O
diferencial do Lamadrid para qualquer outro clube, é que o seu estádio divide
muro com um presídio, o que proporcionou uma relação curiosa com os presos, que
através das janelas têm com o futebol seu único contato com o mundo exterior.
Por
essa razão o time é conhecido por “Carceleros” (“carcereiros”, em
português). O presídio já existia quando
o Lamadrid foi fundado em 11 de maio de 1950, 27 anos depois.
Em dias de jogos, as bandeiras azuis, cor do clube, são estendidas não só nas arquibancadas modestas do “Estádio Enrique Sexta”, de 3.500 lugares, inaugurado em 1950, mas também nas janelas das celas.
O clube de Vila Devoto, bairro humilde de Buenos Aires, tem uma história que nenhum outro clube do mundo tem. E que até virou tema de um livro do jornalista Marcelo Izquierdo, “Carceleros – Lamadrid, el club y la prisión”, ainda sem título em português. O livro é vendido por 378 pesos (cerca de R$ 150) no Mercado Livre.
O prédio da prisão se localiza a cerca de 50 metros do campo, próximo o suficiente para uma visão privilegiada. Por ano, cerca de 60 bolas são perdidas ao cair além do muro. “Quando vai uma nova, às vezes volta uma velha”, ironiza o jornalista, em entrevista ao jornal Mundo Deportivo, da Espanha.
Em dias de jogos, as bandeiras azuis, cor do clube, são estendidas não só nas arquibancadas modestas do “Estádio Enrique Sexta”, de 3.500 lugares, inaugurado em 1950, mas também nas janelas das celas.
O clube de Vila Devoto, bairro humilde de Buenos Aires, tem uma história que nenhum outro clube do mundo tem. E que até virou tema de um livro do jornalista Marcelo Izquierdo, “Carceleros – Lamadrid, el club y la prisión”, ainda sem título em português. O livro é vendido por 378 pesos (cerca de R$ 150) no Mercado Livre.
O prédio da prisão se localiza a cerca de 50 metros do campo, próximo o suficiente para uma visão privilegiada. Por ano, cerca de 60 bolas são perdidas ao cair além do muro. “Quando vai uma nova, às vezes volta uma velha”, ironiza o jornalista, em entrevista ao jornal Mundo Deportivo, da Espanha.
O
autor é natural do bairro onde fãs e presos se unem numa mesma torcida. “Este
livro é uma homenagem aos clubes de bairro da Argentina, simbolizados pelo
Lamadrid”, disse Marcelo Izquierdo.
As
conquistas do clube são poucas: o título da “Primera D”, de 1971, os acessos à
“Primera C”, em 1983 e 1995, um acesso à “Primera B”, em 1998 e o título da
“Primera División C”, na temporada 2010-2011. A maior goleada aplicada foi um 9
X 1 sobre o Defensores, de Cambaceres, em 1998
Como
é comum na Argentina, onde a cultura do futebol de bairro é valorizada, o
Lamadrid se tornou motivo de orgulho não só para os moradores vizinhos do
estádio, mas também para os presos. Algumas das histórias resgatadas pelo livro
são maravilhosas. Como a de “Mário Oriente”.
Torcedor
do Boca Juniors, “El Loco Mario” foi preso e encaminhado a Villa Devoto. Com o
tempo, apaixonou-se pelo Lamadrid. Ao ser solto, ele se mudou para o bairro,
virou diretor do clube e criou o hino oficial dos “Carceleros”. Num modo
peculiar, o futebol ajudou em sua ressocialização. (Pesquisa: Nilo Dias)
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