O
acidente ocorrido na madrugada de hoje na Colômbia, que matou 75 membros da
delegação da Chapecoense, de Chapecó (SC), está sendo considerado o maior
desastre aviatório da história, envolvendo times de futebol no mundo.
O
acidente envolvendo um time de jogadores descendentes de surinameses, o "Colorful 11", teve um número maior de mortos - 178 - no entanto, havia menos
jogadores entre as vítimas.
A
aeronave, da companhia venezuelana "LaMia", de matrícula CP 2933, levava 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e nove tripulantes, de acordo com a Aeronáutica
Civil colombiana. O avião se dirigia para Medellín, onde iria disputar, amanhã
(30/11), a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético
Nacional da Colômbia.
A
queda ocorreu nas proximidades de Medellín, pouco antes de chegar ao destino.
Uma das possibilidades é o avião ter sofrido pane elétrica.
Foram retirados com vida dos destroços o lateral esquerdo Alan Ruschel, 23 anos, que já
defendeu o Juventude, de Caxias do Sul e o Internacional, de Porto Alegre, os
goleiros Marcos Danilo Padilha, 31 anos, que morreu no hospital e Jackson Follmann, 24 anos, que teve uma perna amputada, o
radialista Rafael Henzel
Valmorbida, da Rádio Oeste Capital, de Chapecó, Helio Hermito Zampier, conhecido como
Neto, zagueiro do clube catarinense, uma comissária de bordo, identificada
como Ximena Suárez e Erwin
Tumiri, técnico da aeronave.
Por ter esquecido o passaporte, Matheus Saroli, o filho do técnico da Chapecoense, Caio Júnior, morto no acidente trágico desta madrugada, não embarcou com a delegação. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, foi convidado para acompanhar o time, mas não embarcou.
Ele teve de ir a São Paulo, onde tinha um compromisso e embarcaria para Medelín, na Colômbia, nesta terça-feira (29), em voo comercial, para acompanhar a primeira partida da final da competição. O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Gelson Merísio estava na lista de convidados do voo da Chapecoense para Medellín, mas não embarcou com a delegação. Merísio desistiu de ir na última hora, em função de compromissos na Assembleia nesta terça-feira.
O mesmo aconteceu com o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, que estava na lista de convidados da viagem para Medellín, na Colômbia. Mas acabou
não viajando em razão de compromissos em São Paulo. Seguiria viagem para
Medellín na tarde desta terça.
Outro que escapou de morrer foi Claudio Winck, lateral direito, ex-Internacional que não foi relacionado para o jogo em Medellin. Já o volante Matheus Biteco, o zagueiro William Thiego e o lateral Dener Assunção, todos ex-Grêmio, não tiveram a mesma sorte. Também o ex-jogador da dupla Grenal, Mário Sérgio e Anderson Paixão, filho de Paulo Paixão, que, assim como o pai, foi preparador físico de Grêmio e Internacional, estão entre as vítima fatais.
Por ter esquecido o passaporte, Matheus Saroli, o filho do técnico da Chapecoense, Caio Júnior, morto no acidente trágico desta madrugada, não embarcou com a delegação. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, foi convidado para acompanhar o time, mas não embarcou.
Ele teve de ir a São Paulo, onde tinha um compromisso e embarcaria para Medelín, na Colômbia, nesta terça-feira (29), em voo comercial, para acompanhar a primeira partida da final da competição. O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Gelson Merísio estava na lista de convidados do voo da Chapecoense para Medellín, mas não embarcou com a delegação. Merísio desistiu de ir na última hora, em função de compromissos na Assembleia nesta terça-feira.
Outro que escapou de morrer foi Claudio Winck, lateral direito, ex-Internacional que não foi relacionado para o jogo em Medellin. Já o volante Matheus Biteco, o zagueiro William Thiego e o lateral Dener Assunção, todos ex-Grêmio, não tiveram a mesma sorte. Também o ex-jogador da dupla Grenal, Mário Sérgio e Anderson Paixão, filho de Paulo Paixão, que, assim como o pai, foi preparador físico de Grêmio e Internacional, estão entre as vítima fatais.
O
avião teria perdido o contato com a torre de controle às 22h15 (1h15 no horário
de Brasília). O pedido de socorro foi emitido entre as cidades de Ceja e Lá
Unión. A aeronave fez uma parada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, depois
de decolar do Brasil.
Na
emergência do voo, o piloto teria aberto os tanques de combustível para evitar
a explosão da aeronave na queda. A região do acidente é montanhosa. O avião
teria caído a 25 quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de destino e
não explodiu, de acordo com informações de paramédicos.
