Paschoal Silva Cinelli, conhecido como “Trem de Luxo”, em razão de sua velocidade, jogava como ponteiro-direito. Jogou por 10 anos no Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, sendo considerado o jogador símbolo do clube nos seus primeiros anos de prática do futebol.
Existem conflitos de datas, quanto ao seu nascimento. Há fontes que informam ele nasceu em 19 de abril de 1900 e outras que dizem ter sido em 24 de maio de 1900.
Foi descoberto nas peladas do Cais do Porto e escalado pelo técnico Ramón Platero num jogo amistoso contra a Seleção da Marinha, quando vestiu a camisa do clube carioca pela primeira vez. O Vasco venceu por 1 X 0, com o gol marcado por ele.
Nesse mesmo ano de 1922 Paschoal se sagrou campeão carioca da Segunda divisão, o que garantiu a participação do Vasco na elite em 1923. Nesse ano, na temporada do primeiro titulo no futebol carioca, Paschoal participou dos 14 jogos e marcou só um gol, no segundo tempo do jogo Vasco 3 X 1 Botafogo, em 22 de abril, no campo do adversário, à Rua General Severiano.
A turma dos chamados "Camisas Pretas" teve: Nélson - Leitão e Cláudio. Adão - Claudionor e Arthur. Mingote – Paschoal – Torterolli - Cecy e Negrito. Em 1924, Paschoal já balançou mais as redes: sete vezes.
Voltou a estar presentes em todas as partidas, com o time-base sendo: Nélson - Leitão e Espanhol. Brilhante - Claudionor e Arthur. Paschoal – Torterolli – Russinho - Cecy e Negrito. Nos dois títulos, o treinador era Ramon Platero.
Paschoal foi titular absoluto da ponta direita do time e das seleções carioca e brasileira, durante 10 anos, deixando o futebol prematuramente por contusão em 1933.
Era dono de uma habilidade incrível, passando pelos adversários como bem entendia. Ele fez parte de uma geração que jogava por amor ao clube, não ao dinheiro. O Vasco foi o único time em que jogou.
Era dono de uma habilidade incrível, passando pelos adversários como bem entendia. Ele fez parte de uma geração que jogava por amor ao clube, não ao dinheiro. O Vasco foi o único time em que jogou.
Juntamente com o goleiro Nelson e o atacante Torterolli, Paschoal foi o primeiro jogador do Vasco a defender a seleção brasileira. Os três estrearam no dia 11 de novembro de 1923, na partida Brasil 0 X 1 Paraguai, em Montevidéu, pelo Campeonato Sul-Americano.
Pela Seleção Brasileira, além desse jogo, Paschoal fez outros nove, sendo três oficiais. Resultados: Brasil 1 X 2 Argentina (18/11/1923); Brasil 2 X 0 Paraguai (22/11/1923); Brasil 1 X 2 Uruguai (25/11/1923.
E seis amistosos: Brasil 9 X 0 Combinado de Durazno-Uruguai (28/11/1923); Brasil 2 X 0 Argentina (2/12/1923); Brasil 0 X 2 Argentina (09/12/1923); Brasil 5 X 0 Motherwell-Escócia (24/06/1928); Brasil 5 X 3 Barracas-Argentina (6/1/1929) e Brasil 4 X 2 Rampla Juniors-Argentina (24/02/1929).
E seis amistosos: Brasil 9 X 0 Combinado de Durazno-Uruguai (28/11/1923); Brasil 2 X 0 Argentina (2/12/1923); Brasil 0 X 2 Argentina (09/12/1923); Brasil 5 X 0 Motherwell-Escócia (24/06/1928); Brasil 5 X 3 Barracas-Argentina (6/1/1929) e Brasil 4 X 2 Rampla Juniors-Argentina (24/02/1929).
Dos jogos citados acima, Paschoal marcou um gol sobre o Barracas, enquanto os 2 X 0 sobre os argentinos valeram a “Taça Brasil-Argentina-1923”. Em 1923 o Vasco ganhou o seu primeiro título de campeão carioca e Paschoal foi figura fundamental na conquista. E repetiu o feito em 1924.
Depois que deixou os gramados e já com a idade avançada, acima dos 80 anos, continuou frequentando clube, ensinando garotos que sonhavam em serem jogadores de futebol. Trabalhou no Vasco até o fim da sua vida.
Paschoal morreu em 23 de dezembro de 1987, aos 87 anos e marcou seu nome como um dos mais importantes atletas que vestiram a gloriosa camisa vascaína, ajudando a agremiação a se tornar o gigante que é hoje.