Manoel Salles Marins, um zagueiro de 1,82 de altura, nasceu no Rio de Janeiro no dia 31 de outubro de 1950. Começou a carreira jogando nas categorias de base do Clube de Regatas do Flamengo, onde foi campeão carioca de juvenis em 1965 e 1967, e campeão carioca de aspirantes em 1970. Embora não tenha participado de nenhum jogo, treinou no grupo de profissionais que ganhou a Taça Guanabara de 1970.
Marins, como era chamado, sabia usar bem a sua altura. Bola pelo alto, quase sempre, era sua. Em 1975 foi parar no futebol piauiense, contratado pelo River. Sua estreia aconteceu num empate de 2 X 2 com o Auto Esporte, pelo campeonato estadual daquele ano. O River foi campeão, dividindo o título com o Tiradentes.
Em 1976 o River pediu licenciamento e não disputou o campeonato do Estado. Quando retornou as atividades no ano seguinte, lá estava Marins outra vez, vestindo a camisa tricolor nos certames de 1977 e 1978, sagrando-se novamente campeão. Depois, trocou o River pelo Flamengo piauiense, em 1979. Esse time ficou conhecido como “Super Mengão” e conquistou o título daquele ano.
A trajetória de Marins no futebol do Piauí foi um sucesso, com 100% de aproveitamento. Disputou quatro campeonatos estaduais e foi campeão em todos. Como não era muito de ir ao ataque, marcou apenas 1 gol nos quatro anos de futebol piauiense. Mas não foi um gol, qualquer. Pelo contrário, teve muita importância. Foi no dia 10 de junho de 1969. Marins jogava no Flamengo, que perdia para o Piauí, por 1 X 0, gol de Cacá. No segundo tempo Marins empatou e Israel, já falecido, fez o gol da virada rubro-negra.
Ele colocou quatro faixas de campeão, mas na disputa do clássico maior do futebol piauiense, o “Rivengo”, reunindo River X Flamengo, não teve igual êxito. Participou de 40 clássicos, 24 pelo River e 16 pelo Flamengo. Venceu 12, empatou 9 e perdeu 19, sendo expulso de campo em três ocasiões. Marins jogou ainda pelo Moto Club, do Maranhão, Força e Luz, de Natal e Fortaleza, do Ceará.
Quando de sua estreia no Moto Clube do Maranhão, Marins fez uma aposta com um torcedor: disse que Djalma Campos, um dos maiores craques da história do futebol maranhense, não o driblaria. Deu-se mal, Djalma foi para a linha de fundo e lhe aplicou três fintas seguidas, perdendo feio a aposta. (Pesquisa: Nilo Dias)
Marins, com a camisa do Flamengo, dio Piauí.
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