Na equipe carioca jogou entre os anos de 1938 e 1942, atuando ao lado de craques como Zarzur, Niginho, Bernardo Gandulla e Alfredo II. Em 1942 foi para o Palmeiras, que ainda se chamava Palestra Itália, aonde jogou até 1946. A estréia de Villadoniga pelo time alviverde foi em 26 de julho de 1942, numa vitória por 3 X 2 sobre o São Paulo Railway. Sua despedida se deu em 18 de dezembro de 1946, após triunfo sobre o River Plate, da Argentina, por 2 X 1. Em 1947 retornou ao Uruguai, encerrando a carreira em 1950, jogando pelo Peñarol.
Villadoniga ganhou o apelido de “El Architeto” devido a habilidade em armar as jogadas. Era um jogador habilidoso, altamente técnico, cheio de malícia e de invejável espírito de luta. Foi convocado diversas vezes para a Seleção Uruguaia, tendo disputado a Copa América de 1937, na Argentina, quando o seu país foi terceiro colocado.
No Palmeiras foi um grande ídolo, tendo envergado a camisa palmeirense em 134 jogos, com 79 vitórias, 27 empates e 28 derrotas, tendo marcado 50 gols. Os dados constam no "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Venditti. Dono de uma habilidade extraordinária, foi peça decisiva na célebre partida de 1942, contra o São Paulo, quando o clube mudou de nome, deixando de ser Palestra Itália e passando a chamar-se Sociedade Esportiva Palmeiras.
Jogando pelo Peñarol foi campeão uruguaio nos anos de 1935, 1936 e 1937. Pelo Vasco da Gama conquistou o Torneio Luiz Aranha, em 1940. Ainda jogando pelo Vasco foi considerado o melhor jogador do futebol carioca, nos anos de 1939 e 1940. E pelo Palmeiras foi duas vezes campeão paulista, em 1942 e 1944 e duas vezes campeão da Taça Cidade de São Paulo, 1945 e 1946. E ainda campeão da “Taça de Campeões Rio-São Paulo” de 1942 e Torneio Início Paulista de 1946.
Depois que deixou o futebol Villadoniga foi morar em São Paulo, onde chegou a trabalhar de garçom na “Trattoria Del Michelle”, pertencente a um italiano chamado Michelle, procedente de Tívoli. O local era um reduto palmeirense, pois ficava próximo ao Parque Antártica.
Villadoniga morreu de causas naturais em 26 de outubro de 2006, aos 90 anos de idade. Ele morava na capital paulista, no bairro de Perdizes, e frequentava a sede do Palmeiras. Pouca gente sabe, mas após parar com o futebol passou a jogar bocha, tendo defendido o “Verdão” em vários campeonatos, inclusive sendo campeão interno dessa modalidade. (Pesquisa: Nilo Dias)
Villadoniga com a camisa do Palmeiras.