A
história do São Caetano Esporte Clube, tradicional agremiação do ABCD paulista
começou quando de uma fusão entre o Clube dos Amigos e o Rio Branco. O incrível
é que se tratava de duas equipes que mantinham uma enorme rivalidade, pois na
época a cidade de São Caetano era pouco mais que um vilarejo. Era algo parecido
com um bairro, chamado de “Fundação”, formado por algumas poucas casas e um
comércio tímido.
Existir
dois clubes de futebol num lugar tão pequeno, era um grande exagero. Os mesmos atletas às vezes defendiam os dois times,
o que desagradava os torcedores. Era unanimidade que o local deveria ter um só representante.
Chegou a ser proposto um jogo entre ambos, e quem perdesse fecharia as portas.
E
isso de fato aconteceu. O Clube dos Amigos ganhou por 3 X 0, o que não
significou o fim de só um deles, mas sim dos dois. Decidiu-se pela criação de
um novo clube. Era o dia 1 de maio de 1914, uma sexta-feira, quando foi feita uma reunião no
sobrado da Rua Rio Branco, para oficializar a fundação e escolha de um nome,
algo que lembrasse a região da maioria dos fundadores que eram imigrantes
italianos.
A
escolha foi unânime, dar o nome da cidade ao time, nascendo assim o São Caetano
Esporte Clube. As cores escolhidas foram o preto e o branco.
Foram
fundadores os seguintes desportistas: Acácio Novais, Adelmo Vecchi, Alberto
Piva, Ângelo Garbelott, Ângelo Giacommini, Ângelo Veronesi, Antonio Fiorotti,
Antonio Garbelloto, Antonio Roveri, Antonio Roveri Sobrinho, Armando Miazzi,
Benedito Cavana, Caetano Garbelotti, Carlos Piva, Celeste Dalcin, David
Bortolini, Dionísio Scarciofolo, Donaro Perrella, Eduardo Ascencio, Eliseu
Carnevelle, Faustino Roveri, Ferruccio Cavalari, Francisco Fiorotto, Francisco
Garbelotto, Giacomo Dalcin, Giacomo Perrella, Gino Cesca, João Buso, João
Fiorrotti, João Perrella, João Romaldini, João Urbano Giacomini, Joaquim
Zanini, Jose Pertolucci, Jose Degli Sposti, Jose Fernandes, Luiz D'gostini,
Luiz Martorelli, Luiz Roveri, Luiz Tasca, Nestor Zanini, Nicolau Perrella,
Octario Tegão, Olimpio Teodoro de Silva, Orlando Biagi, Paulo Perrella, Paulo
Uliana, Pedro Biagi, Primo Darré, Ricieri Bia, Serafin Vecchi, Silvério
Manilli, Silvio Buso, Tomas Tomé.
Desde então, e durante décadas tornou-se o time mais tradicional da cidade, chegando até a participar da Primeira Divisão do Campeonato Paulista nos anos de 1935 e 1936. O São Caetano fazia parte de uma Liga e o Corinthians em outra.
Mesmo assim os dois se enfrentaram duas vezes em jogos amistosos, ambos no velho campo da Rua Paraíba, em São Caetano do Sul. O Corinthians ganhou os dois confrontos, 3 X 1 no dia 1 de maio de 1949, e 1 X 0, em 11 de junho de 1950.
Desde então, e durante décadas tornou-se o time mais tradicional da cidade, chegando até a participar da Primeira Divisão do Campeonato Paulista nos anos de 1935 e 1936. O São Caetano fazia parte de uma Liga e o Corinthians em outra.
Mesmo assim os dois se enfrentaram duas vezes em jogos amistosos, ambos no velho campo da Rua Paraíba, em São Caetano do Sul. O Corinthians ganhou os dois confrontos, 3 X 1 no dia 1 de maio de 1949, e 1 X 0, em 11 de junho de 1950.
O
São Caetano Esporte Clube foi a primeira agremiação da região do Grande ABCD e
da importante cidade de São Caetano do Sul à disputar a Primeira Divisão do
Campeonato Paulista de Futebol nos anos de 1935 e 1935. Era seu presidente, o desportista
Luiz Martorelli, um líder autonomista da cidade e, anteriormente, também o
técnico campeão e iniciante em todas conquistas.
