Chrestinah
Thembi Kgatlana, 22 anos, 1,54m de altura, nascida em Mohlakeng, uma pequena
cidade no Oeste de Johanesburgo, África do Sul, é a nova “Rainha da África”.
Ela
foi escolhida como melhor jogadora do continente, desbancando as nigerianas
Francisca Ordega e Asisat Oshoala, que já havia vencido o prêmio três vezes.
Ela se tornou a segunda sul-africana a vencer o título concedido pela Federação
Africana de Futebol.
Mais
que isso, ela venceu a disputa de melhor gol africano de 2018, entre homens e
mulheres. O gol da atacante contra a Nigéria, durante a fase de grupos da “Copa
Africana das Nações”, foi escolhido o mais bonito da temporada por voto
popular.
E
não para por aí. No ano passado, ela foi a melhor jogadora da “Cyprus Cup”. Na “Copa
Africana das Nações”, embora a África do Sul tenha ficado com o
vice-campeonato, ao ser derrotada nos pênaltis pela Nigéria, ela anotou gol em
todos os jogos e foi não apenas a artilheira do torneio, como a melhor
jogadora.
O
resultado garantiu pela primeira vez a participação da África do Sul na Copa do
Mundo, que divide o grupo com China, Espanha e Alemanha.
A
premiação anual da Confederação Africana de Futebol chegou em sua 27ª edição. O
“Rei” e a “Rainha” do futebol africano foram premiados em uma cerimônia que
pela primeira vez em aconteceu em Dakar, capital do Senegal.
Embora
o prêmio para “Melhor Jogador Africano” exista desde 1992, para as mulheres ele
passou a existir apenas em 2001, sendo que as edições de 2009 e 2013 não
houveram premiadas.
A
primeira vencedora da história foi Mercy Akide, da Nigéria, que esteve na
seleção nigeriana nas Olimpíadas de 2000 e 2004. A meio-campista foi nomeada pela
FIFA em 2005 como uma das 15 embaixadoras do futebol feminino no mundo.
Os
pais de Chrestinah Thembi Kgatlana e dois irmãos continuam morando na África do
Sul, enquanto ela seguiu seus sonhos e trocou o diploma de Turismo para jogar
na maior liga de futebol feminino do mundo.
Aos
8 anos de idade, a sul-africana se interessou pelo futebol em uma conversa na
escola. Nada diferente de outras garotas, ela foi “permitida” a jogar com os
meninos. De uma forma difícil, ela jogava em um campo na beira da estrada.
Vinda
de família e lugar humilde, Thembi Kgatlana conta que atualmente, consegue
ajudar os pais e irmãos com o dinheiro do futebol, mas também acredita que uma
das grandes dificuldades da modalidade é conseguir patrocínios.
Em
2016, ela esteve no Brasil para a disputa da “Rio-2016”, quando a África do Sul
conseguiu um empate com a seleção brasileira na Arena da Amazônia, sem Marta.
Atacante
do Liverpool terminou 2018 com 40 gols e 15 assistências. Hoje, a estrela da
seleção da África do Sul defende o “Houston Dash” na liga norte-americana de
futebol.
O
fato da jogadora atuar na maior liga de futebol do mundo não a faz esquecer
suas origens. Toda vez que vai visitar os pais em sua terra natal, faz questão
de jogar futebol no campo onde começou, mesmo que não seja o lugar ideal. E
toda vez que chega, ela leva uma bola extra para deixar com seus colegas de
infância.
Sua
maior inspiração no futebol é Mpumi Nyandeni, meio-campista da seleção de 31
anos. Alguém que ela sempre via jogar, hoje é, além de companheira de equipe,
uma grande amiga.
Dividindo-se
entre a seleção sul-africana e o time americano, ela realmente acredita poder
contribuir com as “Banyanas” com experiências trazidas dos Estados Unidos.
Jovem
e cheia de ambições, a melhor jogadora do continente africano afirma que um dos
seus maiores desejos é jogar a “UEFA Women’s Champions League” e balançar as
redes na “Copa do Mundo”. (Pesquisa:
Nilo Dias)
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