O
nome do clube foi sugerido pelo senhor Severino Bezerra, em homenagem à "Estrada
Central de Ferro de Pernambuco", denominação que os ingleses da “Great Western”
deram a ferrovia que cortava Caruaru na direção do Sertão.
As
cores preta e branca, segundo o professor José Florêncio Neto (Machadinho),
ex-jogador do time caruaruense no início da equipe, foram escolhidas em face do
símbolo do clube, a “Patativa do Agreste”, pássaro de canto harmonioso.
Foram
eleitos: Presidente: José Faustino Vila Nova; Vice-Presidente, João Batista de Oliveira; 1º Secretário,
Severino de Sales Tiné; 2º Secretário, Arlindo de Vasconcelos Limeira; Tesoureiro,
Artur Leandro Sales; Vice-Tesoureiro, Ângelo Emídio de Lira; Orador, Francisco
Porto de Oliveira e Diretor de Esportes, Severino José Bezerra. Foi
estabelecida uma jóia de 2.000 réis e 500 réis de mensalidade (assim consta na
primeira "Ata de Fundação").
No
início o time só disputava jogos amistosos, mesmo assim revelou grandes
jogadores como Machadinho, Zuza, Teonilo, Pedro, Rochura, Joaquim, Alemão e
Tutu.
Em
1936 o Vasco da Gama foi até Caruaru para um amistoso. O time carioca suou para
conseguir vencer o Central por 1 X 0. Os centralinos ainda conseguiram o
empate, com Tutu, mas o árbitro anulou, erroneamente, o gol.
Um
ano depois, o Central finalmente foi incluído entre os grandes do futebol
pernambucano e começou a disputar o campeonato estadual. Foi o primeiro time do
interior do Estado a participar do “Campeonato Pernambucano de Futebol”.
Porém,
no mesmo ano, cansado de diversos equívocos de arbitragens, a diretoria retirou
a equipe do torneio. O Central filiou-se, então, à “Liga Esportiva Caruaruense”
e faturou os títulos de 1942, 1945, 1948, 1951/52, 1954, 1958.
Em
1951, a “Patativa” conseguiu um feito histórico, vencendo o Jocaru por 23 X 0.
O meia Milton foi o artilheiro do jogo com 11 gols. O final da década de 1950
foi marcado pelas obras de construção do “Estádio Pedro Victor de Albuquerque”.
O
alvinegro do “Agreste” só voltou a disputar o “Campeonato Pernambucano da
Primeira Divisão” em 1960, depois de um grande apoio do presidente da “Liga
Desportiva Caruarense”, Gercino Pereira Tabosa e do presidente da FPF, Rubem
Moreira da Silva. Logo o time se transformou na quarta força de Pernambuco,
sendo o destaque do interior e o fiel da balança no certame.
Em
1964, o Central comandado por um dos seus maiores craques, Vadinho, fez um
campeonato brilhante, em especial no 1º turno, com apenas uma derrota em Recife
para o Campeão, Náutico Capibaribe, terminando o certame na 3ª colocação, até
então, o melhor resultado de um time do interior de Pernambuco na história.
Em
1965, o Central Sport Club de maneira invicta venceu o “Torneio Gercino Tabosa”
ao empatar com o Santa Cruz por 1 X 1 no “Estádio Pedro Victor de Albuquerque”,
competição que teve a participação ainda do campeão sergipano do ano, o
Confiança, e do vice-campeão Alagoano, o Capelense.
Em
4 de fevereiro de 1968 o Central em feito histórico venceu a “Seleção Argentina
de Novos.”
O
ano de 1972, marcou a estreia do Central Sport Club em um campeonato nacional,
a “Taça de Prata do Campeonato Brasileiro”, onde terminou empatado na 1a
posição do grupo, apenas não se classificando para a fase final devido aos
critérios de desempate.
Em
1980, a grande reforma no “Estádio Pedro Victor de Albuquerque”, atual
“Lacerdão”, foi concluída. O jogo inaugural foi realizado no dia 19 de outubro
do mesmo ano, quando o Central venceu a Seleção Nigeriana de Futebol por 3 X 1.
Gil Mineiro, jogador do Central Sport Club, marcou o 1º gol após a
reconstrução.
Também
na década de 1980, em especial os anos de 1983 e 1986, o Central passou a ser
concorrente efetivo do “Campeonato Pernambucano”, disputando ponto a ponto,
turnos e returnos do certame com Sport, Santa Cruz e Náutico.
No
ano de 1986 ocorreu a maior glória do Central Sport Club, que em uma disputa
emocionante com o Americano venceu o Grupo F do “Torneio Paralelo”, uma espécie
de ”Série B”, mas não foi reconhecido pela CBF como tal.
Conseguindo
acesso imediato à fase final do certame, a “Série A” ao lado de Flamengo,
Grêmio, Fluminense, dentre outros. Como os vencedores de cada grupo subiram
diretamente para a segunda fase da “Série A”, não houve uma fase final.
O
Central reivindica o reconhecimento pela CBF desse título como da “Série B” de
1986, que seria dividido entre Treze, Inter de Limeira e Criciúma.
Neste
mesmo ano, no dia 22 de outubro de 1986 ocorreu o maior recorde de público da
história do interior de Pernambuco, 24.450 pessoas foram assistir a vitória do
Central por 2 X 1 contra o Flamengo na fase final da competição.
