Uma parada cardíaca foi a causa da morte do jogador camaronês Marc-Vivien Foé, que caiu no gramado do estádio Gerland aos 27 minutos do segundo tempo do jogo semifinal da Copa das Confederações, em junho de 2003, quando a seleção de seu país enfrentou a Colômbia. Até o médico da seleção colombiana, Héctor Fabio Cruz, tentou ajudar o atleta, que ainda teve um ataque epilético antes de morrer num hospital de Lyon.
A autópsia feita no meia camaronense revelou que ele possuía uma hipertrofia cardíaca causada pelo hiperdesenvolvimento da válvula esquerda. Mesmo com a morte do compatriota, os camaroneses foram a campo para disputar a decisão da competição contra a França, após pedido formal do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e foram derrotados por 1 X 0 na prorrogação.
Uma convulsão tirou a vida do zagueiro Maximiliano Ferreira, do Botafogo de Ribeirão Preto. O ataque ocorreu durante um treinamento do time, em 2003.
Com apenas 20 anos de idade o volante e capitão da equipe de juniores do Criciúma (SC), Edicam Gabriel da Rosa morreu durante um treinamento. Acredita-se que tenha sido vítima de uma parada cardiorespiratória, o que não foi confirmado uma vez que a família não permitiu que fosse feita a necropsia.
O jogador húngaro Miklos Fehér sofreu uma parada cardiorespiratória durante a final do Campeonato Português em 25 de janeiro de 2004. Ele jogava pelo Benfica e entrou na partida contra o Vitória de Guimarães aos 15 minutos de seu final.
Dois dias depois, um jogador de 30 anos, identificado apenas como Andreas, sofreu um colapso em treino do Kavlinge, da quarta divisão sueca.
No dia 30 de abril de 2004 o goleiro Dany Ortiz, de 28 anos, da seleção da Guatemala e do Municipal da Cidade de Guatemala, morreu depois de sofrer uma forte pancada no tórax, em uma jogada fortuita com um atacante da equipe rival, o Comunicaciones . Ele tombou no gramado do Estádio Olímpico Mateo Flores com uma grave hemorragia interna e acabou falecendo horas depois em um hospital privado do sudeste da cidade, também em decorrência de problemas cardíacos.
Em maio de 2004, o futebol português vivenciou outro drama de perto. O jovem Bruno Baião, 18 anos, teve uma parada cardíaca logo após treinar pela equipe júnior do Benfica. Ele foi levado para um hospital e, após permanecer quatro dias em coma profundo, teve a morte anunciada.
No dia 5 de dezembro de 2004 o jovem jogador de 19 anos, Diego Carvalho, do Soccer Club de Ribeirão Preto (SP), uma franquia da escola do São Paulo Futebol Clube ficou desacordado depois de cabecear uma bola aos 8 minutos de um jogo contra o José Sampaio, em Brodosqui (SP). Diego foi atendido por um assistente aposentado do Corpo de Bombeiros de nome Cabral, que fez respiração boca a boca. Como o estado do jogador não era bom ele foi levado ao posto de saúde da cidade de Brodosqui, onde chegou quase sem pulso e com dilatação de pupilas.
O pai do jogador, Pedro de Carvalho, estava presente e levou o filho às pressas para Ribeirão Preto, sendo atendido no Hospital Ribeirânia, através de convênio médico, mas não foi possível salvá-lo.
Diego de Carvalho era o artilheiro do campeonato e estava sendo preparado para ser observado nas categorias de base do São Paulo, onde o Soccer Club, sempre manda as revelações. Diego de Carvalho teve uma passagem nas categorias de base do Comercial, e estava em dúvida quanto a seguir a carreira, pois no ano seguinte deveria ingressar na faculdade.
No mesmo dia 5 de dezembro de 2004 o atacante brasileiro Cristiano de Lima Júnior, 25 anos, do time indiano Dempo Sports, morreu vitimado por um infarto. O jogador caiu desacordado no gramado do estádio de Bangalore, ao Sul da Índia, após se chocar com o goleiro adversário, Subroto Pul, pouco antes do término do jogo final da Copa da Federação (competição nacional da Índia).
