Paulo
Roberto de Freitas, mais conhecido como Bebeto de Freitas, morreu hoje, aos 68
anos de idade, depois de sofrer um infarto fulminante, durante a apresentação do time de futebol americano do Atlético Mineiro, onde trabalhava como diretor de Administração e Controle. O evento acontecia na "Cidadedo Galo", em Vespasiano (MG)u
Um helicóptero e duas ambulâncias foram acionadas pelo Atlético para fazer atendimento ao dirigente, mas não chegou a levá-lo para o hospital. Tratava-se de uma das figuras-chave na transformação e identidade tática e técnica que o voleibol brasileiro adquiriu a partir do início dos anos 80, quando passou a dirigir a seleção masculina.
Um helicóptero e duas ambulâncias foram acionadas pelo Atlético para fazer atendimento ao dirigente, mas não chegou a levá-lo para o hospital. Tratava-se de uma das figuras-chave na transformação e identidade tática e técnica que o voleibol brasileiro adquiriu a partir do início dos anos 80, quando passou a dirigir a seleção masculina.
Também
foi jogador e treinador de voleibol e presidiu o Botafogo de Futebol e Regatas,
do Rio de Janeiro entre 2003 e 2008, além de ter sido diretor-executivo do
Clube Atlético Mineiro.
Bebeto
de Freitas era carioca, tendo nascido na cidade do Rio de Janeiro em 16 de
janeiro de 1950. Era sobrinho do saudoso jornalista e treinador de futebol João
Saldanha e primo por parte de mãe do jogador de futebol Heleno de Freitas.
Bebeto
foi um importante jogador de vôlei do Botafogo, tendo sido campeão carioca por
11 vezes consecutivas, de 1965 até 1975. Vestiu a camisa da Seleção Brasileira
durante os Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal.
Depois
de sair das quadras como atleta, tornou-se um dos mais respeitados treinadores de
voleibol do mundo. Começou a nova carreira dirigindo a equipe de voleibol da
Escola Naval, no período de 1981 a 1984.
Ele
foi o responsável pela formação e orientação da consagrada “Geração de Prata”
do voleibol masculino brasileiro nos Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles e
também nos Jogos Olímpicos de 1988 em Seul.
De
1990 a 1995 teve uma passagem de enorme sucesso no voleibol italiano, dirigindo
o time do “Maxicono Parma”, atual “Pallavolo Parma”, quando conquistou nada
menos do que cinco títulos de Campeão Italiano, nas temporadas de 1991-1992 e
1992-1993, Copa Itália 1991-1992 e Copa CEV 1991-1992 e 1994-1995.
Em
razão desse sucesso acabou como treinador da Seleção Italiana em 1997 e 1998, conquistando
os títulos de campeão da “Liga Mundial de Voleibol”, de 1997, em Moscou e do “Mundial
de Voleibol Masculino”, de 1998, enfrentando no jogo final a Iugoslávia, em
Tóquio, com vitória de 3 sets a 0.
Ao
deixar o voleibol, Bebeto de Freitas tornou-se manager do Clube Atlético
Mineiro, entre 1999 e 2001, quando da gestão do então presidente Nélio Brant. Durante estas duas passagens, o clube obteve resultados expressivos. Foi
Campeão Mineiro e Vice-Campeão brasileiro em 1999 e chegou ao quarto lugar no
Campeonato Brasileiro de 2001.
Em
2002 deixou o clube mineiro para trabalhar no Botafogo carioca, de quem era torcedor.
Primeiro, como diretor. Em poucos meses pediu afastamento, pois na condição de
funcionário não poderia se candidatar ao cargo de presidente. E ainda por discordar da gestão do então presidente Mauro Ney Palmeiro.
Ele
foi eleito para um mandato não remunerado inicial de três anos, entre 2003 e
2005, ocasião em que começou um processo de reestruturação do clube. Sua
direção teve como marco importante, a volta do time de futebol à primeira
divisão do Campeonato Brasileiro.