A
Aviação Civil da Colômbia publicou em sua página no Facebook a lista de todos
os passageiros que estavam no voo da "LaMia".
Jogadores
e equipe: Alan Luciano Ruschel, Ananias Eloi Castro Monteiro, Arthur Brasiliano
Maia, Bruno Rangel Domingues, Ailton Cesar Junior Alves da Silva, Cleber
Santana Loureiro, Marcos Danilo Padilha, Dener Assunção Braz, Filipe José
Machado, Jakson Ragnar Follmann, José Gildeixon Clemente de Paiva, Guilherme
Gimenez de Souza, Everton Kempes dos S. Gonçalves, Lucas Gomes da Silva, Matheus
Bitencourt da Silva, Helio Hermito Zampier Neto, Sergio Manoel Barbosa dos
Santos, Willian Thiago de Jesus, Tiago da Rocha Vieira Alves, Josimar Rosado da
Silva Tavares, Marcelo Augusto Mathias da Silva, Mateus Lucena dos Santos, Luiz
Carlos Saroli (Caio Júnior), Eduardo de Castro Filho, Anderson Rodrigues Paixão Araújo, Anderson
Roberto Martins, Marcio Bestene Koury (médico do clube), Rafael Correa Gobatto, Luiz Cezar
Martins Cunha, Luiz Felipe Grohs, Segio Luis Ferreira de Jesus, Anderson
Donizette Lucas, Adriano Wulff Bitencourt, Cleberson Fernando da Silva, Emersson
Fabio Di Domenico, Eduardo Luiz Preuss, Mauro Luiz Stumpf, Sandro Luiz Pallaoro (presidente do clube), Nilson Folle Junior, Decio Sebastião Burtet Filho, Jandir
Bordignon, Gilberto Pace Thomas, Mauro Dal Bello, Edir Félix de Marco, Daví
Barela Dávi, Ricardo Phillippi Porto e Delfim Pádua Peixoto Filho.
Jornalistas:
Victorino Miranda (Fox), Rodrigo Santana Gonçalves (Fox), Devair Paschoalon (Fox),
Lilácio Pereira Junior (Fox), Paulo Júlio Moraes Clement (Fox), Mário Sergio
Pontes de Paiva, ex-jogador e ex-técnico do Internacional, de Porto Alegre
(Fox), Guilherme Marques (Globo), Ari de Araújo Junior (Globo), Guilherme Laars
(Globo), Giovane Klein Victória (RBS), Bruno Mauri da Silva (RBS), Djalma
Araújo Neto (RBS), André Luis Goulart Podiacki (RBS), Laion Machado Espíndola (Globo
Esporte), Rafael Henzel Valmorbida (Rádio Oeste Capital, de Chapecó) e ainda os
radiaistas Renan Carlos Agnolin, Fernando Schardong, Edson Luiz Ebeliny, Gelson
Galiotto, Douglas Dorneles, Jacir Biavatti e Ivan Carlos Agnoletto.
Tripulação:
Miguel Quiroga, Ovar Goytia, Sisy Arias, Romel Vacaflores, Ximena Suarez, Alex
Quispe, Gustavo Encina, Erwin Tumiri e Angel Lugo.
O mundo do futebol, desde a notícia da queda do avião, foi se unindo numa rede jamais vista em toda a história esportiva. Clubes, jogadores, cronistas, torcedores de todos os cantos do planeta se abraçaram no emblema Força Chape.
O mundo do futebol, desde a notícia da queda do avião, foi se unindo numa rede jamais vista em toda a história esportiva. Clubes, jogadores, cronistas, torcedores de todos os cantos do planeta se abraçaram no emblema Força Chape.
Grandes
clubes da Europa, como o Benfica, querem emprestar jogadores para ajudar a
Chapecoense a manter o legado esportivo construído pelos seus heróis mortos. No
Brasil, essa ideia ganha corpo. O Nacional, de Medellín, não quer saber de
título da Sul-Americana. Sugere que fique com a Chape ou se divida a taça.
Craques
planetários, como Iniesta, se emocionaram. Querem ajudar financeiramente. Os
jogadores de um clube alemão postaram um minuto de silêncio antes de um treino,
abraçados.
Tanta
solidariedade espontânea dá esperança contra a violência, o racismo e outras
pragas que infestam o futebol. O que é importante, de fato? Para os colorados:
será tão dolorido assim jogar uma Série B? No caso do Grêmio: que importância
tanto tempo sem título teve de verdade?
