Andreas "Andy" Brehme, foi um dos grandes jogadores de futebol que a Alemanha conheceu. Jogava de zagueiro,
lateral-esquerdo e volante. Nasceu em Hamburgo, no dia 9 de novembro
de 1960.
Jogou
por grandes clubes como Bayern de Munique e Internazionale, de Milão. Disputou
três Copas do Mundo: 1986, 1990 e 1994. Marcou, de pênalti, o gol que deu o
título ao seu país na Copa de 1990.
Brehme
iniciou a carreira no pequeno time do Saarbrücken, que disputava a Segunda Divisão
da Alemanha. Destacou-se ali após uma única temporada, transferindo-se ao
Kaiserslautern. Por esse equipe disputou
cinco temporadas, e ganhou renome por sua capacidade de chutar bem com os dois
pés.
Outra
de suas qualidades era de ser excelente cobrador de faltas. É claro que um
jogador dono de tantas características, acabasse convocado para o selecionado
nacional. Seu debut no scratch alemão deu-se na Eurocopa de 1984. Seu primeiro
jogo foi contra Portugal, em 16 de junho.
Suas
boas atuações na Seleção Nacional despertaram as atenções do Bayern Munique, de
seu país, em 1986. Ficou dois anos no time bávaro, para depois se aventurar na
Itália, juntando-se a Matthaüs, seu companheiro de Bayern.
O
destino foi a Internazionale, de Milão, que era treinada por Trapattoni, e onde
atuou como um falso lateral esquerdo. Logo de cara sagrou-se campeão italiano,
ajudando a tirar a Inter de um longo jejum de nove anos.
E
ainda ganhou o “Prêmio Guerin D’oro”, dado ao melhor jogador do ano na Serie A,
pelo jornal italiano “Guerin Sportivo”. Até hoje, nenhum outro alemão conseguiu
repetir o feito.
Milan
e Internazionale se destacaram ao final da década de 1980 por terem em seus plantéis
dois trios de grandes jogadores que deram o que falar na Itália. No Milan
jogava o trio holandês formado por Gullit, van Basten e Rijkaard.
Na
Inter brilhava um trio alemão que tinha Matthäus, Klinsmann e Brehme. Desses três, Andreas Brehme é com certeza o
menos lembrado. Porém ele foi fundamental na conquista do “scudetto” da Inter na
temporada 1988-89 e do título mundial vencido pela Alemanha em 1990.
No
início da temporada 1989-90, Brehme venceu a Supercoppa contra a Sampdoria de
Mancini e Vialli. Mas nem sempre as glórias permanecem presentes na
carreira de qualquer jogador.
Com
ele não foi diferente. Participou da vexatória campanha da Inter na Copa dos
Campeões de 1989-90, quando o time foi eliminado logo na primeira fase pelo
modesto Malmö, da Suécia.
Depois
uma fantástica recuperação para ele. Na Copa do Mundo de 1990, disputada na
Itália, a Alemanha fez uma campanha irrepreensível, disputando toda fase de
grupos em Milão, no estádio Giuseppe Meazza, onde estava acostumado a jogar.
Na
semifinal, Brehme marcou o gol do empate alemão contra a Inglaterra e ainda
converteu o pênalti na disputa que levou a seleção germânica à final. Foi nesse
jogo que Brehme entrou definitivamente para a história.
Faltava pouco mais de cinco minutos para o jogo Alemanha X Argentina acabar, quando o
zagueiro Sensini cometeu pênalti sobre Völler.
Brehme
foi o encarregado da cobrança e conseguiu superar o goleiro argentino Goycochea,
famoso por ser um grande pegador de pênaltis, garantindo a Alemanha o seu
terceiro título mundial.
Depois
da Copa do Mundo, o jogador alemão ainda colocou mais títulos na sua já grande
galeria. Foi campeão da antiga Copa Uefa da temporada 1990-91, pela Inter.
Em
1992, depois de temporada decepcionante, em que o time acabou a Serie A na 8ª
colocação, ocorreu a debandada dos alemães da Inter. Brehme foi para o
Zaragoza, da Espanha, onde ficou só um ano, para depois retornar ao seu antigo
clube, o Kaiserslautern.
Por
lá conseguiu a proeza de ser campeão da Copa da Alemanha, na temporada 1995-96,
e no mesmo ano ver o seu time rebaixado. Ainda assim permaneceu no clube e ajudou
na volta à elite.
Ganhou
a “Salva de Prata”, tornando o Kaiserslautern o único time que conseguiu esse
feito, de vencer as duas divisões em anos consecutivos.
Após
o título da Bundesliga de 1997-98, Brehme decidiu que era hora de pendurar as
chuteiras, aos 38 anos. Ao todo foram 608 jogos e 75 gols na carreira.
Após
deixar os gramados, tentou a carreira de técnico, porém sem sucesso. Dirigiu o Kaiserslautern
por duas temporadas e o Unterhaching por um ano, sem nada para comemorar.