A
semana não foi nada boa para o futebol brasileiro. No domingo morreu o ex-
goleiro Waldir Peres e ontem, quarta-feira, foi a vez do também ex-goleiro Maxlei
dos Santos Luzia, o “Max”, de 42 anos, que se tornou conhecido quando jogava
pelo Botafogo, do Rio de Janeiro, entre 2002 e 2008.
Ele
estava internado há 20 dias no Hospital da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro,
depois de sofrer danos irreversíveis, decorrentes de um acidente de carro,
quando de uma tentativa de assalto em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense,
onde morava.
Max
estava com a esposa, Marilda, quando o carro que dirigia foi atingido por outro
automóvel, de onde saíram quatro bandidos armados. O goleiro também
se feriu na mão, mas ele e a mulher voltaram para casa sem maiores ferimentos.
Marilda
relatou ao jornal "O Dia" que, cerca de duas semanas depois, seu esposo começou a sentir fortes dores de cabeça. Após exames, ele foi
finalmente internado no dia 26, mas seu estado piorou.
Max
foi submetido a testes neurológicos, ontem, quarta-feira e, assim como na
terça-feira, não respondeu aos estímulos. Os exames apontaram uma possível
doença autoimune, que dificultou o tratamento. Além da esposa Marilda, deixou
um filho de 12 anos de idade.
Nascido
em 27 de fevereiro de 1975, Max começou a carreira na Portuguesa Carioca. No
time da Ilha, faturou seu primeiro título profissional logo aos 21 anos: o da
Segunda Divisão do Campeonato Carioca.
Ficou
na “Lusa” até 1999, quando transferiu-se para o Bangu. Lá, ficou pouco tempo
antes de voltar à Portuguesa e passar discretamente pelo Friburguense. Pelo América,
em 2001, viveu momentos mais destacados e acabou chamando a atenção do
Botafogo, que o contratou.
Inicialmente
reserva de Carlos Germano no time de General Severiano, Max foi alçado à
titular no difícil ano de 2003, quando o “Glorioso” jogou a Série B do
Campeonato Brasileiro pela primeira vez. No entanto, ele se firmou e acabou
levando o time ao acesso.
No
Botafogo, conquistou a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca de 2006, além de
uma Taça Rio no ano seguinte. Em 2008, finalmente deixou o “Fogão” e passou a
rodar por clubes como Vila Nova (GO), onde foi pego no exame anti-dopping num
jogo conta a Anapolina, por usar um remédio para dor de cabeça.
Depois
foi para o Itumbiara (GO), Joinville (SC), onde foi campeão da Série C, em 2011,
Boa Esporte (MG), Gama (DF) e Barra da Tijuca, do Rio Janeiro, seu último clube
profissional.
Em
2014, ao lado de outros veteranos, ele foi titular na boa campanha do “Tricolor
da Zona Oeste”, na Série B do “Campeonato Carioca”, perdendo por pouco o acesso
inédito à elite. Depois da “Segundona”, Max se aposentou definitivamente do
futebol.
Em
nota oficial, o Botafogo lamentou a morte de seu ex-atleta, ao mesmo tempo em que
confirmou a homenagem que foi prestada a ele, no jogo de ontem a noite contra o
Atlético Mineiro, pela Copa do Brasil, no “Engenhão”, com um minuto de silêncio.
O
Vila Nova também expediu nota em seu site dizendo “que é com muita tristeza que
hoje nos despedimos de Max, atleta que honrou como poucos o manto colorado.
Nossos sinceros sentimentos a toda família, amigos e fãs do goleiro. Vá em paz,
guerreiro! “. Já a Portuguesa Carioca
decretou luto oficial por três dias.
Títulos
conquistados. Botafogo: Campeão da Taça Guanabara (2006); Campeão Carioca
(2006); Taça Rio (2007). Joinville: Campeão da Copa Santa Catarina (2011);
Campeão da Série C do Brasileirão (2011) e Boa Esporte, Campeão da Taça Minas Gerais (2012).
Outra notícia triste no futebol: João Pedro da Silva Rocha, gaúcho de 21 anos, morreu na tarde de terça-feira, em um treino do Sport Clube Campo Mourão, da cidade de igual nome na região Centro-Oeste do Estado, que disputará a Terceira Divisão do Campeonato Paranaense.
Outra notícia triste no futebol: João Pedro da Silva Rocha, gaúcho de 21 anos, morreu na tarde de terça-feira, em um treino do Sport Clube Campo Mourão, da cidade de igual nome na região Centro-Oeste do Estado, que disputará a Terceira Divisão do Campeonato Paranaense.
O
jovem participava de uma avaliação junto com outros 35 atletas, quando
sentiu-se mal, caiu no gramado e morreu de um ataque cardíaco fulminante.
Segundo
o presidente do clube, Luiz Carlos Khel, o atleta de Porto Alegre ficou no
terceiro time já que havia participado de uma peneira em Belo Horizonte e, ao
entrar no gramado, “deu um passe na bola, reclamou que não estava se sentindo
bem e caiu”.
Imediatamente,
Khel entrou em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e
o médico de plantão orientou os profissionais do clube a colocar o rapaz
deitado de lado e aguardar a chegada da equipe de saúde.
Segundo
o dirigente, a ambulância do SAMU chegou ao local em aproximadamente oito
minutos, já que passava pela região no momento da fatalidade. “Cumprimos as
orientações do médico, mas, infelizmente, o rapaz teve um ataque fulminante e
morreu na hora. Lamentamos muito o fato e prestamos todo o apoio a família”,
revelou Khel.
João
Pedro da Silva Rocha teve passagens pela base de Inter e Grêmio em Porto
Alegre. O corpo do jovem chegou na manhã desta quinta-feira a Capital do Rio
Grande do Sul, onde foi sepultado. (Pesquisa: Nilo Dias)
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