A
tragédia da Chapecoense é revoltante de tão injusta, mas no meio de tanta dor
já produziu algo histórico, bonito, do tamanho da grandeza de um clube que tem
na força da comunidade a sua força motriz: uma rede espontânea de solidariedade
jamais vista na história do futebol mundial. E que nos convida a olhar tudo de
outra maneira, como ensina Paulo Paixão.
Outros
acidentes envolvendo equipes de futebol:
Em
4 de maio de 1949, há algumas milhas de Turim, sob forte nevoeiro, aconteceu
uma tragédia que marcaria para sempre a história do futebol italiano e mundial.
O avião, um Fiat G212, que transportava a delegação do Torino de volta à
Itália, após um amistoso contra o Benfica em Portugal, chocou-se contra uma das
torres da basílica de Turim de Superga, a 600 metros de altura. Não houve
sobreviventes. Morreram 18 jogadores.
A
tragédia que a Inglaterra nunca esquecerá. No dia 6 de fevereiro de 1958, após
a disputa de uma partida contra o Estrela Vermelha, em Belgrado, o Manchester
fazia a viagem de retorno à Inglaterra. Era o vôo 609 da British European
Airways.
Segundo
testemunhas, durante a viagem estava nevando muito. O piloto do bimotor
Airspeed Ambassador, prefixo G-ALZU, construído pela “De Havilland”, que fazia
vôos regulares entre a Alemanha e a Inglaterra, estava com pouca visibilidade.
E, para piorar, um dos motores estava com defeito.
A
torre chegou a ser informada sobre o problema, mas nada adiantou. Logo depois,
o motor pegou fogo e o avião caiu nas proximidades da cidade de Munique, na
região da Baviera, por volta das 18 horas.
No
acidente morreram 28 pessoas entre passageiros e moradores do local da queda do
avião. A comitiva do Manchester era formada pelo diretor esportivo, o
secretário da equipe, 11 jornalistas e 17 jogadores.
A
tragédia que podia ser evitada. O Alianza Lima foi, ao longo dos anos 70 e 80,
a grande sensação do futebol peruano e a base para as convocações da seleção
nacional. Na época o Peru ocupava o lugar de quarta potência do futebol
sul-americano atrás apenas de Brasil, Uruguai e Argentina. Porém, essa história
de grande celeiro de grandes jogadores do futebol peruano se encerrou de forma
rápida e trágica.
No
dia 8 de dezembro de 1987, o Alianza estava na cidade de Pucallpa, onde disputava
mais uma partida pelo Campeonato Peruano, competição que liderava naquele
momento. O time saiu de campo vencedor por 1 X 0. Foi a última vitória da
precoce carreira daqueles atletas.
No
retorno à capital, poucos minutos antes de aterrissar no Aeroporto
Internacional Jorge Chavez, o avião Fokker 27 MPA, da Marinha de Guerra do
Peru, apresentou problemas no trem de pouso dianteiro.
O
piloto – mais tarde descobriu-se que não era qualificado – fez, por duas vezes,
manobras bruscas com a aeronave, para cima e para baixo, no intuito de baixar o
trem de pouso a força. Na segunda manobra perdeu o controle do avião que caiu
no Mar de Ventanilla.
Apenas
ele, o piloto, sobreviveu. Perderam a vida todos os jogadores, comissão
técnica, alguns torcedores, árbitros e a tripulação.
A
Tragédia de Viloco. Em 24 de setembro de 1969, feriado local, a equipe do The
Strongest foi convidada para participar de um jogo amistoso organizado pela
Associação de Futebol de Santa Cruz de La Sierra.
Para
a equipe, era somente outra visita a cidade de Santa Cruz, após o término do
Campeonato Nacional. Na noite do dia 26 de setembro, soube-se que o avião, um
DC-6 da Lloyd Aéreo Boliviano, com a maioria da delegação do The Strongest, que
retornava da cidade de Santa Cruz de La Sierra em direção a La Paz havia
desaparecido.
Passadas
vinte e quatro horas do desaparecimento, e já sem muita esperança, o país
recebeu a notícia: o avião havia se precipitado contra uma região montanhosa
chamada La Cancha, na região mineira de Viloco, a cerca de 100 km de La Paz. Todos
os 69 passageiros e 9 membros da tripulação morreram.
Chile
Green Cross (atual Deportes Temuco). Em03 de abril de 1961 o avião Douglas DC-3
da LAN Chile, prefixo CC-CLD-P210, realizava o voo 210 trazendo de volta a
equipe do Chile Green Cross (hoje Deportes Temuco) de uma partida em Osorno,
pelo Torneio Apertura da Copa Chile.
