputada na África do Sul, acabou mais uma vez vendo
seu time sucumbir nas quartas de final frente a Holanda. Esta foi sua primeira
“Copa do Mundo” como capitão da “Seleção Brasileira”.
Após
a Copa, ficou durante alguns meses fora das convocações de Mano Menezes, novo
treinador que assumiu depois do “Mundial”.
No
dia 3 de março de 2011, entretanto, Lúcio voltou a ser convocado. Mano Menezes,
que já havia avisado que renovaria a seleção com uma nova safra de jogadores
mais jovens, optou agora por mesclá-la com a experiência de jogadores como
Lúcio e Júlio César.
No
dia 4 de junho de 2011, fez seu jogo de número 100 pela Seleção Brasileira,
novamente contra a Holanda, algoz do Brasil na “Copa do Mundo anterior”.
O
jogo foi realizado no “Estádio Serra Dourada”, em Goiânia, e terminou com o
placar de 0 X 0. No dia 7 de junho de 2011, foi anunciada, logo após o amistoso
contra a “Seleção da Romênia”, que marcou a despedida de Ronaldo, foi divulgada
a lista de Jogadores convocados para a “Copa América” 2011, na Argentina, sendo
que Lúcio estava na lista.
Títulos
conquistados. Guará: Campeão Brasiliense (1996). Internacional: Campeão Gaúcho
(1997) e Campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior (1998). Bayern de Munique:
Campeão da Bundesliga (2004–05, 2005–06 e 2007–08); Campeão da DFB-Pokal
(2004–05, 2005–06 e 2007–08) e Campeão da DFB-Ligapokal (2004 e 2007).
Internazionale: Campeão da Serie A (2009-10); Campeão da Coppa Italia (2009–10
e 2010–11); Campeão da Liga dos Campeões da UEFA (2009–10); Campeão da Supercoppa
Italiana (2010); Campeão da Copa do Mundo de Clubes da FIFA (2010). Juventus:
Campeão da Supercopa da Itália (2012). Seleção Brasileira: Campeão da Copa do
Mundo (2002); Campeão da Copa das Confederações (2005 e 2009).
Prêmios
individuais. Bola de Prata da Revista Placar (2000); Melhor jogador da
Bundesliga (2001–02, 2003–04); MasterSix Bola de Ouro (2007); Destaque Copa
América (2008); FIFPro World XI (2010); Prêmio Futebol no Mundo (2009–10) e
Melhor Zagueiro Central do Paulistão (2014). (Pesquisa: Nilo Dias)
Eu
(Nilo Dias) e Lúcio, no Estádio Augustinho Lima, em Sobradinho, quando de uma visita do
zagueiro à Brasília.