Na
época, o XV era presidido pelo lendário Romeu Italo Ripoli, que graças as suas
polêmicas com a Federação Paulista de Futebol, manteve o time sempre em
destaque na imprensa, até o seu falecimento em 1983.
Perfórmances
tão dignificantes, não poderiam mesmo durar muito tempo, ainda mais para um
clube interiorano, onde as dificuldades de se manter são sempre maiores. O XV
ainda conseguiu permanecer por mais três anos na “Divisão Principal” do futebol
paulista, mas não conseguiu evitar um novo rebaixamento.
Em
1983 o retorno ao grupo dos grandes, após levantar o título máximo da
“Segundona”. Depois de se manter na elite por vários anos, o XV conseguiu em 1990
classificar-se para a Copa do Brasil do ano seguinte, quando foi eliminado pela
S.E.R. Caxias, de Caxias do Sul (RS), ainda na fase inicial da competição Mas
cinco anos depois, o clube conheceu a maior conquista da sua história
centenária, sagrando-se “Campeão Brasileiro da Série C”.
O
XV de Novembro ainda permaneceu na “Divisão Principal Paulista” até o final dos
anos 90, passando pelas várias reformulações nas denominações das competições,
até cair novamente para a Série A2 e em seguida para a Série A3.
Nas
décadas de 90 e de 2000, o time piracicabano viveu uma crise que parecia
interminável, fruto de parcerias desastrosas e de erros de administração de
seus dirigentes, que levou o time a série A3 e durante um bom tempo fez do XV
um sinônimo de derrotas e fracassos, sendo citado de maneira desrespeitosa
pelos cronistas da época.
Em
2007 quase voltou a Série A2, depois de chegar a segunda fase do certame. Em
2008, não passou da primeira fase. Porém, o ano não foi de todo ruim para o
time piracicabano, pois, no segundo semestre chegou à final da “Copa Paulista”,
perdendo tão somente para o Atlético de Sorocaba, em pleno Estádio Barão de
Serra Negra, em Piracicaba, por 3 X 2.
Em
2009, esteve outra vez na fase semifinal, mas não conseguiu o acesso. Mesmo
estando nas divisões inferiores do futebol paulista, a média de públicos nos
jogos em Piracicaba era grande. Havia jogos em que o público era de 10 mil
espectadores, como no jogo entre XV e Olímpia pela terceira fase da A3 de 2007.
Depois
de muita insistência, conseguiu o acesso a Série A2 em 2010. Em 2011, depois de
excelente campanha, finalmente o clube conseguiu, 16 anos depois, retornar à “Primeira
Divisão”.
Em
2012, o XV quase acabou voltando a Série A2 do “Paulistão”. Permaneceu mais da
metade do campeonato na zona de rebaixamento, só conseguindo se manter na
“Primeira Divisão” na última rodada, depois de em sofrido empate de 2 X 2 com o
Mogi Mirim, no campo adversário. Em 2012 ainda disputou a “Copa Paulista de
Futebol”, sendo eliminado nas quartas de final.
Em
2013 se manteve na “elite” e prepara uma equipe forte para 2014. O clube
negocia com Marcelinho Paraíba e pretende trazer de volta o seu ex-jogador,
Danilo Sacramento, entre outras possíveis ontratações.
Títulos.
Nacionais: Campeonato Brasileiro - Série C (1995); Estaduais: Campeonato
Paulista do Interior (1931, 1932, 1947 e 1948); Campeonato Paulista - Série A2
(1947, 1948, 1967, 1983 e 2011); Torneio Início (1949). Outras conquistas: Copa
Piracicaba (2010); Taça dos Invictos (1967). Basquete: Campeonato Paulista (1957
e 1960); Campeonato Paulista Feminino (1962, 1964 e 1966); Campeonato Paulista
do Interior (1955, 1957, 1958, 1959, 1960 e 1974); Torneio Novo Milênio de Basquete
(2011).
Jogadores
cedidos para a Seleção Brasileira: Doriva, em três oportunidades, nos jogos Brasil
4 X 2 Valencia (Espanha), jogo amistoso, disputado em 27 de abril de 1995; Brasil 2 X 1 Israel, jogo
amistoso, realizado em 17 de maio de 1995 e Brasil 3 x 0 Japão, pela “Copa
Umbro”, disputado em 6 de junho de 1995.
Nardela
foi convocado para a Seleção Brasileira de base no “Torneio de Cannes”, na
França, no ano de 1976, e para o “Mundial Sub-20”, realizado na Tunísia no ano
de 1977.
O
estádio em que o XV manda seus jogos é o “Barão de Serra Negra”, em Piracicaba.
