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terça-feira, 7 de julho de 2009

F.B.C. Rio-Grandense, um "guri" de 100 anos (final)

Em 1960, o Campeonato Gaúcho foi disputado pela última vez no sistema de regiões. Nas finais estavam Grêmio, Pelotas, 14 de Julho de Livramento e Nacional, de Cruz Alta. O Grêmio foi campeão invicto, com 5 vitórias e um empate contra o Pelotas. O título foi confirmado com uma goleada de 7 X 0 sobre o Pelotas.

A Federação Rio-Grandense de Futebol resolveu modificar o formato de disputa do Campeonato Gaúcho, a partir de 1961, criando as divisões, com acesso e descenso. O primeiro campeonato teve 12 clubes: Grêmio, Internacional, Cruzeiro, São José, Pelotas, Farroupilha, Rio-Grandense de Rio Grande, Guarany de Bagé, Juventude, Flamengo (atual Caxias), Floriano (atual Novo Hamburgo) e Aimoré de São Leopoldo.

Em 1975 verificou-se um fato que alcançou grande repercussão em todo o Estado. Enquanto os três clubes de Rio Grande se classificaram para a fase final do campeonato gaúcho, os três clubes de Pelotas ficaram de fora. A gozação em razão da rivalidade entre as duas cidades foi enorme. Na ponte sobre o rio São Gonçalo, torcedores colocaram uma placa com os dizeres: “Futebol nesta região, só em Rio Grande. Ande mais 60 quilômetros”.

Um levantamento feito durante o campeonato da cidade de 1999, Copa Festa do Mar (2001), Regional (2002), mostrou que a maior torcida de Rio Grande, mesmo com os problemas que o clube vem enfrentando nos últimos anos, é do F.B.C. Rio-Grandense.

Os principais títulos conquistados pelo F.B.C. Rio-Grandense nestes 100 anos de trajetória no futebol gaúcho e brasileiro: Campeão da Cidade (1921, 1937, 1938, 1939, 1940, 1946, 1947, 1948, 1950, 1953 (invicto), 1955, 1957, 1960, 1974, 1975, 1976 e 1978; Campeão Gaúcho (1939); Vice-Campeão Estadual (1937, 1938 e 1946); Campeão do Torneio Extra (1953); Campeão Gaúcho da 2ª Divisão (1965); Vice-Campeão Gaúcho da 2ª Divisão (1963 e 1984); Vice-Campeão da Chave IV – 2ª Divisão do RGS (1971); Campeão da Chave VII – 2ª Divisão do RGS (1972); Campeão da Chave I – 2ª Divisão do RGS (1973) e campeão da Chave II – 2ª Divisão do RGS (1976).

O “colorado marítimo” participou do Campeonato Gaúcho em 1919/1937/1938/1939/1946/1948/1957/1961/1966/1967/1975 e 1985. O clube não disputa o principal campeonato do Rio Grande do Sul há 24 anos. As seguidas crises que o clube tem enfrentado nos últimos anos obrigaram os dirigentes a solicitar licenciamento das competições oficiais da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) em 1990, 1998, 2001, 2003, 2005, 2006, 2007 (jogou apenas amistosos), 2008 e 2009.

Este ano, para comemorar o seu centenário, o Rio-Grandense participou do campeonato da cidade, realizado em sua homenagem. Presidido pelo desportista Adilson Marandini, e passando por um período de ampla recuperação em todos os setores, o clube planeja seu retorno em breve para as disputas oficiais da Federação Gaúcha de Futebol.

Nessa história centenária foram muitos os jogadores “prata da casa” que se destacaram envergando a camisa vermelha e amarela e foram fazer brilhantes carreiras em outros clubes. Dentre eles: Oscar, Carruira e Chinês, o ataque infernal dos anos 30; Titico, lateral que jogou no Internacional, de Porto Alegre; Chinesinho, que atuou no Internacional, Palmeiras, Lanerossi, da Itália e Seleção Brasileira; Luiz Carlos Scala, que jogou no Internacional, Botafogo, do Rio de Janeiro, América de Natal e Seleção Brasileira; o goleiro Brandão, que emprestado ao Botafogo, do Rio de Janeiro, participou de uma excursão ao México; Osny Ballester, zagueiro que foi para o América, do Rio de Janeiro nos anos 40, quando este era time grande.

Osny foi considerado o segundo melhor na posição em todo o país, sendo superado apenas por Domingos da Guia; o atacante Severo, que jogou no Corinthians e Seleção Brasileira; O meio-campo Jadir, que brilhou no Grêmio Portoalegrense; o atacante Arlém, que foi para o Internacional; o goleiro Alberto, que jogou no Grêmio e América, do Rio de Janeiro e o artilheiro Nico, o grande destaque da era moderna do clube.

Entre os treinadores que passaram pelo Rio-Grandense estão nomes consagrados como Gentil Cardoso, Ayres Torres, que dirigiu o time na conquista do campeonato estadual de 1930, Paulo de Souza Lobo, o “Galego”, Ney Amado Costa, Waldir Fonseca, Casemiro, ex-lateral do Internacional e Bento Peixoto Castelã. (Resumo do livro “Guri Teimoso” – uma paixão centenária” (nome provisório), que está sendo escrito pelo jornalista e torcedor do F.B.C. Rio-Grandense, Nilo Dias)

Polaco Chico foi um dos grandes jogadores da história do Rio-Grandense. (Foto: Acervo do F.B.C. Rio-Grandense)

F.B.C. Rio-Grandense, um "guri" de 100 anos (7)

Em 1960, o Campeonato Gaúcho foi disputado pela última vez no sistema de regiões. Nas finais estavam Grêmio, Pelotas, 14 de Julho de Livramento e Nacional, de Cruz Alta. O Grêmio foi campeão invicto, com 5 vitórias e um empate contra o Pelotas. O título foi confirmado com uma goleada de 7 X 0 sobre o Pelotas.

