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segunda-feira, 29 de julho de 2013

O diabo boliviano

Marco Antônio Etcheverry Vargas, ou simplesmente Etcheverry, nasceu em 26 de setembro de 1970 na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra. Começou a carreira jogando no Destroyers (Bolívia), onde ficou entre 1986 e 1989. O primeiro título conquistado em sua carreira foi pelo Bolivar, em 1991, quando foi campeão boliviano.

Atualmente Etcheverry é treinador. Ele ganhou destaque internacional nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, quando teve uma atuação destacada diante da Seleção Brasileira, naquela que foi a primeira derrota do onze “canarinho” em eliminatórias.

Foi ele o autor do gol, um frango de Tafarel, a dois minutos do fim, que abriu caminho para colocar a seleção boliviana na Copa dos Estados Unidos. A Bolívia venceu o Brasil por 2 X 0. O jogador garante que em 1993 viveu o melhor momento de sua carreira. Em 14 de novembro daquele ano se lesionou e passou por momentos difíceis.

Foi no jogo contra o Brasil que Eccheverry ganhou o apelido de "El Diablo". O jogador diz que isso não é algo que lhe agrada, mas se o reconhecem dessa forma, nada pode fazer. De qualquer jeito vê o apelido como algo carinhoso.

De herói das eliminatórias, virou vilão boliviano da Copa de 1994, disputada nos EUA: visivelmente fora de forma, jogou apenas quatro minutos contra a Alemanha, pois foi logo expulso depois de cometer jogada violenta no astro alemão Lothar Matthäus. A Bolívia foi eliminada na primeira fase da competição, com duas derrotas e um empate em três jogos disputados.

No entanto o craque afirma que sua expulsão foi uma decisão localista do árbitro, que claramente quis favorecer a Alemanha. Foi assim durante toda a partida. Etcheverry  disse que não tinha condições de jogar aquela Copa, pois vinha de uma grave lesão, e a convocação foi um prêmio pela sua performance nas Eliminatórias. Acabou entrando em campo com gana e força de vontade demais.

No ano de 2006 encerrou sua carreira, aos 35 anos de idade, em um jogo festivo em Santa Cruz de la Sierra, onde reuniu os jogadores da seleção que derrotou o Brasil nas eliminatórias de 1993, mais algumas estrelas do futebol latino como José Luís Chilavert, Carlos Valderrama, Alex Aguinaga, Fernando Gamboa entre outros.

Com 109 gols na carreira e passagem por 10 clubes diferentes, assim como os jogadores Higuita (Colombia), Del Solar (Perú) e Hugo Sanchez (México), escreveu seu nome na história defendendo a seleção de seu país.  A 12 de abril foi condecorado como "Cidadão Meritório" pela Câmara dos Deputados boliviana. Em 2008, fez sua estréia como técnico, primeiro na Sociedad Deportiva Aucas, do Equador e depois na equipe boliviana do Oriente Petrolero.

Como jogador Etcheverry defendeu os seguintes clubes: Destroyers, da Bolívia (1986-1989); Bolívar, da Bolívia (1990-1991 e 2004); Albacete, da Espanha (1992 e 1993); Colo-Colo, do Chile (1994); América de Cáli, Colômbia (1995); DC United, dos Estados Unidos (1996 a 2003); Barcelona, do Equador (1997 a 1999); Emelec, do Equador (1998) e Oriente Petrolero,da Bolívia (2001). Como treinador: Oriente Petrolero, da Bolívia (2008).

Pela seleção boliviana disputou 71 jogos, tendo marcado 13 gols, mesmo atuando como meio campo, e participado de uma Copa do Mundo. Em 2010 participou da Comissão Técnica da Seleção Sub-15 da Bolívia, que participou dos Jogos Olímpicos da Juventude, realizados em Cingapura. O técnico era Douglas Cuenca.

Títulos conquistados como jogador: Campeão boliviano pelo Bolívar (1991); Copa Chile, pelo Colo-Colo (1994); Campeão equatoriano pelo Barcelona (1997); Campeão boliviano pelo Oriente Petrolero (2001); Copa Interamericana pelo DC United dos Estados Unidos (1998); Copa dos Campeões da Concacaf pelo DC United dos Estados Unidos (1998); MLS Cup(1996, 1997, 1999 e 2004); MLS Supporters' Shield (1997 e 1999) e US Open Cup (1996), todas essas conquistas pelo DC United.

No clube norteamericano Etcheverry jogou 191 partidas, marcou 34 gols, registrou 101 assistências. Os números de jogos e assistências são recordes ainda não batidos na equipe. Em 2005, Etcheverry foi eleito por jornalistas e dirigentes um dos melhores jogadores da história da MLS, a liga de futebol dos EUA. Em outubro de 2007, Etcheverry foi homenageado pelo DC United em uma partida comemorativa dos 10 anos do título de 1997.

Como todo o jogador que se preza, Etcheverry garante que se espelhou em sua carreira profissional em dois grandes jogadores: Zico, o astro do Flamengo e Maradona, o craque argentino. Disse ainda que sempre gostou do Flamengo e lamenta não ter jogado pelo clube carioca. (Pesquisa: Nilo Dias)


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