A morte anda rodando o futebol gaúcho. No último sábado morreu vitimado por um câncer o ex-zagueiro Vicente, que jogou no Santos e no Grêmio, entre outros clubes. Hoje, chega a notícia do trágico falecimento de Marcos Antônio Lemes Tozze, o “Catê”, que ficou conhecido no mundo futebolístico ao se tornar campeão mundial pelo São Paulo F.C., em 1992.
O ex-atleta tinha 38 anos de idade e morreu na colisão entre um caminhão Scania e o Fiat Uno, com placas de Itajaí (SC), em que viajava. O acidente aconteceu por volta das 10h40min da manhã desta terça-feira na RS-122, em Ipê (RS), a 184 km de Porto Alegre.
De acordo com policiais rodoviários, “Catê” viajava sozinho e provavelmente perdeu o controle do veículo em uma curva, o que fez com que seu Uno fosse parar no sentido oposto e batesse de frente com o caminhão. O motorista do outro veículo não se feriu. O ex-atacante morreu no local. Chovia no momento do acidente.
Natural de Cruz Alta, (RS), ele iniciou a carreira como ponteiro-direito no Guarany local, em 1989. Em 1990 foi para Grêmio antes de ganhar destaque no São Paulo, onde foi dirigido por Telê Santana entre 1991 e 1994 e integrou o grupo campeão mundial em 1992.
Depois do São Paulo jogou no Cruzeiro-BH (1994), Universidad Católica-Chile (1996-1997), Sampdoria-Itália (1998-1999), Flamengo-RJ (2000), Esportivo-RS (2006) e Brusque-SC (2008). Depois que parou de jogar, treinou o Itinga, do Maranhão em 2008. Atualmente dirigia clubes da várzea gaúcha.
Sua melhor fase foi no São Paulo, onde disputou 136 jogos e marcou 23 gols entre 1991 e 1997. Também esteve emprestado para outros clubes nesse período. Com a camisa são-paulina, foi bicampeão da Libertadores (1992 e 1993) e ainda conquistou o título mundial em 1992, além de um Paulistão (1992), Recopa (1993) e uma Copa Conmebol (1994).
Também foi campeão mineiro pelo Cruzeiro (1994), campeão carioca pelo Flamengo (2000), do Sul-Americano Sub-20 com a Seleção Brasileira em 1993, campeão mundial sub-20, em 1993 pela Seleção Brasileira e campeão chileno (1997), pelo Universidad Católica.
Na sua cidade natal, Catê era uma celebridade e servia de exemplo para jovens talentos que se inspiravam no seu futebol para obterem o mesmo sucesso que ele teve dentro das quatro linhas. “Catè” costumava realizar partidas amistosas e torneios de incentivo para crianças e jovens. (Pesquisa: Nilo Dias)
"Catê", nos bons tempos do São Paulo.
Boa parte de um vasto material recolhido em muitos anos de pesquisas está disponível nesta página para todos os que se interessam em conhecer o futebol e outros esportes a fundo.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
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