Fica na Rua Silva Jardim, próximo à Rua XV de Novembro. O estádio tem
capacidade para 26.500 pessoas, mas por questões de segurança, a CBF só libera
19 mil lugares. O jogo de inauguração do “Barão”, como é popularmente
conhecido, foi contra o Palmeiras e terminou empatado em 0 X 0.
No
dia 16 de agosto deste ano, esteve em visita ao “Estádio Barão de Serra Negra”,
o ex-jogador Antônio dos Santos, o “Cardeal”, que foi convidado pela “Comissão
de Arquivo e Memória “, do XV de Piracicaba para dar o pontapé inicial da
partida entre XV de Piracicaba X
Comercial, de Ribeirão Preto. “Cardeal” foi ponta direita do XV de
Piracicaba nas décadas de 30 e 40, sendo um dos grandes destaques das
conquistas de 1947 e 1948.
O
governador Geraldo Alckmin (PSDB) participou da comemoração do centenário do
clube, realizada dia 25 de outubro. Na Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo, em sessão que homenageou o clube piracicabano, ele vestiu a camisa
alvinegra personalizada com o seu nome, entregue pelo deputado estadual Roberto
Morais (PPS), membro do comitê especial da presidência.
O
XV de Novembro ganhou um presente especial na data de seu aniversário. Foi
lançado na ocasião, “O livro oficial do Centenário”, em solenidade realizada no
“Centro Cultural Martha Watts, em Piracicaba. O livro é resultado de uma
parceria entre o clube, a empresa “B2 Comunicação” e a “Universidade Metodista
de Piracicaba” (Unimep). O livro custa R$ 150,00 para não sócios e R$ 100,00
para associados”.
No
dia 24 de agosto o jornalista Edson Rontani Júnior lançou o livro “Nhô Quim — A
História que Eu Conheço”, que relata as aventuras vividas pela mascote do XV de
Piracicaba, em mais de quatro décadas. A obra reúne parte do acervo pessoal de
seu pai, Edson Rontani, criador do símbolo que conquistou a torcida alvinegra.
Publicado
pela “Editora Riopedrense”, o livro conta desde a criação do caipira magro, em
1948, quando o clube disputava a primeira “Lei do Acesso” que lhe deu a chance
de subir para a “Divisão Principal” do futebol paulista, até as confusões
históricas referentes a outros personagens que seguiam as mesmas
características do “Nhô Quim”.
Em
formato gibi, a publicação dá ênfase à criação do pai do autor, Edson
Rontani,que aos 15 anos passou a expor desenhos de um caipira representando o
XV nas vitrines do “Chalet Paulista”, da família Raya, além de loja de
materiais esportivos e loterias, localizadas na rua São José, ao lado da praça
José Bonifácio. Ao longo de 48 anos, Rontani desenhou o mascote nas principais
mídias, incluindo o “Jornal de Piracicaba”.
Em
“Nhô Quim — A História que Eu Conheço”, o jornalista comenta também sobre a
polêmica do personagem “Nhô Quim”, já que na época existiu outro com o mesmo
nome e características. Diz na obra que em 27 anos de convivência com o pai,
sempre soube que a ideia foi dele.
De
acordo com Rontani Júnior, o outro personagem ganhou notoriedade por conta de
uma publicação da “Gazeta Esportiva”, em 1949, feita pelo cartunista Nino
Borges. E garante que seu pai nunca se preocupou com isso.
O
livro cita, inclusive, Cícero Correa dos Santos, fotógrafo da mídia local, que
se vestia de “Nhô Quim” em 1967, além de uma galeria com charges do caipira
magro enfrentando times consagrados representados por mascotes como o “Peixe”,
do Santos; o “Mosqueteiro”, do Corinthians e o “Papagaio”, do Palmeiras.
Mesmo
após a morte de Edson Rontani, em 1997, e a lacuna nas charges esportivas
durante este tempo, o “Nhô Quim” ainda hoje é reverenciado pelos torcedores
piracicabanos. Este ano, o personagem também foi escolhido para compor o
símbolo do “Carnaval de Piracicaba”, além de estampar a divulgação da “Banda da
Sapucaia”.
O
livro “Nhô Quim — A História que Eu Conheço”, foi distribuído gratuitamente nas exposições
paralelas do “40ºSalão Internacional de Humor de Piracicaba”, realizado em
agosto deste ano.
No
dia 8 de novembro, às 19h30min, também no “Centro Cultural Martha Watts”, foi
lançado o livro biográfico do primeiro presidente do clube, capitão Carlos
Wingeter. Foram editados apenas 100 exemplares, que foram todos vendidos ao
preço de R$ 10,00. Representantes da família Wingeter estiveram presentes ao
evento.
Edson Rontani Júnior, filho do criador do "Nho Quim", conta em livro a história da mascote do XV..
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