Pelo
Botafogo foi campeão da “Taça Guanabara”, do “Campeonato Carioca”, de 2006, e
da “Taça Rio”, de 2007 e 2008. Além disso, venceu também títulos em diversas
categorias amadoras, tais como polo aquático, basquetebol, voleibol e natação.
Bebeto
teve participação decisiva na luta pela aprovação da “Timemania”, que se
esperava poder solucionar parte das dívidas do clube. Foi em sua
gestão que o alvinegro - a partir da empresa criada por ele, a Cia. Botafogo -
conquistou a concessão do “Estádio Olímpico João Havelange”, em 2007.
Ao
término da “Taça Guanabara”, de 2008, revoltado com a arbitragem, chegou a
pedir licenciamento do cargo de presidente, dizendo que "não aguentava
mais as coisas que aconteciam no futebol".
No
entanto, como sua renúncia foi somente verbal, dias depois voltou atrás e permaneceu à frente do clube até dezembro daquele ano, quando seu
mandato se encerrava, sem possibilidades de reeleição.
Em
2009, a convite de Alexandre Kalil, que desta vez fora eleito presidente do “Galo”, Bebeto de Freitas assumiu o cargo de diretor-executivo
remunerado do clube.
Em
2016, Alexandre Kalil foi eleito prefeito de Belo Horizonte, e Bebeto convidado
a ser o “Secretário Municipal de Esportes e Lazer”. No comando da pasta, criou
o programa "A Savassi é da gente", com eventos que fechavam a Praça
Diogo de Vasconcelos aos carros, e abria para atividades esportivas de lazer e
convivência aos domingos.
Comandou
a pasta de 1 de janeiro de 2017 a 6 de janeiro de 2018, quando voltou ao
Atlético Mineiro, a convite do presidente Sérgio Sette Câmara, para assumir o
recém criado cargo de Diretor de Administração e Controle.
Outros
jogadores também lamentaram a morte de Bebeto nas redes sociais, como Giba e
Nalbert. A Confederação Brasileira de Vôlei, em nota, lamentou a morte do
desportista. O Comitê Olímpico do Brasil falou do profundo pesar pelo
falecimento dele. (Pesquisa: Nilo Dias)
Atual
treinador da seleção masculina de voleibol, Renan Dal Zotto demonstrou toda a
sua tristeza com o falecimento do amigo, com quem jogou, foi treinador e
trabalhou lado a lado. Disse que é um momento bastante triste para todos nós do
voleibol.
Renan teve a oportunidade de jogar na década de 70 com ele, de ser treinado por ele na geração de prata e trabalharam juntos anos depois. "Bebeto teve uma história muito grande no esporte, foi um grande amigo. É uma notícia difícil de acreditar. Ele está dentro dos nossos corações", disse o técnico em entrevista ao programa “Seleção Sportv”.
Renan teve a oportunidade de jogar na década de 70 com ele, de ser treinado por ele na geração de prata e trabalharam juntos anos depois. "Bebeto teve uma história muito grande no esporte, foi um grande amigo. É uma notícia difícil de acreditar. Ele está dentro dos nossos corações", disse o técnico em entrevista ao programa “Seleção Sportv”.
Bernardinho,
ex-técnico vitorioso da Seleção Brasileira disse que o voleibol é o que é hoje
porque teve precursores como Bebeto. Lembrou que aos 15 anos de idade começou a
conviver com ele. Na primeira seleção carioca que Bebeto dirigiu, Bernardinho era
o capitão do time.
Já
o ex-atleta Zé Roberto disse: “Vai ficar uma grande saudade, uma saudade de
alguém que marcou a vida de vários jogadores, treinadores. O mundo inteiro vai
sentir falta”.
Os
jornais italianos repercutiram a morte de Bebeto: “O mundo do vôlei chora a
morte de Bebeto”, destacou o “Corriere dello sport”.
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