Orlando
Alves Ferreira, o “Gato Preto”, nasceu no dia 25 de julho de 1940, no bairro de
São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Começou a carreira de futebolista em 1958,
aos 18 anos, no São Cristóvão, que na época
era uma referência entre as equipes suburbanas cariocas. Ficou em
“Figueira de Melo” até 1962. O apelido de “Gato Preto” se devia a sua grande
elasticidade e agilidade, além de ser negro.
Em
1963 o goleiro foi contratado pela Portuguesa de Desportos, de São Paulo, onde foi
companheiro inseparável do grande goleiro Félix, com quem revezou por muito
tempo no arco da lusa. Também foi companheiro dos goleiros Aguilera, Carioca,
Aguinaldo, Edson Mug e Zecão durante sua trajetória pelo Canindé.
Em
1964, numa excursão da Portuguesa de Desportos pelos Estados Unidos, após o
nono gol, contra o Massachusetts, o goleiro Félix foi jogar de centroavante para
permitir a entrada de Orlando. E curiosamente, Félix marcou o décimo gol da “Lusa”,
numa partida que terminou 10 X 1.
Em
1973, com 33 anos de idade, Orlando foi suplente na campanha vitoriósa do
título paulista naquela jornada contra o Santos. O goleiro titular era Zecão,
que hoje mora na cidade de Sorocaba, no interior paulista.
No
curriculo de Orlando consta um feito histórico, o de ter sido o último ganhador
do “Prêmio Belfort Duarte”, em 6 de setembro de 1973. Era um prêmio concedido
aos jogadores profissionais que completassem mais de 200 partidas oficiais de
futebol ou ficassem durante 10 anos sem sofrer uma única punição.
Orlando
ainda vestiu as camisas do Sampaio Correia (MA), Operário de Campo Grande (MS)
e Operário de Várzea Grande (MT), time onde encerrou a carreira em 1976. Chegou
a ser treinador de goleiros da própria Portuguesa e do Juventus. Depois, para
passar o tempo, jogou no time amador do Milionários, que era formado por
ex-jogadores de futebol.
A
militância de Orlando no futebol aconteceu num tempo em que eram raros os
goleiros negros. Até então os exemplos marcantes se resumiram a Barbosa,
Veludo, Barbosinha, Ubirajara, Alcântara, Mão de Onça, Dimas Monteiro, Tobias e
Jairo. (Pesquisa: Nilo Dias)
Orlando "Gato Preto", quando defendia o São Cristóvão, do Rio de Janeiro. (Foto: Museus dos Esportes)
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