O
Central continuou fazendo boas campanhas na “Série B" do “Campeonato
Brasileiro” até que em 1995 surgiu nova oportunidade de acesso à primeira
divisão. Após campanha brilhante, o Central chegou a fase final do certame em
conjunto com o Atlético Paranaense, Coritiba e Mogi Mirim.
Em
um dos mais disputados quadrangulares ocorridos na “Série B”, ascenderam o
Atlético Paranaense e o Coritiba frustrando o sonho alvinegro de retornar à
primeira divisão.
O
final da década de 90 foi marcado por uma série de administrações desastrosas
que culminaram com o rebaixamento da equipe, tanto no “Campeonato Pernambucano
da Primeira Divisão”, quanto da “Série B" do “Campeonato Brasileiro”.
Em
1999, venceu o "Campeonato Pernambucano da “Série A2” e retornou à primeira
divisão estadual. Em 2001, venceu a “Copa Pernambuco”. Em 2002, venceu a “Copa
Governador Jarbas Vasconcelos”, torneio batizado carinhosamente de "Pernambuquinho".
Foi
a época da reconstrução da equipe que voltou a ocupar o lugar de destaque em
Pernambuco que sempre foi seu. Após brilhante campanha nos “Campeonatos
Pernambucanos” de 2007 e 2008, tendo sido inclusive, vice-campeão estadual, o
Central classificou para a “Copa do
Brasil”.
Eliminou
em 2008 ao Remo (PA), e enfrenta o Palmeiras na segunda fase da competição. Em
2009, eliminou o Ceará e enfrentou o Vasco da Gama na 2º Fase da competição,
reeditando um confronto clássico que tinha ocorrido há mais de 74 anos.
Em
2011, tornou-se o primeiro clube do interior na história, a vencer um turno do “Campeonato
Pernambucano”. Em 2015, repetiu o feito da conquista do turno, ao vencer a “Taça
Governador Eduardo Campos”, o primeiro turno do “Campeonato Pernambucano”.
Em
2018, após vencer o Sport por 1 X 0 na semifinal, o Central se classificou pela
primeira vez à final do “Campeonato Pernambucano”, contra o Clube Náutico
Capibaribe.
O
“Estádio Luiz José de Lacerda”, popularmente conhecido como "Lacerdão",
teve antes dois nomes, “Central Park”, no início da história do clube, que
passou a se chamar durante muitos anos, como “Pedro Victor de Albuquerque”.
Está
localizado em Caruaru, Pernambuco, e possui mais de 70 anos de história. Tem
como mandante o Central Sport Club. Teve sua denominação alterada para “Lacerdão”,
em homenagem ao esforço do empresário Luiz José Lacerda que foi fundamental
para a ampliação do estádio no final da década de 70 e início da década de
1980.
O
jogo inaugural após a ampliação aconteceu no dia 19 de outubro do mesmo ano, quando
o Central venceu a Seleção Nigeriana de Futebol por 3 X 1. Gil Mineiro, então
jogador do Central Sport Club, marcou o primeiro gol.
Nos
anos 70 e 80, o Central passou a disputar o “Campeonato Brasileiro”, levando
grandes equipes ao “Lacerdão”. No dia 22 de outubro de 1986, ocorreu o maior
recorde de público da história de Caruaru: 24.450 pessoas foram assistir à
vitória do Central por 2 X 1, contra o Flamengo (RJ), em partida válida pelo “Campeonato
Brasileiro” do mesmo ano.
O
Estádio já foi palco de confrontos do Central Sport Club com diversas seleções
e clubes tais como a Seleção da Nigéria, a Seleção de Novos da Argentina
(atualmente conhecida como seleção pré-olímpica) e contra clubes campeões brasileiros,
a exemplo do Flamengo (RJ), Fluminense (RJ), Vasco (RJ), Grêmio (RS), Atlético
(PR), Coritiba (PR), Guarani (SP) e Palmeiras (SP).
Atualmente
o “Lacerdão” tem capacidade aproximada de 20.000 pessoas, e é o maior estádio
particular do interior do Norte/Nordeste e o quarto maior estádio de
Pernambuco, apenas ficando atrás dos estádios do chamado "Trio de Ferro de
Pernambuco", Sport, Santa Cruz e Náutico.
O
Central Sport Club teve três hinos oficiais em sua história. O primeiro foi
composto por Yêdo Silva, no ano de 1921, porém infelizmente não há registro de
sua letra, nem partitura.
O
segundo foi composto pelo ex-atleta do clube José Florêncio Neto, o professor
Machadinho, no ano de 1968. O terceiro e último, que é o utilizado até hoje,
foi composto pelo cantor Israel Filho, no ano de 1995.
Títulos
conquistados. Regionais: Torneio Gercino Barbosa (1965). Estaduais: Copa Governador
Jarbas Vasconcelos (2002); Copa Pernambuco (2001); Campeonato Pernambucano -
Série A2 (1999); Torneio Augusto Lucena - Torneio Incentivo da FPF (1973, 1974 e
1975); Torneio Início de Pernambuco (1973); Campeonato Pernambucano do Interior
(1937, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972,
1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986,
1987, 1988, 1989, 1990, 1993, 2001, 2002, 2007, 2008, 2010 e 2018); Municipais:
Liga Esportiva Caruaruense (1942, 1943, 1944, 1945, 1948, 1951,1952,1953 e 1958).
Outros torneios: Torneio Qualificatório do Campeonato Brasileiro Série B 1994 -
Zona Pernambuco (1993). (Pesquisa: Nilo Dias)