Voando
com visibilidade ruim, chocou-se contra a Serra de Las Animas, na Cordilheira
de Linares, matando todos os seus 20 passageiros e quatro tripulantes.
Pakhtakor
Tashkent. No dia 11 de agosto de 1.979, uma colisão aérea entre dois aviões
russos Tupolev 134As da Aeroflot, vitimou a equipe de futebol do Pakhtakor
Tashkent, do Uzbequistão, que fazia o
vôo 7880, rota Tashkent - Donetsk - Minsk sobre a antiga União
Soviética.
Uma
falha do controle de tráfego aéreo da Rússia na separação aérea das aeronaves
causou o choque entre elas, a 27.200 pés de altitude, que vieram a cair sobre a
cidade de Dneprodzerzhinsk, na Ucrânia.
No
avião prefixo CCCP-65735 da delegação do Pakhtakor Tashkent morreram todos os
84 ocupantes, entre eles os 14 jogadores e os três membros da comissão técnica.
Na outra aeronave, a de prefixo CCCP-65816, morreram os 94 ocupantes.
Computando as duas aeronaves o saldo foi de 178 mortos.
Seleção
da Zâmbia. A Tragédia no Gabão. No dia 28 de abril de 1993 uma aeronave De
Havilland DHC-5 da Força Aérea da Zâmbia, prefixo AF-319, que levava a Seleção
do país para uma partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994,
explodiu logo após decolar de um aeroporto em Libreville, no Gabão, onde havia
sido reabastecido.
Dezoito
jogadores, três dirigentes da Associação de Futebol da Zâmbia (FAZ) e cinco
militares morreram.
Não
se pode esquecer o acidente com o avião que levava o time de rugby do “Old
Christians Club”, de Montevidéu, para uma partida em Santiago do Chile, que
caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. O episódio que ficou
conhecido como “Os sobreviventes dos Andes” foi até tema de um filme.
Devido
ao mau tempo, o avião se chocou contra uma montanha da Cordilheira dos Andes,
na remota fronteira entre o Chile e a Argentina. Morreram 18 pessoas
imediatamente ou nos dias que se seguiram e os outros não dispunham de alimentos,
roupas ou remédios apropriados.
Esta
foi a história de sobrevivência mais importante da humanidade, porque foi
protagonizada por gente comum. Havia 45 pessoas a bordo, no voo fretado da Força
Aérea Uruguaia 571.
Os
sobreviventes foram obrigados a comer a carne de alguns de seus companheiros
mortos, além de terem suportado mais de dois meses em um dos ambientes mais
inóspitos, sob temperaturas de dezenas de graus negativos, sem roupas
apropriadas ou esperança de resgate.
A
decisão de recorrer ao canibalismo não foi fácil. O sobrevivente Fernando
Parrado conta em seu livro “Milagre nos Andes” que eles tentaram se alimentar
até de tiras de couro rasgado de peças de bagagem antes de apelar ao
canibalismo.
Quarenta
e quatro pessoas morreram no dia 7 de setembro de 2011 na queda de um avião de
passageiros russo Yak-42 na região de Yaroslavl, a 200 quilômetros ao norte de
Moscou.
A
aeronave, na qual viajava a equipe de hóquei no gelo do "Lokomotiv Yaroslavl",
caiu pouco depois de decolar e explodiu no ar, segundo a agência russa
"Interfax".
O "Lokomotiv Yaroslavl" foi campeão russo de hóquei no gelo em 1997, 2002 e 2003. O
time enfrentaria no dia 8 ao Dínamo Minsk. O acidente aconteceu por volta das
9h (de Brasília). A aeronave, pertencente à companhia "Yak-Service", tinha como
destino o aeroporto de Minsk, capital de Belarus.
As
quase tragédias. A equipe do Leeds
United da Inglaterra por pouco não foi vitimada por uma tragédia aérea em 1 de
outubro de 1998. Após uma partida em que foi derrotado pelo West Ham por 3 X 0
jogadores e comissão técnica retornavam de Londres para a cidade de Leeds.
O
avião, um bimotor British Aerospace 748 fretado da empresa Emerald Airways, parou
de funcionar após a decolagem assim que atingiu os 150 pés. Com um dos motores
em chamas o piloto realizou um pouso de emergência no Aeroporto Stansted, em
Londres. Havia 19 jogadores entre os 44 passageiros. Apenas um jogador
feriu-se, mas sem gravidade.
