Boa parte de um vasto material recolhido em muitos anos de pesquisas está disponível nesta página para todos os que se interessam em conhecer o futebol e outros esportes a fundo.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Rio Branco, de Santa Vitória do Palmar, um clube centenário

São muitos os times centenários existentes no Rio Grande do Sul. E nasceram de todas as formas imagináveis. Por iniciativa de estudantes que voltavam do exterior, caso do S.C. Rio Grande, o clube mais velho do Brasil em atividade. Ou por influência estrangeira, nas fronteiras com Argentina e Uruguai, caso do E.C. 14 de Julho, de Santana do Livramento.

E o surgimento de outros clubes por todas as regiões do Estado foi consequência natural de um intercâmbio constante entres os clubes mais antigos, que visitavam outras cidades onde ainda não existia o futebol. Foi assim que surgiu o Grêmio Portoalegrense, depois de uma visita do S.C. Rio Grande a capital.

Em Santa Vitória do Palmar, na fronteira com o Uruguai, o futebol chegou no dia 12 de janeiro de 1912, graças a iniciativa de um grupo de jovens oriundos da cidade de Castillos, no vizinho país, que depois de se juntarem a outros desportistas locais fundaram o E.C. Rio Branco. Eles chegaram a Santa Vitória do Palmar dois anos antes, em 1910, para tomarem posse de uma fazenda recebida por herança.

O líder do grupo era Mário Correa, escolhido para administrar a propriedade e que depois se tornaria o primeiro presidente do clube. O nome foi escolhido em razão de ser o Barão do Rio Branco, na época, Ministro das Relações Exteriores do Brasil e a pessoa mais importante nas relações com o Uruguai.

Conta a história que o Barão liderou um movimento para que parte da Lagoa Mirim e do Rio Jaguarão, que pertenciam ao Brasil, fosse cedida ao vizinho país através do “Tratado de Petrópolis”, em 1910.

O clube, que foi fundado por uma maioria de cidadãos uruguaios que vieram residir no Brasil, recebeu o verde e amarelo como suas cores oficiais, em homenagem ao país que os estava abrigando.

Nos seus primeiros anos de vida, o Rio Branco enfrentou muitas dificuldades. Em 1916 a sua sede foi destruída durante um incêndio, sendo perdidos documentos históricos como as atas, inclusive a de fundação.

Com o passar dos anos e a fundação de outros clubes esportivos na cidade, continuou o Rio Branco a ser o preferido dos uruguaios, que preferiam vestir essa camisa, do que a dos demais adversários.

Entre os grandes valores uruguaios que defenderam o Rio Branco na época, destacavam-se Soto, Gusman, Sanvicente (que tem seu nome imortalizado por um clube do Chuy – Uruguai, o Sanvicente) e Almada, entre outros.

Décadas depois, durante a ditadura de Getúlio Vargas é que o vermelho foi incorporado às cores do clube. Na época o presidente sancionou um Decreto - Lei que proibia qualquer agremiação de utilizar as cores da bandeira nacional.

O verde e amarelo não podiam ser as oficiais, mas se fosse acrescida uma terceira, desde que não fossem o azul e o branco, também presentes na bandeira, o problema estaria solucionado.

A escolha do vermelho se deu por inspiração do Grêmio Atlético Farroupilha, de Pelotas que também fora obrigado a ter uma nova cor em seu fardamento, pois a exemplo do Rio Branco usava o verde e o amarelo.

O caso do Farroupilha foi ainda mais cruciante, além de trocar as cores, teve de mudar de nome, deixando de se chamar Regimento. Coisas de um Governo exageradamente nacionalista, e que chegou a ser classificados por muitos de fascista.

A estréia da nova camiseta do Rio Branco, que passou a ser chamado por seus torcedores de “Tricolor da Coxilha”, foi em uma partida amistosa contra o próprio G.A. Farroupilha. A partir dai o clube vitoriense passou a usar os dois tradicionais uniformes que ostenta até hoje.

O uniforme número um tinha uma camiseta branca com listras horizontais verde, amarelo e vermelho. E o segundo uniforme, onde as três cores apareciam em listras verticais, igual ao uniforme principal do Farroupilha.

