Boa parte de um vasto material recolhido em muitos anos de pesquisas está disponível nesta página para todos os que se interessam em conhecer o futebol e outros esportes a fundo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Morreu o artilheiro do “Paulistão” de 1967

Antônio Parada Neto, popularmente conhecido por “Parada”, artilheiro do Guarani Futebol Clube, de Campinas (SP), no Paulistão de 1967, morreu na última quarta-feira (21), aos 79 anos de idade, em sua residência no bairro do Bom Retiro, em São Paulo.

Nos últimos anos de vida, o ex-jogador tinha muita dificuldade de locomoção e vivia de "bicos" no tradicional bairro paulistano.

Sua carreira de futebolista começou nos juvenis do Clube Atlético Ypiranga, tradicional agremiação paulista, em 1956. Teve passagens pelo Palmeiras, Corinthians, Nacional (SP), Ferroviária, de Araraquara, Botafogo, do Rio de Janeiro, Bangu, Campeão Carioca de 1966, onde foi ídolo e no Fast Club e Rio Negro, do Amazonas, onde encerrou a carreira após uma séria lesão.

Na Seleção Brasileira fez parte do grupo de jogadores que se preparava para a Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra. Pressionados pelos clubes que queriam seus atletas na seleção, a comissão técnica e o treinador Vicente Feola convocaram 47 jogadores para um período de treinamento nas cidades de Serra Negra (SP) e de Caxambu (MG) antes da competição.

Em razão do elevado número de jogadores formaram-se quatro times (branco, azul, verde e grená) e decidiu-se que os cortes seriam feitos antes da Seleção Brasileira viajar para a Europa. “Parada” foi um dos 25 jogadores cortados e não pode participar do Copa do Mundo de 66.

Em 28 de maio de 1966, o “Bugre” de Campinas foi medir forças contra a Seleção Brasileira que se preparava para o Mundial na Inglaterra. O jogo foi realizado em Serra Negra, na época local de treinos e jogos do Brasil.

A Seleção goleou por 5 X 1, e Parada fez um dos gols contra o seu futuro clube. A Seleção Brasileira formou nesse jogo-treino com Manga - Djalma Santos – Ditão - Orlando e Rildo. Dudu e Lima. Jairzinho – Silva - Parada e Paraná. O árbitro foi Romualdo Arpi Filho e  a renda somou Cr$ 8.652.000.

“Parada” chegou ao Guarani em abril de 1967 e sua estreia se deu em um jogo amistoso comemorativo ao 56º aniversário do clube. O Guarani venceu a Portuguesa de Desportos por 2 X 1.

O atacante foi a artilheiro do Guarani no Paulistão com 10 gols, sendo cinco deles em cobrança de pênaltis. Foram 30 jogos com o manto “bugrino” e o gol mais lembrado dele foi contra o Corinthians no “Brinco de Ouro”, aos 45 minutos da etapa final, empatando a partida em  1 X 1.

“Parada” participou do amistoso internacional do Guarani contra a Seleção da República Democrática do Congo, antes de se despedir do futebol paulista e do “Bugre Campineiro”.

Após a passagem pelo Guarani em 1967, retornou ao Bangu em 1968. O "Italianinho", como era chamado pelos amigos, merecia um busto em “Moça Bonita”, conforme escreveu em sua crônica André Felipe de Lima.

O blog “Tardes de Pacaembu”, prestou uma bonita homenagem ao ex-craque:

"Parada"… um funileiro em Moça Bonita

Entre carrocerias desmontadas, martelos, lixas, massas, solventes e tintas, o jovem Toninho parecia perder o rumo do trabalho quando imaginava seu nome ovacionado nos grandes estádios.

Nas dias de folga esquecia o macacão manchado de óleo. Saia de casa cedo e encontrava os amigos para jogar nos inúmeros campos de várzea do bairro do Bom Retiro.

