Morreu
hoje na Santa Casa de Santos, onde estava internado, o ex-jogador de futebol Alexandre
de Gusmão Bueno, também conhecido por “Alexandre Jacaré” e “Alexandre Tubarão”
(porque tinha a boca grande), que jogou no Santos, Botafogo, de Ribeirão Preto
(SP) e Grêmio Porto Alegrense, entre outros.
Tinha
67 anos e a causa da morte foi falência múltipla de órgãos, ocasionada por
cirrose hepática. Nos últimos anos ele vinha sofrendo com problemas causados
pela hepatite, doença comum entre os jogadores de sua geração.
O
sepultamento aconteceu às 15h30, de hoje, no Cemitério de Praia Grande, cidade
paulista onde residia.
Nascido
em 17 de dezembro de 1951. Tratava-se de um grande jogador, meia esquerda armador refinado, dava gosto vê-lo jogar.
Começou
a carreira de futebolista nas categorias de base do Santos, mas sem grandes
oportunidades foi jogar no Botafogo, de Ribeirão Preto, em 1971. Dois anos
depois foi para o Guarani, de Campinas, ajudando o time em suas primeiras
participações no “Campeonato Brasileiro”.
O
futebol refinado e o jeito irreverente marcaram época no “Brinco de Ouro” nos
anos que antecederam o elenco campeão brasileiro de 1978.
No
biênio 75 e 76, atuou no Grêmio, de Porto Alegre, onde viveu o melhor momento da
carreira, embora fosse em uma época que o rival Internacional era hexacampeão
gaúcho e posteriormente tricampeão brasileiro (75, 76 e 79). Nos dois anos que
defendeu a equipe do Olímpico foi vice-campeão estadual e o ”Colorado” comemorou
o octacampeonato.
Depois
disso foi para a Portuguesa de Desportos, onde jogou entre 77 e 78, e no Goiás,
em 78 e 79. No ano seguinte foi contratado pelo São Paulo e como reserva de
Aílton Lira. Participou da campanha do título paulista daquele ano, na chamada
"Máquina Tricolor".
A
partir daí começou a rodar por vários clubes do país, virando um andarilho do futebol.
Jogou no Atlético Goianiense, Comercial, de Campo Grande, CRB, São José, XV de
Jaú, Juventus, Inter de Limeira, Portuguesa Santista, Londrina, Brasília,
Ceará, novamente no Botafogo, de Ribeirão, e na Saltense, equipe extinta de São
Paulo, onde encerrou a carreira em 1986.
Jogou
em 23 clubes e acumulou muitas histórias, inclusive, de supostos
"bons" treinadores. Foi um jogador irreverente, mas um craque. Sua especialidade era colocar a bola
por entre as pernas, popularmente chamada de "no meio das canetas".
Após
o encerramento de sua carreira, Alexandre Bueno fixou residência na Praia
Grande e continuou ligado ao futebol. Foi um empresário de atletas de sucesso
fazendo muitos negócios com o México.
Segundo
ele próprio, foi o pioneiro ao empresariar jogadores de futebol no litoral
paulista. Entre 2010 e 2013, viajou por mais de 20 países.
Em
nota oficial, o Guarani, onde Alexandre Bueno ganhou destaque entre 1973 e
1975, se solidarizou com familiares e amigos:
"Com
profundo pesar, o Guarani Futebol Clube informa e lamenta o falecimento do
ex-meia Alexandre Bueno nesta segunda-feira (06). Alexandre vestiu a camisa do
Bugre de 1973 a 1975. O Guarani, por meio de seu Conselho de Administração,
externa os sentimentos à família e aos amigos. Descanse em Paz". (Pesquisa: Nilo Dias)
Em 1975 e 1976, Alexandre Bueno atuou no Grêmio, de Porto Alegre.
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