Maradona
fez seu primeiro jogo pela “Seleção Argentina” em 1977, em amistoso contra a Hungria.
Integrou o grupo dos pré-convocados para a “Copa do Mundo de 1978”, mas foi
deixado de fora pelo técnico César Luis Menotti, em decisão polêmica.
No
ano seguinte, Maradona liderou a "Seleção" na conquista do “Campeonato Mundial de
Futebol Sub-20 de 1979”. Marcou seis vezes e foi eleito o melhor jogador da
competição. Foi também o ano em que ele
marcou o primeiro gol pela seleção principal, em sua nona partida por ela. Foi
em vitória por 3 X 1 sobre a Escócia, em Glasgow.
Maradona
foi convocado para o segundo mundial do México com algumas críticas. No jogo
contra a Inglaterra, o primeiro após a "Guerra das Malvinas", num clima bastante
tenso, Maradona fez o gol que ficou conhecido como “La Mano de Dios”.
Em
espaço de alguns minutos, o argentino marcou outro gol igualmente célebre, e
que ficou conhecido como “O Gol do Século”. Após a partida, Maradona declarou
que "se houve mão na bola, foi a mão de Deus", para o delírio da
torcida argentina.
A
Argentina reencontrou a Bélgica, vencendo com dois gols de “El Pibe”. A
Argentina voltava a uma final. O jogo foi
contra a Alemanha Ocidental. Maradona, desta vez, não marcou.
Após estarem
perdendo por 2 X 0, os germânicos haviam acabado de empatar heroicamente. Foi
quando Maradona recebeu a bola e, entre dois adversários, deu belo passe para
Burruchaga fazer 3 X 2. Ao final, como capitão, ergueu a “Copa” que, na opinião
geral, ganhara praticamente sozinho.
O
título lhe fez ser coroado o melhor jogador do mundo pela revista “Onze d'Or”,
premiação que recebeu novamente no ano seguinte, após o primeiro título
italiano com o Napoli.
No
Mundial de 1990 a Argentina foi eliminada pela Alemanha Ocidental, que se
vingou da derrota na "Copa" anterior.
Maradona,
após a suspensão de 15 meses dada pela FIFA, ficou três anos sem jogar partidas oficiais pela
Argentina. Em fevereiro de 1993, voltou a vestir a camisa de
seu país. Após recuperar milagrosamente a velha forma, Maradona começou a "Copa
do Mundo de 1994" dando espetáculo.
Marcou
de fora da área contra a Grécia e, em famosa comemoração, rugiu com os olhos
esbugalhados para uma câmera. Contra a Nigéria, demonstrou fôlego incansável e
inspirou os argentinos a vencerem de virada.
O
milagre por trás da perda de 13 quilos – de 89 para 76 – em um tempo
assustadoramente curto antes do torneio foi revelado em novo antidoping, que
detectou efedrina.
A droga, além de ser usada para emagrecer, era também um
poderoso estimulante. Para a "Seleção Argentina" não ser desclassificada,
Maradona teve de jurar inocência e a Associação do país teve de retirar seu
nome do elenco.
A
Argentina em 1994, ao contrário das Copas anteriores, onde o talento se limitava
a Maradona, reunia jogadores de renome: Claudio Caniggia se consagrara em 1990
e a seleção tinha também Gabriel Batistuta, Fernando Redondo e Ramón Medina
Bello em grande forma.
Eles, sem a companhia de Maradona, haviam conquistado as copas "América de 1991 e 1993", torneio que Dieguito não conseguira ganhar nas
três ocasiões em que participou (1979, 1987 e 1989).
Maradona
não jogaria mais pela Argentina até 10 de novembro de 2001, quando foi
realizada uma partida comemorativa em “La Bombonera”. O jogo foi contra um
combinado de estrelas, dentre elas Enzo Francescoli, Éric Cantona, Davor Šuker,
Hristo Stoichkov, René Higuita, Nolberto Solano e até o compatriota Juan Román
Riquelme.
Um
ano após aposentar-se no Boca, foi à "Copa do Mundo de 1998" como comentarista.
Após a eliminação da Argentina, comandada por Daniel Passarella, manifestou
pela primeira vez sua intenção em tornar-se técnico.
Maradona
envolveu-se em nova polêmica com filhos fora do casamento: desta vez, a Justiça
argentina determinou que ele era o pai de uma menina de três anos, após sete
negativas do ex-jogador em fazer o exame de DNA.
No
entanto, Maradona fez o exame mais tarde e ficou provado que ele não era o pai
da jovem. Já no caso de Diego Sinagra, filho que Maradona teve enquanto viveu
na itália, o reconhecimento, ainda que tardio, aconteceu.
Em
2000, iniciou um tratamento contra as drogas em Cuba, após ser internado depois
de tomar um coquetel de remédios em Punta del Este, no Uruguai, e quase morrer.
