Diego
Vicente Aguirre Camblor, ou simplesmente Diego Aguirre, de 49 anos de idade, é
o novo técnico do Internacional. Ele estava em negociações para voltar a
treinar o Penãrol, de Montevidéu onde havia trabalhado em 2010 e 2011, tendo
levado o tradicional clube uruguaio ao segundo lugar na Taça Libertadores da
América, em 2011 quando eliminou o próprio Internacional, dentro do Beira Rio.
Falta
o Internacional apresentar oficialmente o seu novo técnico, o que deverá
ocorrer nas próximas horas. Depois de Tite, Abel Braga, Vanderlei Luxemburgo e
Mano Menezes dizerem não, o clube optou por um técnico estrangeiro.
Diego
Aguirre é um velho conhecido do colorado, onde jogou em 1988 e 1989. Participou
do Gre-Nal do século, comandado por Abel Braga. Na Taça Libertadores de 1989
foi o artilheiro do time.
O
encarregado de acertar com o técnico foi o dirigente Luiz Fernando Costa, que
viajou até o Uruguai para contratar o treinador, que estava praticamente
acertado com o Peñarol. O clube uruguaio ainda tentou convencer o treinador a
ficar. Mas o sonho de treinar um clube brasileiro falou mais alto.
Aguirre
será o quinto técnico uruguaio a trabalhar no Internacional. O primeiro foi
Ricardo Díez. Seu nome verdadeiro era Emetério Seledônio Díez, mas preferiu
adotar o Ricardo por ser mais fácil de pronunciar. Ele começou a ganhar
destaque no Brasil em 1937, quando levou o Grêmio Santanense ao título gaúcho.
Em
dezembro de 1941 Ricardo Díez estava treinando o Sport Recife, que começou uma
excursão pelo Sudeste e Sul do Brasil. O Sport seria a grande sensação naquele
início de 1942. Foram 17 jogos, 11 vitórias, 2 empates e 4 derrotas,
enfrentando várias equipes poderosas.
Na
partida com o Internacional, em 4 de fevereiro de 1942, o prefeito da cidade,
Loureiro da Silva, deu o pontapé inicial, tal a importância que a partida
adquiriu. O Sport abriu logo 2 X 0, com gols de Ademir e Djalma, mas Carlitos
diminuiu ainda na primeira.
O
segundo tempo foi amplamente dominado pelo Internacional, e Osvaldo Brandão,
que fazia sua despedida (fora contratado pelo Palmeiras) empatou o jogo.
O
time pernambucano era uma máquina, mas seu sucesso despertou a cobiça dos
grandes clubes, e seu plantel foi desmanchado. O Vasco contratou o zagueiro
Zago e os atacantes Djalma e Ademir Menezes.
O
resto do ataque dividiu-se pelos clubes cariocas: Flamengo (Pirombá), América
RJ (Magri) e Fluminense (Pinhegas). O Internacional tirou dos pernambucanos o
goleiro Ciscador e o técnico Ricardo Díez.
No
Colorado, Díez começou a freqüentar a várzea porto-alegrense, em busca de
revelações. E encontrou Nena, que jogava pelo Paraná, do bairro Petrópolis, e
que se tornaria um dos maiores zagueiros da história colorada.
Apesar
da sua curta passagem pelo Internacional, Díez sempre foi considerado, pela
imprensa, torcida e jogadores, como o melhor técnico que o "Rolo
Compressor" já teve, e também o primeiro “técnico de verdade” a treinar o
Colorado.
O
Internacional ainda teve outros dois técnicos uruguaios,Félix Magno e Pedro
Rocha. E ainda técnicos estrangeiros, como o peruano Dario Letona, ainda nos
anos 1940, e o chileno Elias Figueroa. Nenhum deles levantou um título oficial
pelo clube.
Títulos
conquistados como jogador. Pelo Penãrol: Campeão Uruguaio (1986); Taça
Libertadores da América (1987). Como técnico: Penãrol: Campeão Uruguaio (2003,
2009 e 2010); Vice-Campeão da Taça Libertadores da América (2011) e mais quatro
taças pelo Al Rayyan.
Clubes
onde jogou: Iniciou a carreira no Liverpool, Uruguai (1985); Penãrol, Uruguai
(1986 e 1987); Olympiakos, da Grécia (1988 e 1989); Internacional, de Porto
Alegre (1989 e 1990); São Paulo (1990); Portuguesa de Desportos (1991); Penãrol
(1992); Independiente, da Argentina (1992); Marbella, da Espanha (1993 e 1994);
Danubio, do Uruguai (1994); Ourense, da Espanha (1995); Deportivo FAS, da
Argentina (1996); Temuco, do Chile (1997); River Plate, da Argentina (1997 e
1998) e Rentistas, da Argentina (1999).
Times
que treinou: Alianza San Agustin, do
Uruguai (2001 e 2002); Plaza Colônia, do Uruguai (2002); Aucas, do Equador
(2002 e 2003); Penãrol (2003 e 2004); Wanderers, do Uruguai (2006 e 2007);
Alianza Lima, do Peru (2007); Seleção Uruguaia Sub-20 (2009); Penãrol (2010 e
2011); Al Rayyan, do Qatar, onde foi técnico do atacante colorado Nilmar (2011
a 2013); Al-Gharafa, do Qatar (2014). (Pesquisa: Nilo Dias)
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