A
equipe do Santos que escapou da morte. No dia 15 de setembro de 1968, um
domingo, o Santos enfrentou o Flamengo no Maracanã vencendo por 3 X 2. Após a
partida, Pelé & Cia. retornavam a São Paulo viajando num avião modelo
Viscount, prefixo PP-SER, da Vasp, que pousou no aeroporto de Congonhas às
21h15. Desembarcaram 52 passageiros e comissários, incluindo a delegação do
Santos. Permaneceram a bordo o comandante Neutel e co-piloto Freire.
Cerca
de três minutos após, o avião decolou para um vôo de treinamento dos
tripulantes. Ao sobrevoar a Cidade Universitária (o Campus da USP –
Universidade de São Paulo), houve falha numa das turbinas e o avião caiu
ficando reduzido a escombros. Morreram na queda os dois tripulantes e em terra
uma senhora que residia numa das casas atingidas pelo impacto e pelas
labaredas.
O
acidente não foi destaque na imprensa. Apenas um jornal de São Paulo publicou,
mas sem alarde, que o Santos havia desembarcando a poucos instantes daquele
aparelho que acabou se precipitando na região da Cidade Universitária.
Pânico
no Equador. No dia 1 de maio de 1996, um sério acidente numa tentativa
frustrada de decolagem do avião que traria de volta a delegação do Corinthians
para o Brasil após um jogo em Quito, no Equador, quase acaba em tragédia.
A
bordo da aeronave os jogadores comemoravam com champanhe a vitória de 3 X 1
sobre o Espoli, do Equador, quando "viram a morte de perto". Às 18h45
daquela quarta-feira, 80 pessoas entre jogadores, comissão técnica, torcedores
e jornalistas estavam prontas para decolar de Quito rumo a São Paulo.
Chovia
forte no momento da tentativa de decolagem efetuada pelo comandante Cledir da
Silva, nos controles do Boeing 727-2B6, prefixo PP-LBY, da companhia aérea FLY.
Eram 17 horas locais (19 horas de Brasília). Na aeronave 72 pessoas a bordo. A
pista do aeroporto Mariscal de Sucre é considerada uma das mais perigosas do
mundo.
Quarenta
e seis segundos após o início da corrida, quando o avião deveria estar
levantando vôo, os passageiros descobriram o que o comandante já sabia: o 727
não iria decolar. Na realidade ele já havia iniciado os procedimentos para
abortar a decolagem, isso a mais de 200 quilômetros por hora.
Nesse
momento a aeronave patinou, saiu da pista, deslizou pela grama e destruiu tudo
pela frente, incluindo cercas e o muro onde finalmente parou quase nas ruas da
capital do Equador.
O
tanque de combustível da asa direita rompeu-se e derramou combustível sobre o
trem de pouso que se partia e as faíscas deflagraram um incêndio que atingiu a
aeronave que já estava com sua cabine destruída e a fuselagem partida ao meio.
O
pronto atendimento dos bombeiros evitou o incêndio total da aeronave e o fogo
foi logo apagado. Segundo o comandante, no momento em que o avião taxiava,
chovia pouco, mas aumentou ao tentar arremeter.
Grêmio
e Caxias. Mudança de voo na última hora salva os dois times. A queda do vôo JJ
3054 da TAM em São Paulo no dia 17 de julho de 2007 quase vitimou toda a
delegação do Grêmio. O diretor de futebol do clube, Paulo Pelaipe, afirmou que
o elenco seguiria nesse vôo para chegar a Goiânia, onde enfrentou o Goiás no
dia 19 de julho, mas o caos aéreo acabou alterando a programação.
Uma
das alternativas era São Paulo-Porto Alegre à tarde. Em uma conversa com Mano
Menezes (técnico), foi decidido que não seria pego aquele voo para São Paulo.
Decidiu-se por Brasília e depois Goiânia, local do jogo.
No
momento da queda, a delegação já estava no Distrito Federal e os celulares entupidos
de telefonemas.
Elenco
do Caxias escapa da tragédia ao embarcar em vôo seguinte. Além da delegação do
Grêmio, o elenco do Caxias também esteve muito perto de embarcar no vôo JJ 3054
da TAM, que caiu dia 17 de julho de 2007 em Congonhas, São Paulo.
O
time seguia para Maringá (PR), onde enfrentaria o ADAP/Galo-PR no dia seguinte
pela Série C do Campeonato Brasileiro, mas embarcou no vôo seguinte ao do
acidente.
O
vôo dos jogadores do Caxias mudou a rota e desembarcou em Curitiba, onde os
passageiros souberam da tragédia em São Paulo.