Na ilha, se enfureceu com fotógrafos locais, agredindo-os e quebrando o vidro
de um carro com um soco, rendendo-lhe novo processo.
Esteve
próximo da morte novamente em setembro de 2000, quando destruiu sua caminhonete
ao chocar-se com um ônibus em Havana, escapando ileso por milagre. Em outubro,
foi contratado para ser manager do Almagro, mas jamais assumiu o cargo.
Em
2002, a namorada de infância que tornou-se sua esposa, Claudia Vilafañe, pediu
a separação. Ele também foi condenado a dois anos e meio de prisão pela
agressão aos jornalistas com espingarda em 1994, mas não precisou cumprir a
pena.
Em
abril de 2004, ficou novamente a ponto de morrer. Passou mal após assistir uma
partida entre Boca Juniors e Nueva Chicago na "Bombonera”" e foi internado com
problemas cardíacos e infecção pulmonar na “Clínica Suíço-Argentina”, em Buenos
Aires, constatando-se overdose de cocaína.
Ele
ficou em coma e chegou a respirar com ajuda de aparelhos, reagindo apenas no
oitavo dia. Saiu dois dias depois sem ter alta dos médicos. Em maio, foi
novamente internado, chegando a ser recusado por várias instituições médicas da
Argentina e do exterior.
Chegou
a ser sedado e amarrado após uma crise de abstinência da cocaína. Seu médico
particular declarou em ultimato que ele tinha a última chance de salvar sua
vida. Maradona posteriormente afirmou que retirou forças para se desintoxicar
definitivamente após apelos de sua filha Giannina: "pai, você tem que
viver por mim".
Após
cinco meses de internação, obteve autorização judicial para ir à Cuba retomar
seu tratamento. Em 2016, o ex-jogador se envolveu em uma nova polemica com membros
da “Associação de Futebol da Argentina” (AFA) e especialmente com o também
ex-jogador Juan Sebastián Verón a quem chamou de "traidor”.
Depois
de perder 50 quilos em uma cirurgia de redução de estômago em Cartagena, na
Colômbia, e chegar aos 75 quilos, tornou-se apresentador de um “talk show”,
"La noche del Diez" ("A noite do Dez"), onde recebeu
figuras de todo o mundo, como o próprio desafeto Pelé, Xuxa, Mike Tyson e Fidel
Castro.
"A Noite com Pelé" foi marcada por um inesperado bom humor e amistosidade entre
ambos, que cantaram juntos e terminaram trocando passes de cabeça, emocionando
a plateia. Por sinal, foi nos bastidores do programa que sua filha Giannina
conheceu pessoalmente Sergio Agüero, com quem iniciou um celebrado
relacionamento amoroso.
Em
28 de março de 2007, Maradona sofreu uma recaída e foi internado com uma crise
hepática causada por abuso de álcool. Ele afirmou que não foi por causa de
cocaína, reiterando que não a usava mais desde a crise de 2004.
Por
outro lado, foi tornando-se alcoólatra justamente para substituir a droga em
pó. Ainda assim, a internação gerou boatos de um suposto ataque cardíaco que
teria causado sua morte, causando alvoroço até no governo argentino.
Em
fevereiro de 2014, Maradona com 53 anos assumiu o namoro e anunciou o noivado
com Rocío Oliva de 22 anos. Estiveram de casamento marcado até abril, altura em
que Maradona descobriu que tinha sido roubado. Em junho, O ex jogador argentino
pediu um mandado de captura internacional contra Rocío Oliva, que desapareceu
com muitos dos seus bens.
Rocío
Oliva acusou Maradona de violência doméstica e contou ainda que Maradona
"bebia sem parar". E revelou o motivo do final da relação: "Ele
mantinha uma relação com um homem, Alejo Clérici”. Maradona desmentiu todas as
acusações.
Maradona
assumiu o comando da “Seleção Argentina” em outubro de 2008, após a saída de
Alfio Basile. O presidente da AFA enfim acatou o desejo de Diego. O anúncio
causou furor. Cerca de 500 jornalistas se credenciaram para cobrir a sua estreia,
contra a Escócia.
Maradona chegou a ameaçar demitir-se em menos
de duas semanas, pois Grondona não aceitava o ex-jogador Oscar Ruggeri na
comissão técnica. Mesmo endeusado, porém, Maradona continuou a colecionar
polêmicas, como discussões indiretas com Juan Román Riquelme, que pediu
dispensa da "Seleção".
Riquelme
já se sentia deslocado por não receber a mesma atenção que Maradona dedicava aos
jogadores "europeus". O novo técnico ainda tirou-lhe a faixa de
capitão, entregue a Javier Mascherano. A gota d'água para Riquelme foi ter sido
criticado por Maradona na televisão.
