Ele
estava internado a uma semana depois de ter sofrido um infarto enquanto
comandava o América no dia 25 de maio, na estreia do time na Série B do
Campeonato Carioca, contra o Nova Cidade, com vitória de 3 X 0..
Luisinho
se sentiu mal aos 28 minutos do segundo tempo, sendo encaminhado para
atendimento médico no Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, e depois
transferido para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde veio a falecer
Luizinho
Lemos está sendo velado nesta segunda-feira, entre 9h e 12h30, no Cemitério do
Caju. Logo após, às 13h, seu corpo será cremado.
Nascido
em Niterói (RJ) no dia 3 de outubro de 1952, Luisinho foi o maior artilheiro da
história do América, tendo marcado 311 gols. Era irmão dos também atacantes
Caio “Cambalhota” e César “Maluco”, que fizeram história no futebol brasileiro.
Começou a carreira no “Diabo Rubro" em 1973 e teve
passagens por Flamengo, Botafogo, Internacional, Palmeiras, Ferroviária de
Araraquara e clubes da Espanha, México e Catar. Parou com a bola em 1987 no
América e passou a se dedicar à carreira de treinador.
Assim
como Caio, Luisinho jogou no América, seu clube do coração em 1973 e 1974 e de
1982 a 1984. Foi campeão pelo cube rubro, do “Torneio dos Campeões” em 1982, da
“Taça Guanabara” de 1974 e da “Taça Rio” em 1982.
“Tombo”
jogou ainda com destaque, junto do mano Caio, no Flamengo (1975 a 1977); no
Sport Club Internacional (1977 e 1978), Botafogo (1978 e 1979). Também como
César, no Palmeiras (1984 e 1985), dentre outros clubes do exterior, pois jogou
na Espanha, México e Catar, tendo feito 434 gols apenas atuando pelos clubes
brasileiros, sem contar os seus gols no exterior.
No
Palmeiras, segundo o Almanaque do Palmeiras de Celso Unzelte e Mário Sérgio
Venditti, atuou em 27 jogos em 1984 com 15 vitórias, oito empates, quatro
derrotas e seis gols marcados. Foi artilheiro do Campeonato Carioca de 1974 e
1983, pelo América. Foi o terceiro maior artilheiro do estádio do Maracanã. Após
encerrar a carreira de jogador, Luisinho tornou-se técnico de futebol,
treinando o próprio América, e depois, clubes do Catar.
Títulos
conquistados. Pelo Flamengo: Torneio Quadrangular de Jundiaí (1975);Taça José
João Altafini "Mazzola" (1975); Taça Jubileu de Prata da Rede Tupi de
TV (1975); Torneio Quadrangular de Mato Grosso (1976); Taça Nelson Rodrigues (1976);
Taça Geraldo Cleofas Dias Alves (1976); Troféu Governador Roberto Santos (1976);
Taça Prefeitura Municipal de Manaus (1976) e Taça Duque de Caxias (1976). Pelo América:
Taça Guanabara (1974); Taça Rio (1982); Taça Rio de Janeiro (1982) e Copa dos
Campeões (1982). Internacional: Campeonato Gaúcho (1978); Copa Governador
Estado (1978) e Torneio Viña del Mar (1978).
“Luizinho
nos deixou. O nosso herói. Dos gols maravilhosos, da vibração, de vitórias e de
títulos, dentro do campo ou à beira do gramado. Sempre trabalhou por um América
vitorioso e grande, pois nada diferente disso cabia em sua visão. Sempre te
amaremos”, disse o América, em nota oficial.
O
Clube de Regatas do Flamengo lamentou a morte do ex-atacante Luisinho Lemos, “que
honrou o “Manto” entre os anos de 1975 e 1977. Foram 160 jogos com 95 gols
marcados. Desejamos muita força aos amigos e familiares. Obrigado por tudo, craque! #LuisinhoEterno
#CRF”.
Flamengo
colocou bandeira na Gávea à meio-mastro em homenagem a Luisinho Lemos.
No
clássico entre Botafogo e Vasco, foi respeitado um minuto de silêncio antes do
início do segundo tempo em homenagem a Luisinho.
Nota
de pesar: Botafogo lamentou o falecimento de Luizinho Lemos, técnico do América
e ex-jogador alvinegro. Clube decretou luto, e respeitou um minuto de silêncio
no clássico com o Vasco e manifestou sua solidariedade a familiares, amigos e
fãs de Luizinho Lemos. (Pesquisa: Nilo Dias)