O primeiro clássico foi jogado em 15 de julho de 1900, com vitória do Peñarol por 2 x 0. Em 01 de novembro de 1911, no Parque Central, aconteceu a maior goleada do clássico, Peñarol 7 X 3. Em 08 de novembro de 1925, na reunificação da FUF (Federación Uruguaya de Football) com a AUF (Associação Uruguaia de Futebol), aconteceu o chamado "Clássico da Reunificação", com vitória do Peñarol por 1 X 0.
Em 7 de agosto de 1932 foi disputado o primeiro clássico do profissionalismo com vitória, mais uma vez, do Peñarol.
Entre os anos de 1985 e 1986 se jogou a chamada "Copa de Oro dos Grandes", que consistiria em oito jogos envolvendo as duas equipes. Mas não foi preciso tanto, visto que o Peñarol, ao ganhar os cinco primeiros jogos levantou o “caneco”.
Em 1921 assumiu a presidência do Peñarol o senhor Julio Maria Sosa, responsável pela construção de um estádio, numa área de três hectares que a empresa “La Comercial” possuía na estação Pocitos, perto do famoso balneário de Montevidéu. Em outubro desse mesmo ano o campo, com medidas de 105 por 80 metros, já se encontrava em condições de uso e nele foram realizados alguns jogos da Copa do Mundo de 1930. Esse estádio foi demolido nos anos 40.
Atualmente o Peñarol manda seus jogos no Estádio Centenário, de propriedade estatal, embora disponha de um estádio próprio, denominado José Pedro Damiani, antigamente "Las Acacias". Apesar do campo estar apto a receber jogos da primeira divisão, normalmente não é utilizado, por carecer de maior estrutura.
Em 12 de novembro de 1922, a AUF decidiu pela desfiliação do Peñarol, sem que até hoje se saiba a causa. Desconfia-se que houve uma tramóia política, na qual estaria envolvido o seu maior rival, o Nacional, pois o Peñarol era campeão de grande parte dos campeonatos organizados pela entidade.
Depois disso o clube, juntamente com o Central formou o que se chamou de (FUF). A esta nova entidade, dissidente da AUF, se juntaram o Miramar, Roland Moor, Rosario Central, Gladium, Las Piedras e Misiones.
No ano seguinte, em 1923, houve o primeiro campeonato uruguaio da FUF e o Peñarol foi o campeão (até os dias atuais a AUF não reconhece este titulo). Somente em 1925 se reorganizou o futebol com a unificação das duas entidades com a volta do aos campeonatos da AUF.
Na história do Peñarol figura o primeiro titulo nacional da era profissional, em 1932. Mesmo com craques como Pedro Young (“El Tigre”), Luis Matozzo (“El Grande”), Ernesto Mascheroni, Obdulio Varela (“El Negro Jefe”), e, entre outros, Álvaro Gestido, imponente defensor que fez história ao travar e vencer o épico duelo com o avançado argentino Peucelle na final do Mundial de 1930, as décadas de 30 e 40 foram de domínio do Nacional.
Em 1949, o clube amarelo e preto montou um de seus mais famosos quadros de todos os tempos. Era uma equipe tão forte que se tornou a base da Seleção do Uruguai que ganhou a Copa do Mundo em 1950, diante de um Maracanã lotado com 200.000 pessoas. Esse time, conhecido como “La Maquina del 49” era composto por Roque Máspoli - Enrique Hugo - Mirto Davoine (Sixto Posamai) - Juan C. González - Obdúlio Varela - Washington Ortuño - Alcides Ghiggia - Juan Eduardo Hohberg - Juan Schiaffino - Oscar Míguez e Ernesto Vidal.
Em 1958 assumiu a presidência do Peñarol o desportista Gastón Guelfi, que se tornou o presidente mais vitorioso de toda a história do clube. Ele esteve a frente da agremiação amarela e preta ate 1973, quando morreu no exercício do cargo. Nesse período ganhou três Copas Libertadores, duas Copas Intercontinentais e o primeiro pentacampeonato uruguaio, que era chamado de “Quinquênio de Oro”. No total foram nove campeonatos nacionais.
Sob seu comando o Peñarol transformou-se numa potência do futebol sulamericano e mundial. Verdade ou lenda, contam que naqueles anos de glória, quando o Peñarol entrava em campo, os seus jogadores logo iam avisando aos adversários: “Trouxeram outra bola para jogar? Esta é só para nós”.
Finda a época de Obdulio Varela, chegou, em 1958, de Artigas, para o substituir, Néstor Tito Gonçalves, que comandava o time com os seus gritos “A la carga!”, mandando atacar o adversário. No gol tinha Luís Maidana, o “Homem Gato”. Nos dois primeiros títulos, 1958 e 1959, o técnico era Hugo Bagnulo, descobridor do ala direito Luís Cubilla e do goleador Spencer no Equador.
Sob seu comando o Peñarol formou um grande time com valores da qualidade de William Martinez, o “Canhãozito”, do brasileiro Alves da Silva, Walter Aguerre, Borges, Albert Hein, Linnazza, Roberto Garcia e Hohberg.