O primeiro pavilhão do estádio do Rio Branco, na década de 1930, era de madeira e ao redor do campo havia um muro feito com chapas de zinco, os famosos “latões do Rio Branco”, que a cada chute forte contra ele, produzia um barulho estrondoso.

Era um verdadeiro luxo para a época, pois os outros times tinham muros de madeira. Pelo lado de fora havia uma linha de arame para que as pessoas não chegassem perto e danificassem os latões. O zinco durou até a década de 1960, quando começou a ser erguido o muro que existe até hoje.

Já o pavilhão de madeira durou mais tempo, indo até o final da década de 1970, quando foi construído o novo pavilhão, que seria o maior da cidade.

O projeto era ousado, e foi levado adiante por uma comissão formada pelos desportistas Homero Vasquez Rodrigues (Presidente), Hélio Chiesa (Vice-presidente), Nelson Martino de Oliveira (Tesoureiro) e Ari Joaquin Torino, o Ducha (Secretário).

A arquiteta Leila Gasal, foi a encarregada de projetar um pavilhão que tivesse cobertura e que na parte de baixo tivesse um restaurante.

Pode-se dizer que a obra foi precursora das modernas arenas com seus Shopings e praças de alimentação. Tudo isso em uma cidade pequena, com cerca de 30 mil habitantes.

Os responsáveis pela obra foram os engenheiros João Messias Gasal e Albano Mespaque. O projeto levou mais tempo para ser concluído, do que o anteriormente previsto, em razão da falta de recursos. Só em 1983 foram entregues e assim mesmo sem o restaurante, a cobertura e os banheiros.

Em que pese a obra incompleta, a torcida do Rio Branco se orgulha de ter até hoje o maior pavilhão da cidade, tanto em altura, comprimento e ainda capacidade de público. Isso explica porque o estádio tem sido palco de finais do campeonato local, mesmo o Rio Branco não sendo finalista.

Nas décadas de 1940 e 1950, destacavam-se no Rio Branco jogadores do quilate técnico de  Remes Estol (Remito), João Melo, que era “half” esquerdo, o equivalente ao volante dos dias de hoje), o ponteiro direito Alfredo, Quinca e Mário Maragalione, que era ponteiro esquerdo e teve votação unânime em uma pesquisa realizada em 2000, apenas com pessoas que tinham mais de 70 anos, para apontar os melhores do século em Santa Vitória.

Uma passagem marcante na história do clube, e que os torcedores mais antigos não esquecem até hoje, e passam de boca em boca, ocorreu no dia 12 de agosto de 1951, quando do jogo de encerramento do primeiro turno do campeonato da cidade, no “Estádio da Coxilha”. O Vitoriense, o mais velho clube de futebol da cidade, derrotava ao final do primeiro tempo o seu velho rival, o Rio Branco, por 3 X 0.

Já havia torcedores do tricolor indo embora, sem esperanças de que o escore pudesse ser revertido. Veio o segundo tempo e com ele o inesperado. O Rio Branco, com três gols de Alfredo e um de Mario Maragalhoni, virou o jogo e venceu por 4 X 3, conseguindo vantagem para o segundo gol, em que também foi vencedor, dessa feita com uma goleada de 6 x 1.

Com o título garantido houve festa, com desfiles pelas ruas e como era o costume, um grande foguetório, principalmente na entrada e saída do cinema Independência, desde a primeira até a última sessão.

No dia 12/ de janeiro de 2012, o “Tricolor da Coxilha” festejou os seu 100 anos de existência, com uma grande festa, quando estiveram presentes personalidades ilustres que de uma forma, ou de outra, participaram da vida do clube em sua trajetória centenária.

