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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Vanderburgo e a Manicure

Que Vanderlei Luxemburgo é um cara polêmico, ninguém tem dúvida. Já se meteu em várias encrencas. A mais encardida de todas, e talvez a menos conhecida foi a que inspirou o filme “Vanderburgo e a Manicure”, da produtora “Brasileirinhas”.

Tudo aconteceu quando o Palmeiras, então treinado por Luxemburgo, foi jogar em Americana, contra o Rio Branco, em 16 de maio de 1996. O jogo, válido pela segunda fase do “Paulistão”, disputado no Estádio Décio Vitta foi ganho pelo alviverde por 2 X 1.

Naquele ano o Palmeiras foi campeão do torneio com 27 vitórias, dois empates, uma derrota, 102 gols marcados, 19 sofridos e 83 pontos ganhos, o que sem dúvida se constituiu em uma campanha admirável. Mas o que teve mais destaque naquele ano não foi nada disso.

Hospedado no quarto 206 do hotel Vila Rica, em Campinas, Luxemburgo requisitou a presença da manicure Cláudia Cavalcante. Até ai, nada de mais. Não fosse o fato de que o treinador a esperava no quarto enrolado apenas em uma toalha. E que ele a agarrou, beijou e tirou o “negócio” para fora.

Pelo menos foi isso que a moça contou ao delegado de Polícia. Luxemburgo disse em sua defesa que estava vestido com o agasalho do Palmeiras.

A coisa ficou pior para o treinador quando a Justiça aceitou a acusação de Cláudia, de atentado violento ao pudor. Mas o final da história foi favorável a Luxemburgo, que acabou inocentado em novembro de 1997. No ano seguinte, em outubro, a sentença que o absolveu foi confirmada em segunda instância.

O treinador, depois de absolvido disse que ganhou todos os processos contra Cláudia. E contou que estava hospedado no hotel e ela foi fazer suas unhas. E só no dia seguinte, às 11 horas da manhã, é que foi à delegacia.

E argumentou: “Se eu tentei sacanear, fazer alguma coisa, ele teria ido direto na delegacia e não esperar o dia seguinte, né? Ela pegou um advogado e tentou tirar de mim R$ 700 mil”.

O caso ainda rendeu outro capítulo. Luxemburgo não gostou nada que o caso tivesse virado filme. Ainda em 1996, processou a produtora “Brasileirinhas”, responsável pelo filme “Vanderburgo e a Manicure”, uma paródia sobre a acusação. E de quebra deu um sumiço em quase todas as cópias do filme.

São poucas as informações que se tem hoje sobre o filme. O antigo dono da “Brasileirinhas”, Luis Alvarenga não quer falar sobre isso e nem de filme pornô. Até mesmo o processo sofrido pela “Brasileirinhas” é tema pouco conhecido.

As informações sobre o filme são raras, mas existem. O filme foi dirigido por Victor Corrêa e estrelado por Adriana, Andreia, Natiele, Marina, Marcel e Gustavo. A apresentação de atores sem sobrenome é recorrente no mercado de filmes adultos, e muito utilizada no Brasil.

No mundo do futebol não foi só Vanderlei Luxemburgo que se envolveu em escândalos desse tipo.

Em abril de 2008, “Ronaldo Fenômeno” foi acusado pela travesti Andréa Albertino - que morreu de Aids em 2009 - de não ter quitado um programa com ela e outras duas colegas, Carla Camille e Veida Dezaroli.

O ex-corinthiano André Santos, enquanto atuava pelo Fenerbahçe, da Turquia, teria promovido uma maratona sexual num hotel em Istambul. Estariam presentes os brasileiros Fábio Bilica e Vederson, além do turco Kazim Richards.

Em 1987, a suíça Sandra Pfäffl i, de 14 anos, foi a um hotel em Berna em busca de autógrafos dos atletas gremistas. Ela acusou de estupro o atual técnico do Palmeiras, “Cuca” e mais três atletas, que foram presos por 28 dias até voltarem ao Brasil. Cuca pagou 4.000 dólares para a menina e os custos do processo. (Pesquisa: Nilo Dias)



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