A Federação Rio-Grandense de Futebol resolveu modificar o formato de disputa do Campeonato Gaúcho, a partir de 1961, criando as divisões, com acesso e descenso. O primeiro campeonato teve 12 clubes: Grêmio, Internacional, Cruzeiro, São José, Pelotas, Farroupilha, Rio-Grandense de Rio Grande, Guarany de Bagé, Juventude, Flamengo (atual Caxias), Floriano (atual Novo Hamburgo) e Aimoré de São Leopoldo.

Em 1975 verificou-se um fato que alcançou grande repercussão em todo o Estado. Enquanto os três clubes de Rio Grande se classificaram para a fase final do campeonato gaúcho, os três clubes de Pelotas ficaram de fora. A gozação em razão da rivalidade entre as duas cidades foi enorme. Na ponte sobre o rio São Gonçalo, torcedores colocaram uma placa com os dizeres: “Futebol nesta região, só em Rio Grande. Ande mais 60 quilômetros”.

Um levantamento feito durante o campeonato da cidade de 1999, Copa Festa do Mar (2001), Regional (2002), mostrou que a maior torcida de Rio Grande, mesmo com os problemas que o clube vem enfrentando nos últimos anos, é do F.B.C. Rio-Grandense.

Os principais títulos conquistados pelo F.B.C. Rio-Grandense nestes 100 anos de trajetória no futebol gaúcho e brasileiro: Campeão da Cidade (1921, 1937, 1938, 1939, 1940, 1946, 1947, 1948, 1950, 1953 (invicto), 1955, 1957, 1960, 1974, 1975, 1976 e 1978; Campeão Gaúcho (1939); Vice-Campeão Estadual (1937, 1938 e 1946); Campeão do Torneio Extra (1953); Campeão Gaúcho da 2ª Divisão (1965); Vice-Campeão Gaúcho da 2ª Divisão (1963 e 1984); Vice-Campeão da Chave IV – 2ª Divisão do RGS (1971); Campeão da Chave VII – 2ª Divisão do RGS (1972); Campeão da Chave I – 2ª Divisão do RGS (1973) e campeão da Chave II – 2ª Divisão do RGS (1976).

O “colorado marítimo” participou do Campeonato Gaúcho em 1919/1937/1938/1939/1946/1948/1957/1961/1966/1967/1975 e 1985. O clube não disputa o principal campeonato do Rio Grande do Sul há 24 anos. As seguidas crises que o clube tem enfrentado nos últimos anos obrigaram os dirigentes a solicitar licenciamento das competições oficiais da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) em 1990, 1998, 2001, 2003, 2005, 2006, 2007 (jogou apenas amistosos), 2008 e 2009.

Este ano, para comemorar o seu centenário, o Rio-Grandense participou do campeonato da cidade, realizado em sua homenagem. Presidido pelo desportista Adilson Marandini, e passando por um período de ampla recuperação em todos os setores, o clube planeja seu retorno em breve para as disputas oficiais da Federação Gaúcha de Futebol.

Nessa história centenária foram muitos os jogadores “prata da casa” que se destacaram envergando a camisa vermelha e amarela e foram fazer brilhantes carreiras em outros clubes. Dentre eles: Oscar, Carruira e Chinês, o ataque infernal dos anos 30; Titico, lateral que jogou no Internacional, de Porto Alegre; Chinesinho, que atuou no Internacional, Palmeiras, Lanerossi, da Itália e Seleção Brasileira; Luiz Carlos Scala, que jogou no Internacional, Botafogo, do Rio de Janeiro, América de Natal e Seleção Brasileira; o goleiro Brandão, que emprestado ao Botafogo, do Rio de Janeiro, participou de uma excursão ao México; Osny Ballester, zagueiro que foi para o América, do Rio de Janeiro nos anos 40, quando este era time grande.

Osny foi considerado o segundo melhor na posição em todo o país, sendo superado apenas por Domingos da Guia; o atacante Severo, que jogou no Corinthians e Seleção Brasileira; O meio-campo Jadir, que brilhou no Grêmio Portoalegrense; o atacante Arlém, que foi para o Internacional; o goleiro Alberto, que jogou no Grêmio e América, do Rio de Janeiro e o artilheiro Nico, o grande destaque da era moderna do clube.

Entre os treinadores que passaram pelo Rio-Grandense estão nomes consagrados como Gentil Cardoso, Ayres Torres, que dirigiu o time na conquista do campeonato estadual de 1930, Paulo de Souza Lobo, o “Galego”, Ney Amado Costa, Waldir Fonseca, Casemiro, ex-lateral do Internacional e Bento Peixoto Castelã. (Resumo do livro “Guri Teimoso” – uma paixão centenária” (nome provisório), que está sendo escrito pelo jornalista e torcedor do F.B.C. Rio-Grandense, Nilo Dias)

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