Osvaldo Alfredo da Silva, o Osvaldo “Baliza”, foi um dos melhores goleiros a vestir a camisa 1 do Botafogo, do Rio de Janeiro. Nasceu no dia 9 de outubro de 1923, em Tanguá (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro a 30 de setembro de 1999. Começou a carreira no próprio Botafogo, em 1943, permanecendo no clube até marco de 1953.
Sua estreia como titular do alvinegro carioca aconteceu no dia 8 de março de 1944, em jogo válido pelo Torneio Relâmpago, disputado no Estádio de São Januário. E o resultado não poderia ser melhor, uma goleada de 6 X 2 sobre o Flamengo. Os gols botafoguenses foram marcados por Afonsinho (2), Reginaldo (2) e Heleno (2). Para o Flamengo marcaram Zizinho e Tião. A arbitragem foi de Mário Gonçalves Vianna.
O Botafogo venceu com: Osvaldo “Baliza” – Hernandes e Lusitano - Zarci – Santamaria e Negrinhão – Afonsinho – Octávio (Tovar) – Heleno – Limoeiro e Reginaldo, Flamengo: Luiz Borracha (Doli) – Artigas e Newton – Quirino (Guálter) – Bria (Tião) e Jayme – Nilo – Zizinho – Djalma – Jacir e Vevé.
Seu último jogo pelo Botafogo aconteceu no dia 3 de março de 1953. Foi um amistoso contra o América Mineiro, que terminou empatado em 2 X 2. O jogo foi disputado em Belo Horizonte, no Estádio Octacílio Negrão de Lima, na Alameda.
O Botafogo mandou a campo: Osvaldo “Baliza” - Gérson e Floriano (Orlando Maia) – Araty - Calico e Juvenal - Geraldo (Vinícius) – Geninho – Dino - Bravo (Zezinho) e Jayme. Os gols do alvinegro foram marcados por Dino.
Pelo Botafogo Osvaldo “Baliza” foi bicampeão carioca de aspirantes (1944/1945); campeão do Torneio Início do Rio de Janeiro (1947); campeão carioca (1948) e do Torneio Triangular de Porto Alegre (1951).
Osvaldo, que era um dos goleiros mais altos da época, media 1,90 m, transferiu-se para o Vasco da Gama em 1953, onde ficou somente um ano. Em 1954 foi contratado pelo Bahia, se sagrando campeão estadual no mesmo ano. Entre 1955 e 1958 jogou pelo Sport, de Recife, onde ganhou três campeonatos pernambucanos,em 1955, 1956 e 1958.
“Baliza” vestiu a camisa da Seleção Brasileira em duas oportunidades, sem levar gols. A primeiro em 17 de abril de 1949, na vitória do Brasil sobre a Colômbia por 5 X 0, em jogo válido pelo Campeonato Sul-Americano, disputado no Rio de Janeiro. A segunda, em 20 de abril de 1952, pelo Campeonato Pan-Americano, realizado no Chile, quando os brasileiros ganharam dos chilenos por 3 X 0. Nas duas competições a Seleção Brasileira foi campeã.
Osvaldo tinha como característica jogar sempre sério, sem defesas espalhafatosas. Mas tinha um costume que deixava os torcedores com os nervos a flor da pele: a cada gol do Botafogo saia da sua meta para ir comemorar com os companheiros, na área adversária, para depois voltar correndo.
Em 1998 o Botafogo realizou uma grande festa para comemorar os 50 anos do título de Campeão Carioca de 1948, o único que o clube conquistou no Estádio de General Severiano. Daquele time apenas três jogadores compareceram, Juvenal, “Baliza” e Otávio Sérgio, que receberam medalhas comemorativas.
Rubinho havia morrido, Gérson dos Santos estava em Minas e Nilton Santos, em Brasília; Ávila morava em Resende; Egídio Landolfi, o “Paraguaio” morrera poucos dias antes. Também já haviam morrido Geninho, Pirillo e Braguinha. E “Baliza” sofria do “Mal de Alzheimer”.
Hoje, passados 64 anos da conquista de 1948, apenas Nilton Santos ainda está vivo. Internado em uma clínica, sofre do “Mal de Alzheimer” apresenta problemas cardíacos e perde a memória com facilidade. O Botafogo, desde 2007, quando o presidente era Bebeto de Freitas, arca com as despesas de internação do ex-craque. Gerson dos Santos morreu em 2002 e Ávila, em 2006.
Osvaldo Baliza gostava de brincar com o goleiro reserva Ermelino Matarazzo, membro da tradicional e rica família paulista. Contam que certa vez, Matarazzo chegou para Baliza e disse: “Puxa vida, Baliza. Eu daria tudo para ser você...”. E Baliza teria respondido na hora: “Quer trocar agora, eu topo...” (Pesquisa: Nilo Dias)
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