Morreu
ao início da tarde de ontem (17), o ex-goleiro Alexandre Pandóssio, de 53 anos,
completados em 8 de fevereiro, que foi campeão da “Copa do Brasil” pelo
Criciúma, em 1991, quando o time era treinado por Luiz Felipe Scolari.
Ele
tinha ido durante a manhã até a praia do “Balneário Rincão”, município a 26
quilômetros de Criciúma, para jogar “futevôlei” com amigos, entre os quais
“Sarandi”, seu ex-companheiro de equipe.
Ao
subir para tocar de cabeça uma bola, Pandossio sentiu-se mal e caiu. De
imediato recebeu atendimento de três médicos e de um bombeiro militar ainda no
local do incidente e foi levado pelo Corpo de Bombeiros de Içara, que o
transferiu, no meio do caminho para Criciúma até a ambulância do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Na
praia, Alexandre havia sofrido sete paradas respiratórias, e no trajeto até o
hospital ocorreram outras 20, o que fez com que o coração não resistisse. Ele é
o segundo campeão da Copa do Brasil de 1991 a falecer. O primeiro foi o
atacante Adilson Gomes, que morreu de aneurisma cerebral em 1996.
Alexandre
era natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Antes de jogar no
Criciúma, teve passagens pelo Noroeste e Mogi Mirim. Chegou ao “Tigre” em 1990,
permanecendo por lá até 1996. Foi campeão catarinense em 1990, 1991 e 1993 e
Campeão da Copa do Brasil em 1991.
O
time base do Criciúma, campeão da “Copa do Brasil” tinha Alexandre – Sarandi –
Vilmar - Altair e Itá - Roberto Cavalo – Gelson – Grizzo - Zé Roberto - Soares
e Jairo Lenzi.
Outro
grande momento de sua carreira foi ter disputado a “Taça Libertadores da
América”, de 1992 pelo Criciúma. O time catarinense foi o primeiro do grupo na
primeira fase e avançou até as quartas de final, quando foi eliminado pelo São
Paulo de Raí, Palhinha e Müller, treinado por Telê Santana, que conquistou o
título da competição e ainda foi campeão mundial naquele ano.
Antes
de encerrar a carreira, jogou ainda no União Barbarense (SP) e Gama (DF), onde
foi campeão da “Série B” em 1998 e do Campeonato Brasiliense em 1998 e 1999.
Depois que pendurou as chuteiras foi auxiliar técnico no próprio Criciúma, o
que lhe garantiu experiência para trabalhar como treinador.
Em
2007, deu inicio a nova carreira, treinando o Atlético Rondoniense. No ano
seguinte, comandou o “Cidade Azul”, hoje Tubarão. Em 2010 dirigiu o Imbituba,
time para o qual retornou em 2012, depois de comandar o Próspera, de Criciúma,
em 2011.
Bem
estruturado financeiramente, atualmente Alexandre tinha como atividade a de
comentarista esportivo da “Rádio Som Maior”, de Criciúma (FM 100,7) e também
fazia transações imobiliárias. Deixou a esposa Raquel e os filhos Rafael e
Alessandra.
O
velório de Alexandre começou na noite de ontem, no "Crematório Millenium", no bairro
Liri, em Içara, na “C-445”, onde o corpo será cremado hoje às 17 horas. O
prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, emitiu uma nota lamentando o falecimento
do ex-jogador:
“A
ida precoce de Alexandre Pandóssio afasta a cidade de Criciúma do convívio,
acima do ídolo, de um grande homem. Decisivo para uma das maiores façanhas do
nosso time, deu-nos o privilégio da escolha pela nossa cidade para viver com a
família.
Que
Deus ampare e dê forças aos familiares, amigos para suportar esse momento de
dor. Perde-se a presença física, mas permanece conosco o exemplo do esportista
e ser humano de enorme respeito”. (Pesquisa: Nilo Dias)