Aos 16 anos de idade era um fiapo de gente que mal pesava 58 quilos. Mesmo com tanta intimidade no trato com a bola, Toninho não esperava ir tão longe!

Antônio Parada Neto, que um dia foi chamado de “Pelé branco”, nasceu na cidade de Araraquara (SP), no dia 20 de fevereiro de 1939.

Em 1955 tomou coragem e partiu para uma experiência que certamente lhe custaria o emprego. Incentivado por um amigo carioca, Toninho aventurou-se para um período de testes no Fluminense, quando foi avaliado por um período de 40 dias.

Sem sucesso nas "Laranjeiras", Toninho retornou para o seu ofício de funileiro, em outra oficina é claro. Algum tempo depois conseguiu ser aprovado nos quadros amadores do Clube Atlético Ypiranga.

Centroavante de origem, ora ou outra sentia os efeitos das divididas e dos solavancos dos becões, que tentavam brecar seu talento de qualquer maneira.

Quando o juvenil do Ypiranga goleou o Palmeiras por 6 X 3 dentro do Parque Antártica, os homens do alviverde logo perceberam que precisavam ter um garoto assim em suas fileiras.

No Palmeiras, "Parada" foi aproveitado inicialmente no quadro de Aspirantes. Mas, sua promissora ascensão foi interrompida pelo serviço militar.

"Parada" participou da Seleção Brasileira Militar que venceu o Sul-Americano da categoria em 1959. A forte linha ofensiva era formada por Bataglia, Parada, Pelé, Lorico ou Ariston e Parobé.

Retornando ao Parque Antártica, "Parada" assinou seu primeiro compromisso profissional. O Palmeiras, campeão paulista de 1959, contava um elenco muito forte e dessa forma Parada teve poucas chances de ser efetivado como titular.

No início de 1961, seu nome foi disponibilizado ao lado do companheiro Ismael como parte do pagamento pelo passe do goleiro da Ferroviária, Florisvaldo Rosan.

"Parada" atuou pelo alviverde no período compreendido entre 1957 e 1960. Ao todo, foram 71 partidas com 40 vitórias, 15 empates, 16 derrotas e 19 gols marcados.

Os números foram publicados no Almanaque do Palmeiras, dos autores Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

Depois de duas temporadas de muito sucesso em Araraquara, "Parada" recebeu uma visita inesperada em sua casa. Era o famoso dirigente do Bangu Atlético Clube, Castor Gonçalves de Andrade e Silva.

Quem indicou "Parada" para Castor de Andrade foi o técnico Elba de Pádua Lima, o Tim, que também tinha firmado compromisso com o time de "Moça Bonita".

Com tudo acertado, Castor abriu sua pasta e entregou 50 mil cruzeiros nas mãos de "Parada". O dinheiro era mais do que suficiente para providenciar uma mudança de “mala e cuia” para o Rio de Janeiro.

"Parada" foi um dos grandes nomes do ataque alvirrubro naquela primeira metade dos anos sessenta.

Participou da ótima equipe que ficou na terceira colocação do campeonato estadual de 1963, depois de liderar praticamente todo o certame e perder o título somente nas últimas rodadas.

Em 1964 foi campeão do Torneio Início e vice campeão carioca, posição que também foi repetida na edição de 1965.

No ano seguinte, quando o Bangu foi campeão carioca de 1966, "Parada" já não estava mais no elenco. Vendido ao Botafogo de Futebol e Regatas por 150 milhões de cruzeiros, o jogador teve que abrir mão dos 15% que teria direito na transação.

Jogando pelo time da “Estrela Solitária”, "Parada" foi campeão e artilheiro do Torneio Rio-São Paulo com oito gols marcados.

Com empate na pontuação e falta de calendário para um quadrangular final, o título foi dividido entre Botafogo, Vasco da Gama, Corinthians e Santos.

Ainda em 1966, "Parada" esteve entre os convocados para o período de preparação visando o mundial da Inglaterra.

