Mais uma vez o sonho do hexacampeonato mundial foi por água abaixo. A seleção brasileira depois de um primeiro tempo primoroso caiu de produção na fase final, e perdeu de virada para os holandeses. Eu não me incluo entre aquelas pessoas que agora estão criticando o técnico Dunga, e lhe jogando por cima toda a culpa por mais um fracasso. E nem sei se tem algum culpado. Os jogadores se esforçaram ao máximo, mas não estavam jogando sozinhos, havia um adversário qualificado pela frente, que teve méritos para vencer.
Não se pode creditar a Dunga a falha do goleiro e de dois outros jogadores, que culminou com o primeiro gol do adversário. Não se pode culpar Dunga pela jogada infantil de Juan, colocando para escanteio uma bola que facilmente poderia ser mandada para a lateral. E aí saiu o segundo gol. E muito menos crucificar Dunga pela imaturidade de Felipe Melo, que foi expulso.
O trabalho de preparação da seleção foi muito bem feito. Os jogadores convocados, talvez com a exceção de Ronaldinho Gaúcho que não foi chamado, era o que havia de melhor. O futebol espetáculo que muitos teimam em pedir, não existe mais e faz tempo. Os jogadores brasileiros que vão para a Europa perdem o estilo malabarista praticado no Brasil. Lá, eles tem que se adequar aos esquemas táticos de seus clubes, e acabam europeizados.
Não acho que Neymar e Ganso tivessem que ser chamados. A imprensa sensacionalista, é que insistiu com isso. Ganso estava “baleado”, como se diz na gíria futebolística e se recupera de uma cirurgia no joelho. E Neymar não tem físico para enfrentar jogadores fortes, como os que defendem a maioria das equipes que participam de um Mundial.
E não adianta mais chorar o leite derramado. O negócio é juntar os cacos e começar a preparação para 2014. Felipão está de volta, e só não será o técnico da seleção se não quiser. Não vejo nenhum outro que seja melhor que ele. E nem do que o próprio Dunga, que já anunciou a sua saída. A partir de agora ele é um técnico de ponta no futebol brasileiro, capacitado a dirigir qualquer clube, no Brasil ou no mundo. (Nilo Dias)
Daniel Alves, o retrato da derrota.
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