segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Diego Aguirre de volta ao Internacional

Diego Vicente Aguirre Camblor, ou simplesmente Diego Aguirre, de 49 anos de idade, é o novo técnico do Internacional. Ele estava em negociações para voltar a treinar o Penãrol, de Montevidéu onde havia trabalhado em 2010 e 2011, tendo levado o tradicional clube uruguaio ao segundo lugar na Taça Libertadores da América, em 2011 quando eliminou o próprio Internacional, dentro do Beira Rio.

Falta o Internacional apresentar oficialmente o seu novo técnico, o que deverá ocorrer nas próximas horas. Depois de Tite, Abel Braga, Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes dizerem não, o clube optou por um técnico estrangeiro.

Diego Aguirre é um velho conhecido do colorado, onde jogou em 1988 e 1989. Participou do Gre-Nal do século, comandado por Abel Braga. Na Taça Libertadores de 1989 foi o artilheiro do time.

O encarregado de acertar com o técnico foi o dirigente Luiz Fernando Costa, que viajou até o Uruguai para contratar o treinador, que estava praticamente acertado com o Peñarol. O clube uruguaio ainda tentou convencer o treinador a ficar. Mas o sonho de treinar um clube brasileiro falou mais alto.

Aguirre será o quinto técnico uruguaio a trabalhar no Internacional. O primeiro foi Ricardo Díez. Seu nome verdadeiro era Emetério Seledônio Díez, mas preferiu adotar o Ricardo por ser mais fácil de pronunciar. Ele começou a ganhar destaque no Brasil em 1937, quando levou o Grêmio Santanense ao título gaúcho.

Em dezembro de 1941 Ricardo Díez estava treinando o Sport Recife, que começou uma excursão pelo Sudeste e Sul do Brasil. O Sport seria a grande sensação naquele início de 1942. Foram 17 jogos, 11 vitórias, 2 empates e 4 derrotas, enfrentando várias equipes poderosas.

Na partida com o Internacional, em 4 de fevereiro de 1942, o prefeito da cidade, Loureiro da Silva, deu o pontapé inicial, tal a importância que a partida adquiriu. O Sport abriu logo 2 X 0, com gols de Ademir e Djalma, mas Carlitos diminuiu ainda na primeira.

O segundo tempo foi amplamente dominado pelo Internacional, e Osvaldo Brandão, que fazia sua despedida (fora contratado pelo Palmeiras) empatou o jogo.

O time pernambucano era uma máquina, mas seu sucesso despertou a cobiça dos grandes clubes, e seu plantel foi desmanchado. O Vasco contratou o zagueiro Zago e os atacantes Djalma e Ademir Menezes.

O resto do ataque dividiu-se pelos clubes cariocas: Flamengo (Pirombá), América RJ (Magri) e Fluminense (Pinhegas). O Internacional tirou dos pernambucanos o goleiro Ciscador e o técnico Ricardo Díez.

No Colorado, Díez começou a freqüentar a várzea porto-alegrense, em busca de revelações. E encontrou Nena, que jogava pelo Paraná, do bairro Petrópolis, e que se tornaria um dos maiores zagueiros da história colorada.

Apesar da sua curta passagem pelo Internacional, Díez sempre foi considerado, pela imprensa, torcida e jogadores, como o melhor técnico que o "Rolo Compressor" já teve, e também o primeiro “técnico de verdade” a treinar o Colorado.

O Internacional ainda teve outros dois técnicos uruguaios,Félix Magno e Pedro Rocha. E ainda técnicos estrangeiros, como o peruano Dario Letona, ainda nos anos 1940, e o chileno Elias Figueroa. Nenhum deles levantou um título oficial pelo clube.

Títulos conquistados como jogador. Pelo Penãrol: Campeão Uruguaio (1986); Taça Libertadores da América (1987). Como técnico: Penãrol: Campeão Uruguaio (2003, 2009 e 2010); Vice-Campeão da Taça Libertadores da América (2011) e mais quatro taças pelo Al Rayyan.

Clubes onde jogou: Iniciou a carreira no Liverpool, Uruguai (1985); Penãrol, Uruguai (1986 e 1987); Olympiakos, da Grécia (1988 e 1989); Internacional, de Porto Alegre (1989 e 1990); São Paulo (1990); Portuguesa de Desportos (1991); Penãrol (1992); Independiente, da Argentina (1992); Marbella, da Espanha (1993 e 1994); Danubio, do Uruguai (1994); Ourense, da Espanha (1995); Deportivo FAS, da Argentina (1996); Temuco, do Chile (1997); River Plate, da Argentina (1997 e 1998) e Rentistas, da Argentina (1999).

Times que treinou:  Alianza San Agustin, do Uruguai (2001 e 2002); Plaza Colônia, do Uruguai (2002); Aucas, do Equador (2002 e 2003); Penãrol (2003 e 2004); Wanderers, do Uruguai (2006 e 2007); Alianza Lima, do Peru (2007); Seleção Uruguaia Sub-20 (2009); Penãrol (2010 e 2011); Al Rayyan, do Qatar, onde foi técnico do atacante colorado Nilmar (2011 a 2013); Al-Gharafa, do Qatar (2014). (Pesquisa: Nilo Dias)


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