Em 1967 "Parada" voltou ao futebol paulista para defender o Guarani Futebol Clube. Parada não ficou por muito tempo em Campinas e logo voltou aos gramados cariocas para uma segunda passagem, apenas discreta, pelo mesmo Bangu.

Do Bangu foi novamente para o Botafogo e fez parte do elenco campeão carioca de 1968. Negociado com Sport Club Corinthians Paulista, Parada não se deu bem no "Parque São Jorge".

Foram apenas três partidas disputadas com duas vitórias, uma derrota e nenhum gol marcado. Os números foram publicados pelo Almanaque do Corinthians, de autoria de Celso Dario Unzelte.

Mais uma vez no Bangu em 1969, "Parada" percebeu que sua melhor fase no futebol carioca já tinha passado.

Em 1970 foi parar no Amazonas. Primeiramente jogou pelo Nacional Fast Clube e depois pelo Atlético Rio Negro Clube, onde encerrou sua carreira em 1975 com uma grave contusão no joelho. (Pesquisa: Nilo Dias)


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Morre o criador da "Camisa Canarinho"

Morreu na noite de ontem (15), em Pelotas, aos 83 anos de idade, o jornalista, escritor e professor de Direito, Aldyr Garcia Schlee, um dos maiores contistas da literatura gaúcha. Ele também foi o criador da camisa canarinho da Seleção Brasileira.

Ele havia descoberto  há menos de 15 dias que estava com um câncer que atacou o fígado e parte dos pulmões. Estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em Pelotas, onde realizava exames para tomar pé de seu estado de saúde. 

Schlee deixa três filhos, Aldyr, Andrey e Sylvia. Foi casado com Marlene Rosenthal Schlee, já falecida. O sepultamento ocorreu hoje a tarde, no Memorial Pelotas Cemitério Parque.

Reconhecido no campo da literatura como um dos maiores contistas em atividade no Estado, o autor também era famoso por ter criado, em 1953, o uniforme da Seleção Brasileira até hoje em uso pelo time canarinho – apelido, aliás, que só passou a ser usado depois que Schlee fez o desenho da camiseta.

Nascido em Jaguarão em 1934, ele não tinha ainda 20 anos quando criou o desenho verde-amarelo da camiseta brasileira para um concurso promovido pelo jornal carioca “Correio da Manhã”, para substituir o malfadado uniforme branco e azul usado pela Seleção de 1950, derrotada em pleno Maracanã.

Schlee contou que foi na agência da Varig em Pelotas buscar os jornais do dia. Entre eles, o “Correio da Manhã”. Na terceira página, lá estava o seu desenho, com a manchete:  “Esta será a nova camisa do Brasil”. Dizia que ficou louco. Nem soube contar como chegou ao trabalho, revelou em entrevista a “Zero Hora” em 2014.

O episódio da camiseta, contudo, era uma nota de pé de página na trajetória de Schlee, que trabalhou como ilustrador de imprensa e artista gráfico até estrear na literatura nos anos 1980 com “Contos de Sempre”.

Numa produção constante mas sem fanfarras, Schlee publicou 12 livros ao longo de mais de três décadas de carreira literária. Sua obra artística é peculiar e diferente da corrente mainstream da literatura do Estado.

Embora também enfoque com frequência o mundo rural e a mentalidade de fronteira (seus contos costumavam ser ambientados no território entre Brasil e Uruguai), Schlee era ele próprio uma tradição à parte: suas histórias renegavam o ufanismo cetegista e preferiam lançar seu olhar não sobre valentes e tauras, mas sobre as vidas pobres e sofridas à margem, tanto da História oficial quanto do banditismo glamouroso.