Mas, de acordo com outro brasileiro da equipe, Douglas Silva, Cristiano foi agredido com um soco por Pul, e depois caiu desacordado. O jogador foi levado para o hospital, mas não resistiu e morreu no caminho. O Dempo venceu o Mohun Bagan por 2 X 0 e ambos os gols foram marcados por Cristiano.
O esloveno Nedzad Botonjic, 28 anos, morreu em fevereiro de 2005 durante um treino de sua equipe, o NK Ljubljana. O goleiro titular da equipe da Eslovênia teve um mal súbito, caiu e não conseguiu ser reanimado pelos médicos da equipe. Dirigentes e médicos do clube afirmaram que desconheciam qualquer problema cardíaco do atleta.
Em setembro de 2005 ocorreu a morte do jovem triatleta Tiago Machado, em Juiz de Fora (MG). Ele teve sintomas de tonturas e palpitações dias antes, não valorizados e possivelmente em razão disso sofreu uma parada cardíaca não recuperada, seguida de morte súbita irreversível durante treinamento.
O atacante paraguaio Sixto Rojas, do Sportivo Trinidense, teve um colapso durante treino em 11 de janeiro de 2006, e faleceu no hospital minutos depois. Os médicos acreditam que ele teve uma embolia cerebral.
Nilton Mendes, brasileiro, 30 anos, ex-jogador do Atlético Mineiro, defendia o Shakhtyor de Karagandá, no Casaquistão e morreu vítima de uma parada cardíaca em setembro de 2006. Nilton se sentiu mal durante um treino e foi examinado pelo médico da equipe, que constatou que ele estava com a pressão muito elevada. Os médicos tiveram tempo de chamar o resgate, mas o atleta não resistiu e morreu.
O jogador Alex Sandro de Souza Pereira, de 29 anos, que defendia o América de Avaré (SP), teve uma parada cardiorespiratória em 26 de novembro de 2006, durante uma partida amistosa contra o Vila Martins. Os companheiros de time tentaram reanimá-lo ainda em campo. Ele foi colocado em uma ambulância, mas não resistiu e morreu no hospital.
Maria de Souza, de 50 anos, tia do jogador teve um ataque cardíaco quando soube da morte do sobrinho e também morreu. Além da tia, a avó do jogador passou mal e chegou a ser internada na UTI do Hospital de Avaré, mas se recuperou, recebeu alta e foi para casa.
O jogador havia defendido a Matonense no Campeonato Paulista da Série A-3, no início do ano. Desde abril, no entanto, estava sem clube e vinha participando apenas de partidas do futebol amador.
No mesmo dia morreu o atleta Anderson Rocha da Silva, 17 anos, durante a Maratona de Curitiba (PR) e Raimundo Rodrigues Sobrinho, 57 anos, em Cuiabá (MT). Os dois foram vítimas do que os médicos chamam de morte súbita no exercício e no esporte (MSEE).
O jogador Antônio Puerta, de 22 anos, que defendia o Sevilla da Espanha morreu no dia 28 de agosto de 2007, vítima de falência múltipla dos órgãos, causada por uma parada cardíaca prolongada. Puerta desmaiou durante uma partida do Campeonato Espanhol, mas se recuperou e foi andando até o vestiário, onde sofreu a parada cardíaca. O jogador ainda ficou três dias no hospital Virgen Del Rócio, em estado crítico.
Com a morte desse jogador a UEFA se preocupou tanto que chegou a cancelar jogos das competições européias, e certos clubes, como o Olympikos se recusaram a jogar no dia posterior ao fato. Desta vez a coisa afetara um país europeu de grande porte em que é realizado um dos principais campeonatos de todo o mundo.
Depois da morte de Puerta, os exames médicos realizados por clubes espanhóis ganharam uma novidade: um teste genético para detectar doenças cardíacas. O teste consiste em um estudo do DNA para detectar alterações genéticas. O exame ajuda a prevenir casos de morte súbita em campo e outros problemas do coração. (Pesquisa: Nilo Dias)
Velório do jogador espanhol Puerta.
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