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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Um estádio no meio do nada

No meio do deserto egípcio ergue-se o décimo maior estádio de futebol do planeta. Um recinto imponente, a meio caminho entre Alexandria e o Cairo que representa a evolução desportiva do Egito, um país onde o futebol é uma questão de vida ou morte.

O Estádio multi-uso de “Borg Al Arab”, situado em Alexandria, foi inaugurado em 2006, e tem capacidade para 80 mil expectadores. É o segundo maior estádio da África, atrás apenas do “Soccer City”, de Johannesburgo. Se encontra na autopista do deserto que une Alexandria ao Cairo, a 10 quilômetros do Aeroporto de "Borg el Arab" e a 15 do centro de Alexandria.

Conta com uma pista de atletismo em volta do campo de jogo. O estádio foi desenhado e construído pelo Corpo de Engenheiros das Forças Armadas do Egito. Foi projetado para a candidatura fracassada do país a Copa do Mundo de 2010. Junto com o Estádio Internacional do Cairo, é agora sede de jogos da Seleção Egípcia de Futebol e o principal estádio do Norte da África e Oriente Médio.

O Estádio de “Borg Al-Arab” está para o futebol egípcio como as pirâmides de “Keops”, “Kefren e “Mikerynios” estão para o reinado dos faraós. É gigantesco, é distinto de tudo o que se pode encontrar no continente africano. E está no meio do nada.

A obra durou um ano e meio. Quando o “Berg Al Arab” ficou pronto, já se sabia que o Mundial seria na África do Sul e o estádio sede, o “Soccer City”, iria ultrapassá-lo em capacidade de público. Foi um duro golpe para as autoridades egípcias. Para piorar, os primeiros jogos realizados no gigantesco estádio, provaram que seria impossível que alcançasse sua lotação.

O fato de estar longe de qualquer zona urbana densamente habitada, fez com que nenhum clube se interessasse em jogar lá. Desde então tem recebido alguns jogos da Seleção, que ainda assim prefere jogar no Cairo, onde tem mais apoio da torcida.

Também foi palco da “Taça do Egíto” e do “Mundial Sub-20”, muito pouco para aquele que é o 10º maior estádio do mundo em dimensão e um dos projetos mais ousados da arquitetura desportiva na África. (Pesquisa: Nilo Dias)