Em
2009, sofreu bastantes críticas. A Argentina obteve resultados vergonhosos,
incluindo uma goleada de 6 X 1 para a Bolívia, em La Paz, o pior resultado da
história da seleção – sendo que, ironicamente, Maradona manifestara-se a favor
do direito boliviano de usar a cidade, em jogos na altitude.
E
uma derrota de 3 X 1 para o Brasil em plena Rosário. Os argentinos ficaram
ameaçados de não se classificarem, conseguindo no sufoco a última vaga direta
no confronto contra o Uruguai, em Montevidéu.
Em
menos de 20 jogos, Maradona usou 80 jogadores diferentes. Apesar de criticado
por muitos, completou um ano no comando da seleção com bons números: em 13
jogos, venceu 9 e perdeu 4.
Durante
a "Copa", Maradona ostentou barba e bigode. O visual foi usado para disfarçar
cicatrizes sofridas após ser mordido nos lábios por uma cadela de estimação.
Na
convocação para a "Copa, chamou apenas dois de quatro experientes argentinos que
haviam contribuído decisivamente para a brilhante temporada 2009–10 da
Internazionale, triplamente campeã ("Campeonato italiano", "Copa da Itália" e Liga
dos Campeões da UEFA", feito inédito na Itália), Walter Samuel e Diego Milito.
Deixou de fora Javier Zanetti e Esteban Cambiasso até da lista dos 30
pré-convocados, bem como o irmão de Diego, Gabriel Milito (do Barcelona) e
Fernando Gago (do Real Madrid).
Na
disputa da "Copa do Mundo de 2010", teve um bom começo, obtendo na fase de grupos
três convincentes vitórias em três jogos, contra Nigéria, Coreia do Sul e
Grécia. As fases finais também remetiam ao passado, mas mais recente para os
argentinos, onde enfrentaram os mesmos adversários da “Copa do Mundo de 2006”.
Nas
oitavas-de-final, a Argentina obteve grande vitória sobre o México, ganhando a
oportunidade da revanche contra a Alemanha, novamente nas quartas.
Porém, a
competição voltou a se encerrar para os argentinos nesta fase, em derrota pelo
inesperado placar de 4 X 0. No dia 28 de julho, Maradona foi confirmado que não
mais continuaria no comando da equipe.
Títulos.
Boca Juniors: Campeão Argentino – Metropolitano (1981); Barcelona: Copa do Rei
(1983); Copa da Liga Espanhola (1983); Supercopa da Espanha (1983). Napoli: Copa
da UEFA (1989); Campeonato Italiano (1987 e 1990); Copa da Itália (1987); Supercopa
da Itália (1990). Seleção Argentina: Copa do Mundo FIFA (1986); Troféu Artêmio
Franchi (1993) e Campeonato Mundial de Futebol Sub-20 (1979).
Artilharias.
Campeonato Argentino: Metropolitano (1978), Metropolitano (1979), Nacional (1979),
Metropolitano (1980), Nacional (1980); Campeonato Italiano (1988) e Copa da Itália: (1988).
Prêmios
individuais. FIFA 100 (2004); Bola de Ouro da Copa do Mundo da FIFA (1986); All-Star
Team da Copa do Mundo da FIFA (1986 e 1990); Melhor Jogador do Mundo eleito
pela World Soccer (1986); Onze d'Or (1986 e 1987); Guerin d'Oro (1985); Melhor
Jogador Sulamericano do ano eleito pelo jornal “El Mundo” (1979 e 1980); Melhor
Jogador do Mundial Sub-20 (1979); Melhor Jogador Argentino do Ano pela
Associação de Jornalistas da Argentina (1979, 1980, 1981 e 1986); Bola de
Bronze da Copa do Mundo FIFA (1990); Melhor Jogador do Século XX da FIFA - votos
de internautas (2000); 3º Maior Jogador do Século XX pelo Grande Júri FIFA (2000);
2º Maior jogador Sulamericano do século XX pela IFFHS (1999); 5º Maior jogador
do Mundo do Século XX pela IFFHS (1999); 2º Maior jogador do século XX pela
revista - France football (1999); Time dos Sonhos da FIFA (2002); Prêmio
Olimpia de Oro (Melhor atleta argentino do ano) (1986); The Times - maior
jogador da história das Copas do Mundo (2010); La Gazzetta dello Sport - Melhor
Jogador de Todos os Tempos (2012); Corriere dello Sport - Melhor Desportista da
Historia (2012); Melhor Jogador da Historia pela revista "Four Four
Two" (2017); Melhor jogador das Copas do Mundo pela revista "Four
Four Two" (2018).
Prêmios
e Honrarias. 2016 - Um dos 11 eleitos pela AFA para a Seleção Argentina de
Todos os Tempos. (Pesquisa: Nilo Dias)