Setembrino da Costa Alves, o “Bino”, nasceu na cidade litorânea de Antonina (PR), no dia 1 de setembro de 1920, mesmo dia em que o Corinthians Paulista foi fundado. Quando “Bino” nasceu, o Corinthians tinha apenas 10 anos. Ele começou a carreira futebolística no Clube Atlético Antoninense, de sua cidade natal.
Em 1938 se transferiu para o Clube Atlético Paranaense, onde ficou até 1939, quando retornou ao time de sua terra, por lá permanecendo até 1941, ano em que se sagrou campeão pelo Antoninense.
Ainda foi vice-campeão do Paraná de Seleções em 1941, jogando pela Seleção de Antonina, evento promovido pela Federação Paranaense de Futebol. A Seleção de Antonina formava com: Bino - Argentino e Marcelo (Lídio) - Dégas - Estoquero e Sêgoa - Edgar – Birulha – Coceira - Pintado e Alcendino.
Em 1942 foi contratado pelo Coritiba F.C., ajudando o clube a conquistar o título estadual daquele ano. Em 1943 assinou com o Corinthians Paulista. Fez sua estréia pelo clube do Parque São Jorge em fevereiro de 1943, num amistoso interestadual contra o Vasco da gama, vencido pelos cariocas.
Em 1950, “Bino” foi lembrado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo, mas acabou não sendo convocado. A imprensa paulista dava como certa a sua convocação, mas o técnico Flávio Costa, que pertencia ao Vasco da Gama, por questões políticas deu preferência aos jogadores cariocas e mais precisamente aos atletas do próprio Vasco, que foi campeão invicto do Rio de Janeiro em 1949 e também campeão em 1950, ano da Copa. Em sua passagem pelo Corinthians, foi convocado para a Seleção Paulista.
No “timão” ficou longos nove anos, oito deles sem conhecer nenhum título. “Bino” deixou o Corinthians em 1951, tendo sido campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1950 e campeão paulista em 1951, mesmo quase não jogando. Estava com 31 anos e disputava apenas amistosos pelo interior do Brasil. O goleiro titular era “Cabeção” e o reserva imediato Gylmar, que depois se tornaria um dos maiores ídolos da história corinthiana.
Foi em sua passagem pelo Corinthians que ganhou os apelidos de “Gato Selvagem” e “Gato Preto”, devido a sua ousadia e a mania de se vestir todo de preto. Era muito rápido, arrojado, voador e capaz de realizar defesas milagrosas. Além disso, dizem que foi um arqueiro por natureza, experiente e com muita lucidez e segurança.
Pelo alvinegro paulista fez 232 jogos, com 133 vitórias, 44 empates e 55 derrotas. Sofreu 383 gols e marcou um contra, segundo números do "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte. O goleiro paranaense fez parte de um fortíssimo time corintiano: Bino - Domingos da Guia e Belacosa – Palmer - Hélio e Aleixo - Cláudio (ou Colombo) – Luizinho – Nardo - Rafael e Nelsinho (ou Noronha).
Em 1952 retornou ao Paraná, onde jogou pela A.A. Cambarense durante um ano. Em 1956 e 1957, defendeu a o S.C. Rio Branco, de Paranaguá. E de 1958 até 1962, vestiu a camisa da A.A. 29 de Maio, de Antonina, onde encerrou a carreira.
“Bino” faleceu em 30 de agosto de 1979, com 59 anos na cidade de Antonina. Ele foi homenageado com o nome de uma praça de esportes na sua cidade natal, no Bairro do Jardim Maria Luiza, próximo ao local onde iniciou sua carreira esportiva no Clube Atlético Antoninense. (Pesquisa: Nilo Dias)
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