O
São Caetano chegou a ganhar de clubes considerados "grandes" do
futebol, conforme histórico da Federação Paulista de Futebol Profissional e
pelas súmulas das partidas disputadas.
Em
1954, o São Caetano Esporte Clube acertou uma fusão com o Comercial de São
Paulo, capital, o que deu origem a Associação Atlética São Bento, de São
Caetano, que disputou a Primeira Divisão paulista em 1954, 1955, 1956 e 1957.
Em
1958 a fusão acabou e os dois clubes voltaram a vida antiga. A fusão foi
desfeita e o time criado pelo desportista Oberdãn de Nicola, diretor da
Federação Paulista de Futebol e capitão do Exército Nacional acabou. O alvinegro passou a se
chamar novamente São Caetano Esporte Clube, o que nada tem à ver com a atual
A.D. São Cetano. O velho São Caetano
sobreviveu até 1959.
Participações
em estaduais de futebol: Primeira Divisão - atual A-1 (1935 – 1936); Segunda
Divisão - atual A-2 ( 1931 - 1932 - 1933 - 1934 - 1939 - 1940 - 1948 - 1949 -
1950 - 1951 - 1952 - 1953 - 1958 e 1959); Terceira Divisão - atual A-3 (1923 -
1924 - 1925 - 1929 e 1930)
Embora
tenha nascido em função do futebol, o São Caetano Esporte Clube é hoje uma
entidade poliesportiva, recreativa e social, reconhecida como um dos principais
modelos na formação e revelação de jogadoras de voleibol.
Em
1998, a equipe não teve nenhum patrocínio, contando apenas com o apoio da
prefeitura da cidade, através do Fundo de Apoio ao Esporte e Turismo, criado
pelo decreto-lei 3.507/97, que destina verbas para a infraestrutura da equipe.
Em
2002, sob o comando técnico de William Carvalho, em sua primeira temporada no
São Caetano, o clube chegou em 6º lugar na Superliga de Voleibol. Já na temporada 2003, após
acertar um contrato com a empresa brasileira Açúcar União, conseguiu o
vice-campeonato paulista.
Além de manter a base da temporada anterior, o clube contratou grandes reforços para o seu elenco, como a levantadora Marcelle, eleita a melhor jogadora em sua posição no Campeonato Mundial de Voleibol, em 2002, e as pontas Patrícia Cocco e Renata.
Durante
a temporada de 2009, associou-se a farmacêutica Blausiegel, repatriando as
jogadoras Mari, Fofão e Sheilla, medalhistas de ouro com a Seleção Brasileira
nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Conquistou o terceiro lugar na
Superliga, sendo superado apenas por Finasa/Osasco e Rexona AdeS.
Na
temporada 2010, a Blausiegel/São Caetano trouxe o técnico Mauro Grasso, que há
12 anos estava no voleibol masculino. A equipe se manteve forte com o trio
Mari, Fofão e Sheilla e recebeu, ainda, a ponteira cubana Regla Bell, tricampeã
olímpica, além das centrais Juciely e Natália, a levantadora Ana Maria, a ponta
Mariana e a oposta Ciça.
Títulos.
Futebol paulista. Campeão do Interior de 1928 e 1941; Nacionais: Liga Nacional
de Voleibol (1991/1992); Estaduais: Copa São Paulo de Vôlei (2009); Troféu
Eficiência (1996, 1997, 1998 e 2002).
Quando
dos festejos do centenário, em 1º de maio de 2014, o São Caetano Esporte Clube
distribuiu um livro que narra fatos marcantes dessa importante instituição.
Um
exemplar da publicação, “Uma História de Campeões”, foi entregue ao prefeito
Paulo Pinheiro, pelo presidente do clube, Franer Natera Gonçalves e por Narciso
Ferrari, primeiro comandante da agremiação após a sede ser alocada no atual
endereço. Ele dirigiu a associação entre 1959 e 1965. O presidente da comissão
municipal de festejos, Wilson Joaquim da Silva (Wilson Caboclo), acompanhou a
visitação.
Time do São Caetano Esporte Clube, nos bons tempos do futebol. (Foto: Revista "Raízes)
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