No dia 26 de julho de 2013, ele
chegou ao Estádio De Kuip, completamente lotado, deitado em uma maca, sentindo o calor da torcida nas
arquibancadas, que viera prestigiar um treinamento do time. Já era tradição os
adeptos do Feyenoord aparecerem em grande número para assistir à primeira sessão de treinos da
pré-temporada. Mas desta vez houve uma diferença.
Rooie
observava aquilo tudo sabendo que estava em seus últimos momentos de vida. De repente,
desceu uma faixa do setor oposto com uma imagem dele próprio e mensagens de
apoio.
Já
no campo, vestido com as cores de sua equipe, ele recebeu a ovação do público,
a saudação de cada jogador da equipe e um abraço enérgico do treinador Ronald
Koeman. Tudo foi gravado em vídeo.
Tragicamente,
Rooie morreu apenas três dias depois da visita que fez ao seu time do coração.
Antes de morrer deixou uma carta de despedida. Frequentador de um fórum do
Feyenoord chamado “Lunatic News”, Marck agradeceu pelo carinho e teve suas
últimas palavras publicadas pelo site oficial do clube de Roterdã:
“Caros
camaradas, quero agradecer a todos pelo grande momento e pelo carinho recebido,
as amizades que tive e toda a atenção dada a mim. O tributo dos últimos dias me
deixou muito impressionado. Aliás, não só a mim, como a minha esposa Marion e
meu filho Joey.
Mas
o clube e seus fãs certamente o deixaram com uma lembrança especial. Para quem
ama o futebol ou vive dele, se despedir de todo um ciclo dias antes da morte
dentro de um campo de futebol parece ser um adeus e tanto.
Certa
vez, torcedores do Cúcuta, na Colômbia, inventaram moda e levaram o caixão de
um amigo (sim, com ele dentro) para as arquibancadas numa partida da equipe
pelo campeonato local.
Sem limites para esse tipo de manifestação de amor, um
holandês protagonizou o que talvez seja uma das histórias mais bonitas do
futebol. (Pesquisa: Nilo Dias)
Rooie foi ajudado por seus amigos a caminhar pelo campo e agradecer aos torcedores e jogadores, pelo apoio dado a ele.