Morreu
na manhã de hoje em decorrência de um infarto agudo do miocárdio, em São Paulo,
onde residia, o conhecido jornalista esportivo, Roberto Francisco Avallone, aos
72 anos de idade, completados na última sexta-feira (22).
Após
uma carreira de mais de 50 anos na imprensa esportiva, Avallone morreu por
volta das 9 horas, passou mal em casa e
chegou a ser atendido por bombeiros e levado ao Hospital Santa Catarina, mas
não resistiu. Era paulista da capital, onde nasceu em 22 de fevereiro de 1947.
Formado
em Ciências Sociais pela PUC São Paulo, Roberto Avallone começou sua carreira
no jornalismo em 1966, quando foi contratado pela versão paulista do jornal “Última
Hora”, dirigido por Samuel Wainer.
Em
1967, foi para o “Jornal da Tarde”, onde ficou por 23 anos, 12 deles como chefe
de reportagem esportiva. Foi ainda no JT que obteve dois "Prêmios Esso" como
chefe da equipe que fez a cobertura das "Copas do Mundo" de 1978, na Argentina, e
de 1986, no México.
Em
1984, tornou-se o diretor de esportes da “TV Gazeta”, de São Paulo e, a partir
do ano seguinte, passou a apresentar o programa “Mesa Redonda”, sempre com
muita irreverência.
Com matérias investigativas, reportagens, entrevistas e polêmicas, muitas vezes o programa foi líder de audiência, o que começou a chamar a atenção de outras emissoras para esse tipo de atração em suas grades. Cobriu mais outras quatro Copas do Mundo.
Com matérias investigativas, reportagens, entrevistas e polêmicas, muitas vezes o programa foi líder de audiência, o que começou a chamar a atenção de outras emissoras para esse tipo de atração em suas grades. Cobriu mais outras quatro Copas do Mundo.
Desligou-se
da emissora em 2003, quando se mudou para a “RedeTV!”, onde fez o “RedeTV!
Esporte” e o “Bola na Rede”, até sair, em 2005. Nesse mesmo ano, foi contratado
pela “Rede Bandeirantes de Televisão”. Entre 2005 e meados de 2007, esteve
apresentando os programas “Esporte Total” e “Esporte Interativo”, além de
participar do “Jornal da Band”.
Também
trabalhou nas rádios “Eldorado”, “Jovem Pan”, “Globo”, “Bandeirantes”, “Capital”,
“Record” e “BandNews FM”. Apresentou o programa “No Pique”, na “CNT”, de 2009
até 2012. Mantinha um blog em parceria com o “Universo Online”. Em 2015, foi
contratado pelo “SporTV”, para debater semanalmente no “Redação SporTV”.
Seu
estilo inconfundível criou seguidores, imitadores e fez a festa de programas humorísticos
que satirizavam o estilo de programa de debates de futebol do qual Avallone era
o maior expoente. Ele não se irritava com isso. Considerava uma homenagem.
Há
telespectadores que ainda lembram até de anunciantes do programa por causa da
entonação de Avallone. Como uma marca de sapatos em que ele girava o dedo ao
falar o texto, como uma aspas, para dizer que os modelos eram "mezzo
punto" (meio ponto).
Era
anunciante usado pelo próprio Avallone que tinha dedos maiores em um pé do que
no outro. Isso fez com que já no período em que trabalhou no “Jornal da Tarde”,
na década de 60, fosse chamado de "Dedão". Ele ficava furioso com o
apelido.
Tão
bravo quanto ficou na briga que teve com o também apresentador Milton Neves, ao
vivo, em uma das edições do "Mesa Redonda". Discussão que teve jeito
de debate eleitoral, com mediador, réplicas e tréplicas.
O
momento entrou para o folclore da TV brasileira porque como aconteceu em 1997,
quando a Internet não estava popularizada, a história correu no boca-a-boca.
Não foram muitos os que viram as cenas ao vivo. Até que apareceu uma gravação
do programa no YouTube. O clipe dura 40 minutos. Avallone e Neves anos depois
fizeram as pazes.
Diversos
clubes e jornalistas usaram as redes sociais para se despedir de Roberto
Avallone, que morreu nesta segunda-feira, 25, vítima de ataque cardíaco, aos 72
anos, em São Paulo.
Vários deles repetiram seus bordões, como “no pique”, “pitadinha histórica”, o uso do termo “exclamação” e “interrogação” ao final das frases e contaram histórias sobre o ex-apresentador do “Mesa Redonda”, da “TV Gazeta”.
Vários deles repetiram seus bordões, como “no pique”, “pitadinha histórica”, o uso do termo “exclamação” e “interrogação” ao final das frases e contaram histórias sobre o ex-apresentador do “Mesa Redonda”, da “TV Gazeta”.
O
jornalista Milton Neves foi o primeiro a dar a notícia da morte e postou uma
foto com o colega. “Mais um dia triste para o jornalismo brasileiro”, escreveu
Milton, que recentemente perdeu outro amigo, Ricardo Boechat. O Palmeiras,
clube de coração de Avallone, e os rivais Corinthians, São Paulo e Santos
também enviaram notas de pesar.
O
Palmeiras publicou uma nota em seu Twitter hoje lamentando a morte do
jornalista Roberto Avallone, que era torcedor do clube. Na mensagem, o time
alviverde "deseja força aos amigos e familiares do jornalista
palmeirense", que tinha 72 anos e sofreu um infarto.
"A
Sociedade Esportiva Palmeiras lamenta o falecimento de Roberto Avallone e
deseja toda força aos amigos e familiares do jornalista palmeirense", diz
a mensagem.
O
programa "Redação SporTV", onde recentemente Avallone teve
participações, também homenageou o jornalista, levando ao ar um comentário
sobre a “Copa Rio” de 1951 na qual o Palmeiras se sagrou campeão. (Pesquisa: Nilo Dias)