A obra de Schlee é bastante extensa. Escreveu os seguintes livros: “Direito de autodeterminação dos povos”, “Linguagem de Fronteira”, “Brasil camisa brasileira”, “Os contos e lendas de João Simões Lopes Netto”, “Glossário de Simões Lopes Netto”, “Linha divisória”, “Os 20 melhores contos de Aldyr Garcia Schlee”, “Fitas de cinema”, “Lembranças de João Simões Lopes Netto”, “Uma terra só”, “Nós, os gaúchos”, volumes 1 e 2, “Nós os teuto-gaúchos”, “Don Frutos”, “Contos da vida difícil”, “Melhores contos do Rio Grande do Sul”, “Para ler os gaúchos”, “O dia em que o Papa foi a Melo”, “Contos de verdades”, “Os limites do impossível: contos gardelianos”, “Histórias ordinárias”, “Contos de Futebol”, “Contos de sempre”, “Memórias de o que já não será”, de contos infantis e “O Outro Lado”, novela.

Aldyr recebeu duas vezes o prêmio da Bienal Nestlé de Literatura Brasileira e foi cinco vezes agraciado com o Prêmio Açorianos de Literatura. Como jornalista, ganhou o Prêmio Esso da categoria e foi o fundador do curso de Jornalismo da UCPel, de onde foi expulso após o golpe militar. Criou o jornal "Gazeta Pelotense" e escreveu para os jornais "Opinião Pública" e "Diário Popular". 

A Feira do Livro de Porto Alegre prestou homenagem ao escritor, às 17 horas de hoje, na Praça dos Autógrafos. A noite, o criador da Camisa Canarinho foi homenageado com um minuto de silêncio, no jogo Brasil X Uruguai, disputado em Londres. (Pesquisa: Nilo Dias)


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Um grande craque argentino


Juan Román Riquelme foi um dos maiores futebolistas argentinos de todos os tempos. Poderia ter tido uma carreira muito maior, mas sofreu sempre a injustiça de dirigentes e técnicos nos clubes que defendeu.

Nasceu em San Fernando, província de Buenos Aires, no dia 24 de junho de 1978. Seu grande futebol fez com que se tornasse um ídolo da torcida do Boca Juniors, em especial.

Considerado um dos jogadores argentinos mais talentosos de sua geração, combinava habilidade com técnica e visão de jogo apurada, além de ser um excelente cobrador de faltas.

Riquelme conquistou 15 títulos, entre os quais três Copas Libertadores da América. Pela Seleção Argentina, disputou a Copa do Mundo de 2006, a Copa das Confederações de 2005, a Copa América de 2007 e os Jogos Olímpicos de 2008, quando foi o campeão.

Começou a carreira como amador no Argentinos Juniors, antes de se mudar para o Boca Juniors, onde ganhou projeção internacional. Não demorou para seu futebol ser cobiçado pelos grandes clubes da Europa e, em 2002, acertou sua transferência para o Barcelona, da Espanha.

Depois de jogar por um ano no clube catalão, que não vivia um bom momento, se transferiu para o Villarreal, onde foi figura destacada, junto de outros jogadores sul-americanos como o argentino Sorín, o uruguaio Diego Forlán e o brasileiro naturalizado espanhol, Marcos Senna.

Graças a eles, o Vilarreal  chegou a um inédito terceiro lugar no Campeonato Espanhol, na temporada 2004/2005. E isso valeu uma vaga na Liga dos Campeões. Por conta de suas atuações, foi contratado em definitivo pelo clube, que pagou 75% dos direitos do jogador.

E Riquelme não decepcionou, tendo sido o grande destaque da equipe que alcançou a semifinal da competição em sua primeira participação na história.

O Vila eliminou gigantes do velho continente como Manchester United, da Inglaterra e Internazionale, de Milão, Itália. Mas depois de errar um pênalti no jogo da semifinal contra o Arsenal, que custou a eliminação do clube, Riquelme nunca mais teve o mesmo sucesso pela equipe espanhola.

Ao fim da temporada disputou pela Seleção Argentina a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Vestiu a Camisa 10 e foi o principal nome do time.

O jogador sonhava em ajudar seu país a ser tricampeão mundial, mas foi eliminado da competição nos pênaltis, nas quartas de final para a Alemanha, frustrando toda a nação argentina.

