quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Morre goleiro campeão da Copa do Brasil de 1991

Morreu ao início da tarde de ontem (17), o ex-goleiro Alexandre Pandóssio, de 53 anos, completados em 8 de fevereiro, que foi campeão da “Copa do Brasil” pelo Criciúma, em 1991, quando o time era treinado por Luiz Felipe Scolari.

Ele tinha ido durante a manhã até a praia do “Balneário Rincão”, município a 26 quilômetros de Criciúma, para jogar “futevôlei” com amigos, entre os quais “Sarandi”, seu ex-companheiro de equipe.

Ao subir para tocar de cabeça uma bola, Pandossio sentiu-se mal e caiu. De imediato recebeu atendimento de três médicos e de um bombeiro militar ainda no local do incidente e foi levado pelo Corpo de Bombeiros de Içara, que o transferiu, no meio do caminho para Criciúma até a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Na praia, Alexandre havia sofrido sete paradas respiratórias, e no trajeto até o hospital ocorreram outras 20, o que fez com que o coração não resistisse. Ele é o segundo campeão da Copa do Brasil de 1991 a falecer. O primeiro foi o atacante Adilson Gomes, que morreu de aneurisma cerebral em 1996.

Alexandre era natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Antes de jogar no Criciúma, teve passagens pelo Noroeste e Mogi Mirim. Chegou ao “Tigre” em 1990, permanecendo por lá até 1996. Foi campeão catarinense em 1990, 1991 e 1993 e Campeão da Copa do Brasil em 1991.

O time base do Criciúma, campeão da “Copa do Brasil” tinha Alexandre – Sarandi – Vilmar - Altair e Itá - Roberto Cavalo – Gelson – Grizzo - Zé Roberto - Soares e Jairo Lenzi.

Outro grande momento de sua carreira foi ter disputado a “Taça Libertadores da América”, de 1992 pelo Criciúma. O time catarinense foi o primeiro do grupo na primeira fase e avançou até as quartas de final, quando foi eliminado pelo São Paulo de Raí, Palhinha e Müller, treinado por Telê Santana, que conquistou o título da competição e ainda foi campeão mundial naquele ano.

Antes de encerrar a carreira, jogou ainda no União Barbarense (SP) e Gama (DF), onde foi campeão da “Série B” em 1998 e do Campeonato Brasiliense em 1998 e 1999. Depois que pendurou as chuteiras foi auxiliar técnico no próprio Criciúma, o que lhe garantiu experiência para trabalhar como treinador.

Em 2007, deu inicio a nova carreira, treinando o Atlético Rondoniense. No ano seguinte, comandou o “Cidade Azul”, hoje Tubarão. Em 2010 dirigiu o Imbituba, time para o qual retornou em 2012, depois de comandar o Próspera, de Criciúma, em 2011.

Bem estruturado financeiramente, atualmente Alexandre tinha como atividade a de comentarista esportivo da “Rádio Som Maior”, de Criciúma (FM 100,7) e também fazia transações imobiliárias. Deixou a esposa Raquel e os filhos Rafael e Alessandra.

O velório de Alexandre começou na noite de ontem, no "Crematório Millenium", no bairro Liri, em Içara, na “C-445”, onde o corpo será cremado hoje às 17 horas. O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, emitiu uma nota lamentando o falecimento do ex-jogador:

“A ida precoce de Alexandre Pandóssio afasta a cidade de Criciúma do convívio, acima do ídolo, de um grande homem. Decisivo para uma das maiores façanhas do nosso time, deu-nos o privilégio da escolha pela nossa cidade para viver com a família.

Que Deus ampare e dê forças aos familiares, amigos para suportar esse momento de dor. Perde-se a presença física, mas permanece conosco o exemplo do esportista e ser humano de enorme respeito”. (Pesquisa: Nilo Dias)


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