Na
Copa do Mundo de 1954, disputada na Suíça, uma seleção encantou o mundo, a da
Hungria, embora não tivesse chegado ao título. Era um time composto por
verdadeiros craques, do goleiro ao ponta-esquerda: Grosics – Buzánski - Lóránt
e Lantos - Bozsik e Zakarías - M. Tóth – Kocsis – Hidegkuti - Puskás e Czibor.
Técnico: Gusztáv Sebes.
Essa
verdadeira máquina de jogar futebol conseguiu ficar invicta de junho de 1950
até o fatídico dia 4 de julho de 1954, quando perdeu para a Alemanha, na
decisão do Mundial da Suíça. O time húngaro chegou a estar vencendo por 2 X 0.
Foram
32 partidas, com 28 vitórias e quatro empates, espantosos 146 gols marcados, 36
sofridos e uma impensável média de 4,56 gols por jogo. Este recorde só foi
superado 40 anos depois, pela Seleção Argentina, que se manteve invicta por 31
partidas, entre 1991 e 1993.
Desse
time restava até ontem (domingo), apenas um jogador vivo: Jenö Buzánszky. Ele
faleceu ontem à noite, aos 89 anos de idade, no hospital de Esztergom, ao Norte
de Budapest, onde estava internado desde 12 de dezembro. Não resistiu a
cirurgia que foi submetido.
Em
13 de junho do ano passado havia morrido o ex-goleiro Gyula Grosics, o “Pantera
Negra”, aos 88 anos, que juntamente com Buzánszky eram os últimos remanescentes
da equipe magiar. Puskas, o maior nome da Seleção da Hungria morreu em 17 de
novembro de 2006, aos 79 anos.
Czibor,
outro nome forte da “Equipe de Ouro” morreu em 1 de setembro de 1997, aos 68
anos. Sandor Kocsis, também brilhante jogador faleceu em 22 de julho de 1979,
com a idade de 68 anos.
Buzánszky
nasceu no dia 3 de maio de 1925, em Újdombóvár.
Sua
carreira vitoriosa teve início na sua cidade natal, aos 13 anos de idade.
Depois defendeu as equipes húngaras do Pécsi VSK e Dorogi Bányász, por quem
disputou 274 partidas na “Primeira Liga Húngara”. Era lateral-direito.
Na
Seleção de seu país jogou 49 partidas, entre 1950 e 1956. Em 1952 foi medalha
de ouro nos jogos Olímpicos de Helsinque, Finlândia. Encerrou a carreira em
1960.
Mas
não deixou o futebol, iniciando uma carreira de treinador, tendo dirigido
vários clubes em Dorog e Esztergom. Desde 1993 era membro da direção da
Federação Húngara de Futebol.
O
estádio de Dorog, onde jogou entre 1947 e 1960, tem o nome de Buzánszky desde
2010. Outros estádios que homenageiam ex-jogadores da Seleção Húngara são:
József Bozsik, do Honved, em Budapeste; Nándor Hidegkuti, do MTK Hungária e
Puskás Ferenc, o maior multiuso da Hungria, com capacidade para 69 mil
torcedores. (Pesquisa: Nilo Dias)