Depois da Copa a permanência de Riquelme no Vilarreal se tornou difícil, mesmo tendo sido o maior responsável pelo clube ter chegado a campanha continental mais importante de sua história.

O jogador teve sérios desentendimentos com o técnico do time, o chileno Manuel Pellegrini, que o fizeram ser afastado da equipe. Sem clima e com uma relação totalmente desgastada, regressou em fevereiro de 2007 ao Boca Juniors, sendo contratado por empréstimo de apenas seis meses e recebendo um dos maiores salários da América do Sul

Nesse pequeno período em sua volta ao Boca Juniors, Riquelme se destacou na campanha da Copa Libertadores da América, tendo realizado jogos magníficos e inesquecíveis nas finais contra o Grêmio, que rendeu ao jogador seu terceiro título da competição continental pelo clube, o sexto na história do Boca Juniors, e de quebra ainda foi eleito o craque do campeonato.

Findo o empréstimo, voltou ao Villareal. Como o clima no clube continuava o mesmo, Riquelme não foi aproveitado durante todo o segundo semestre de 2007. E disse que aceitaria ganhar menos para voltar ao Boca Juniors, o clube de seu coração.

Finalmente, em janeiro de 2008, ele foi negociado em definitivo com o Boca Juniors. Mas o imprevisto aconteceu:  depois que o Boca perdeu para o Corinthians na decisão da Copa Libertadores da América de 2012, o jogador não queria continuar na Bombonera. Mas acabou cedendo e ficando no clube.

Em julho de 2014, assinou com o Argentinos Juniors, clube que o revelou para o futebol, antes de se destacar com a camisa do Boca. Assinou por 18 meses. Acabou por marcar seu primeiro gol na estreia pelo clube. Riquelme anunciou sua aposentadoria em janeiro de 2015, após 18 partidas e cinco gols.

Pela seleção argentina, teve grande trajetória. Disputou a Copa do Mundo de 2006, e antes fora destaque desde as categorias de base. Sua principal conquista foi a medalha de ouro olímpica, alcançada em 2008, quando foi convocado como um dos três jogadores acima da idade permitida nos Jogos Olímpicos.

Antes de Diego Maradona assumir a direção técnica, Riquelme era o camisa 10 da seleção argentina, que disputava as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. Com problemas de relacionamento com o técnico, também ídolo argentino e do Boca Juniors, Riquelme se recusou atuar na seleção.

Alegou que o posicionamento que o colocava em campo, não o fazia render tudo que poderia. Diego Maradona acabou passando a camisa 10 para Lionel Messi, que não conseguiu levar a Argentina além das quartas de final na Copa, tendo sido eliminada novamente pela Seleção Alemã, dessa vez com uma goleada vergonhosa por 4 X 0.

Após a Copa do Mundo, Diego Maradona deixou o comando da seleção, o que fez com que Riquelme abrisse as portas para seu retorno a equipe nacional, tendo afirmado publicamente estar a disposição do então novo técnico da equipe, Sergio Batista.

Mas o técnico acabou sendo demitido após a Copa América de 2011, sem nunca o ter chamado.

Títulos. Boca Juniors: Campeão Argentino, Clausura (1998, 1999, 2000, 2001, 2008 e 2011); Copa Libertadores da América (2000, 2001, 2007); Copa Intercontinental (2000); Recopa Sul-Americana (2008); Copa Argentina ( 2011 e 2012). Villarreal: Copa Intertoto da UEFA (2003 e 2004); Barcelona: Troféu Joan Gamper (2002 e 20030; Seleção Argentina: Campeonato Sul-Americano de Futebol Sub-20 (1997); Campeonato Mundial de Futebol Sub-20 (1997); Torneio Internacional de Toulon (1998); Ouro nos Jogos Olímpicos (2008).

