Faleceu no último sábado (18), em Rio Grande, Ney Amado Costa, ex-funcionário do Banco do Brasil, advogado, comentarista esportivo, ex-jogador de futebol profissional e ex-técnico de futebol de campo e futsal.
Ney trabalhou na equipe esportiva da Rádio Cultura Rio-Grandina, por mim comandada, nos anos 1980. E também fomos colegas na TV Rio Grande.
Ney trabalhou na equipe esportiva da Rádio Cultura Rio-Grandina, por mim comandada, nos anos 1980. E também fomos colegas na TV Rio Grande.
Sua morte está sendo muito sentida pela comunidade rio-grandina, pois se tratava de uma pessoa muito querida em todas as camadas sociais.Tomo a liberdade de aqui publicar uma postagem do amigo e jornalista Willy César, retirada de sua página no Facebook.
"Solicitei
ao Paulo Edison Mello Pinho que nos dissesse algo sobre Ney Amado Costa, com
quem ele conviveu durante décadas, batalhando pelo esporte rio-grandino, no
campo e salão.
Um
detalhe que passou despercebido por muitos, mas a crônica esportiva anotou: Ney
marcou a Pelé, em marco de 1957, quando ele, um guri de 16/17 anos, veio com o
Santos (SP), jogar em Rio Grande contra o Football Club Riograndense.
O "Guri Teimoso" havia vencido o campeonato do ano anterior e houve a colocação de
faixas no estadio. Pelé não aparece na foto, mas um jogador do Santos coloca
faixas no jogador colorado, com Ney ao lado, observando.
Aqui
vai um pouquinho do grande cara que nos deixou, escrito por Paulo Edison:
"Perdemos um grande parceiro. Um grande amigo. Cidadão de conduta exemplar, líder nato especialmente no trato das coisas do esporte, mais precisamente futebol e futebol de salão (hoje futsal). Ney estava com 78 anos e tinha problemas de saúde já há algum tempo.
Conheci o Ney no ano de 1952 quando começamos na primeira série do Curso Ginasial do Lemos Júnior. Já nessa época se destacava como líder da classe e nos esportes.
Era o organizador e treinador do time de futebol que disputava o campeonato interno do colégio. Logo, logo estava organizando e dirigindo a seleção do colégio para as disputas estudantis, tanto locais como de nível estadual.
O
Ney foi um excelente atleta e exemplo para muitos que jogaram futebol - inclusive eu. Pelo que me consta, junto aos clubes profissionais de Rio Grande, ele iniciou nos Juvenis do S.C. Rio Grande.
Foi atleta de grande destaque nos três times locais, notadamente no F.B.C. Rio-Grandense. Posteriormente, dado os seus conhecimentos e espirito participativo e de liderança, foi também treinador de nossas três equipes profissionais com grande destaque.
O Ney foi um dos introdutores do Futebol de Salão em Rio Grande e região na década de 1950. Fundador da A.A. Presidiários, campeã por vários anos, tendo sido treinador também de outras equipe como AABB e Ypiranga Atlético Clube.Treinou também por várias vezes a Seleção Rio-Grandina de Futsal.
Perdemos uma referência no esporte rio-grandino. Sempre tive o Ney como exemplo, não só no esporte como em sua conduta como cidadão e chefe de família.
Ele foi, sem dúvida, uma das maiores expressões da nossa terra. Willy, tivemos uma convivência por mais de 60 anos e ele sempre foi um exemplo de cidadão e amigo acima de tudo. Paulo Edison"
Jogo
entre Rio-Grandense 3 x 5 Santos, em 17 de março de 1957. O jogador Jair da
Rosa Pinto coloca as faixas nos jogadores Arnaldo, Ney Amado e Eli Bernardino.
Pelé estava no banco de reservas, entrando no segundo tempo. O Rio-Grandense
utilizou 23 jogadores na partida. (Foto: Arquivo de Paulo Edison)
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