Com essa verdadeira “seleção”, em 1961, o argentino Hector Scarone, sempre fiel ao tradicional 4-4-2, comandou o Peñarol na conquista da primeira Taça Intercontinental da sua história, goleando o Benfica de Eusébio por 5 X 0, após perder por 1 X 0 no Estádio da Luz, em Lisboa. No jogo desempate, ainda no Uruguai, o Peñarol fez 2 X 0, gols de Sacia e ganhou a Taça.
Nos anos 60, se tornaram célebres os jogos entre o Real Madrid e o Peñarol, na Taça Intercontinental. No primeiro encontro entre ambos, em 1960, o Real Madrid aplicou uma goleada de 5 X 0. Seis anos depois, em 1966, o Peñarol, com Mazurkiewicz, Pablo Forlan, Gonçalves, Cortes, Abadie, Joya, Sasia, Spencer e Pedro Rocha finalmente se vingou, ganhando duas vezes do Real Madrid, ambas por 2 x 0. O time espanhol não tinha mais a mesma força, a geração de Di Stéfano dera lugar ao chamado onze yé-yé.
Durante os anos 70, jogou no Peñarol o maior goleador da história do futebol uruguaio: Fernando Morena, “El Potro”, o artilheiro infalível, autor de 235 gols na Liga uruguaia, 34 deles em 1975. Em 1978 fez 7 gols num só jogo, contra o Huracan. Foi o artilheiro do campeonato nacional em 7 oportunidades, 6 delas consecutivas, 1973, 1974, 1975, 1976, 1977 e 1978. Chegou ao Peñarol em 1973, vindo do River Plate de Montevidéu, saindo em 1978, para o Rayo Vallecano da Espanha. Foi 7 vezes campeão uruguaio.
Em 1982, depois de uma grande campanha para repatriar “El Potro”, o Peñarol conquistou sua quarta copa Libertadores, vencendo na final ao Cobreloa do Chile. E foi Morena, que no último minuto do jogo fez o gol do título.
No fim do ano, o Peñarol foi ao Japão disputar o titulo Intercontinental, enfrentando o time inglês do Aston Villa, e venceu por 2 x 0, gols do brasileiro Jair, ex Internacional de Porto Alegre e Walkir Silva.
Em 1987, o Peñarol ganhou sua quinta Copa Libertadores, enfrentando na final o América de Cali, que era chamado de "Los Diablos Rojos". Em uma final bastante disputada, os uruguaios perderam o primeiro jogo, realizado em Cáli, por 2 x 1. Mas, ao vencer os dois jogos seguintes, 2 x 1 em Montevidéu e 1 x 0 em Santiago (desempate), levantaram a taça.
Nos anos 90, para comemorar o centenário o Peñarol montou uma equipe forte e competitiva, que conquistou mais um pentacampeonato uruguaio: 1993, 1994, 1995, 1996 e 1997. Nesse período dois treinadores comandaram o time, primeiro Gregorio Pérez, que ficou célebre por seu lema: “Haveremos de recuperar a mística!”. Depois, com Jorge Fossati.
Era tarefa fácil treinar um timaço como aquele, onde se destacavam o central Nelson Gutierrez, o médio “Pato“ Aguilera, Carlos De Lima, De los Santos, El “Chueco” Perdomo e o último grande símbolo aurinegro, Pablo Bengoechea, “El Professor”, presente nos 5 títulos. Fez 188 jogos e marcou 48 gols
Alguns dos principais jogadores que vestiram a camisa do Peñarol: Alberto Spencer, Alcides Ghiggia, Antonio Alzamendi, Pablo Forlán, Darío Silva, Diego Forlán, Elías Figueroa, Ernesto Ledesma, Ladislao Mazurkiewicz, Luis Maidana, Obdulio Varela, Pablo García, Fernando Morena, Jair Gonçalves, Mário Pitoni, Oscar Omar Miguez, José Luis Chilavert, José Leandro Andrade, José Perdomo, José Piendibene, Luis Cubilla, Juan Delgado, Isabelino Gradín, Venancio Ramos, Pedro Rocha, Darío Rodríguez, Marcelo Zalayeta, Juan Alberto Schiaffino, Pablo Bengoechea, Rubén Walter Paz, Paolo Montero, Carlos Bueno, Cristian Rodríguez e Roque Gastón Máspoli, entre outros.
Máspoli marcou época no Club Atlético Peñarol, de Montevidéu, onde jogou e também foi treinador. Como técnico, levou o Peñarol aos títulos da Copa Libertadores e da Copa Intercontinental em 1966. Também comandou a Seleção Uruguaia, com a qual venceu a Copa de Ouro (Mundialito Fifa) de 1981. Roque Máspoli faleceu em 2004, aos 86 anos. (Pesquisa: Nilo Dias)
O time do Peñarol em 1949 era tão forte, que se tornou a base da Seleção Nacional do Uruguai. (Foto: Acervo do C.A. Peñarol)
Boa parte de um vasto material recolhido em muitos anos de pesquisas está disponível nesta página para todos os que se interessam em conhecer o futebol e outros esportes a fundo.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
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