Individuais. Revelação do Campeonato Argentino (1997); Revelação de Ouro - Clarín de Ouro (1997); Consagração de Ouro - Clarín de Ouro (2000 e 2001); Equipe Ideal do Sul-Americano Sub-20 (1997); Torneio de Toulon - Melhor jogador (1998); Melhor jogador das Américas (2000 e 2001); Melhor jogador estrangeiro da Liga BBVA - Don Balón (2004-2005); Jogador mais técnico e habilidoso da Liga BBVA - Diário Marca (2004-05); Jogador com mais assistências da Liga BBVA (2004-05); Melhor jogador da Liga BBVA - por comentaristas e jogadores do Diário Marca (2004-05); Melhor jogador argentino no estrangeiro  - Clarín de Ouro (2005); Bola de Prata da Copa das Confederações (2005); Equipe Ideal das Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA (2006); Jogador com mais assistências na Copa do Mundo FIFA (2006); Bola de Prata da Copa América (2007); Equipe Ideal da Copa América (2007); Jogador com mais assistências da Copa América (2007); Chuteira de Prata da Copa Libertadores (20070; Melhor jogador da final da Copa Libertadores (2001 e 2007); Melhor jogador da Copa Libertadores (2000, 2001 e 2007); Melhor jogador da América - Fox Sports (2007 e 2008); Consagração do Campeonato Argentino - (Clarín de Ouro (2000, 2001, 2007, 2008 e 2011); Seleção Ideal das Américas (1999, 2000, 2001, 2007, 2008 e 2011); Jogador argentino do ano - OlÍmpia de Plata (2000, 2001, 2008, 2011); Melhor jogador do ano – Olé (2012) e Seleção da Copa Libertadores (2000, 2001, 2007, 2008, 2012)

Outros. Jogador não-atacante com mais gols na Copa Libertadores; Eleito o melhor jogador da história do Boca Juniors (por sua torcida); Eleito o melhor jogador da história do Villareal (de presidente para o mundo inteiro); Nominado a Bola de Ouro e melhor jogador do mundo da FIFA e France Football (2005, 2006, 2007 e 2008); Segundo melhor batedor de faltas do mundo pela FIFA (2008); Nominado a Bola de Ouro da Copa do Mundo FIFA (2006); Sexto melhor jogador do Mundo - World Soccer (2005); Sétimo melhor jogador do Mundo - World Soccer (2006); Quinto melhor jogador do Mundo - World Soccer (2007 - Jogando nas Américas);  Quarto melhor criador de jogadas do mundo – IFFHS (2007 - Jogando nas Américas); Terceiro maior artilheiro do mundo – IFFHS (2007 - Jogando nas Américas); e Seleção de todos os tempos da Copa Libertadores.

O destino de Riquelme parecia incerto, mas o jogador decidiu dar um fim à expectativa por seu futuro. Em 2015, durante entrevista , após um semestre atuando pelo Argentinos Juniors, o ex-atleta do Boca Juniors e da seleção argentina anunciou sua aposentadoria.

“Para mim é um dia, não sei se importante, mas especial, no qual tomei a decisão de não jogar mais futebol. Esperei 20 a 30 dias. Depois de subir com Argentinos (Juniors), que era o objetivo, e meu representante falar com todos os clubes. Para seguir jogando teria que ser algo que me interessasse, me motivasse. 

Depois de subir com o Argentinos, de haver cumprido todos os jogos com a camisa do Boca, me parecia que o melhor era fazer com calma e comunicar que não vou jogar mais. Parece que é o melhor - disse ele, visivelmente emocionado, em conversa com o canal "ESPN" da Argentina.

O lendário camisa 10 disse que tomou a decisão de não jogar mais por não encontrar nenhuma proposta motivadora. Sobre a negociação com o Cerro Porteño, ele garantiu que não havia nada de concreto, apesar das informações de que ele era esperado no Paraguai para a assinatura do contrato. Juan Román Riquelme fez o anúncio aos 36 anos. (Pesquisa: Nilo Dias)