Foram lembrados nomes como os de Anselmo Amaral, Dico, Dica, Gilmar das Neves, Sidnei, Ataliba, Rômulo Florio, Marlene, Maria Amélia, Pelado, Faustino Borges, Lineu Padilha, Menandro, Paulo Maia, e alguns dos Jogadores “Campeões da Zona Sul”, como Maça, Canabarro, Dica e Claudio entre outros. (Pesquisa: Nilo Dias)

A primeira formação do E.C. Rio Branco, em 1912. Em pé: Olindo Alves Nunes (terno branco) - Henrique Fernandes - Bráulio Plá - Tônico Pinto e Hector Molmsten. De joelhos: Mário Corrêa - Faustino Oliveira e Carlos Vieira. Sentados: Antonio Rodrigues - José Francisco da Costa - Isaac Ferreira - Marino Lima e Natálio Plá. (Foto: Arquivo histórico do clube) 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O futebol pernambucano está de luto

Ivaldo Firmino dos Santos, o “Zé do Rádio”, famoso torcedor do Sport, morreu na manhã de hoje no Real Hospital Português, em Recife, aos 71 anos, depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória. Era transplantado cardíaco há 13 anos, diabético, hipertenso e renal crônico.

O torcedor deu entrada no Hospital na madrugada de hoje (21/05), com uma parada cardiorrespiratória. Foi reanimado e internado na Unidade de Recuperação Cardiotorácica (URCT). No entanto, teve outra parada cardiorrespiratória, não respondendo às manobras habituais, sendo o óbito constatado às 10h30min.

O corpo está sendo velado no cemitério “Parque das Flores”, em Recife, mesmo local do sepultamento previsto para amanhã, sexta-feira. Segundo informações do hospital, a família de Ivanildo quer um velório e um enterro discretos.

“Zé do Rádio” já havia passado cinco meses na fila de espera por um transplante de coração, com o procedimento sendo realizado em 2002. Ao conhecer o pai de quem doara o órgão para ele, teve uma surpresa: o doador era torcedor do Náutico.

Mas nada abalou o que ele sentia pelo Sport e, 10 anos depois, ele participou da campanha de doação de órgãos do rubro-negro, o "Torcedor Doador".

Desde então, tornou-se um dos maiores incentivadores e garoto propaganda da doação de órgãos em Pernambuco. Seu falecimento foi profundamente lamentado pela Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE).

Segundo a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes, “Zé do Rádio” sempre visitava o órgão e cativava a todos com a sua simpatia. Ele sempre estava presente nas campanhas, em eventos, para prestar seu depoimento. Foi um parceiro importante na luta pela doação de órgãos.

Em 2007, como a Secretaria Estadual de Saúde, de Pernambuco, não tinha a droga ciclosporina, substância imunossupressora utilizada na prevenção da rejeição em pacientes submetidos a transplante de órgãos, “Zé do Rádio” foi decisivo na questão.

O drama vivido pelos pacientes transplantados ganhou atenção da mídia depois que ele expôs o risco de morte. Havia feito um transplante de coração, tendo ficado 10 dias sem tomar o medicamento e teve a saúde comprometida. Depois de fazer o apelo à imprensa, ele recebeu a doação de 50 comprimidos de uma pessoa que não quis se identificar.

Embora fiel ao seu clube, teve que fingir-se torcedor do rival Náutico por um ano, três meses e vinte e oito dias, tempo em que durou o namoro com sua esposa, Deomiyrza Barkokeba dos Santos, que o acompanhou até a morte, para agradar o sogro, o professor de música, Miguel Barkokebas, que era torcedor fanático do time alvirrubro e temia que proibisse seu relacionamento caso soubesse da verdade.

Em 1972 “Zé do Rádio” passou a frequentar os estádios e acompanhar o futebol. Como passava sempre por perto da “Ilha do Retiro”, resolveu torcer pelo Sport.

Era conhecido nacionalmente pela alcunha folclórica de “torcedor mais chato do mundo”, título dado pelo ex-treinador Zagallo, em 1999, na época comandante da Portuguesa de Desportos. O ex-técnico da Seleção viu seu time perder para o Sport por 1 X 0 e ainda precisou aguentar as provocações de "Zé".

Ainda irritado, Zagallo reclamou do "torcedor chato" na televisão, sendo o suficiente para tornar “Zé do Rádio” conhecido nacionalmente.

Depois de Zagallo, inúmeros técnicos seriam importunados pelo som do inseparável xodó de "Zé": um rádio “General Eletric” de 1961, que capturava oito faixas e que costumava carregar sobre os ombros.

“Zé do Rádio” sempre ficava atrás do banco do técnico adversário com seu rádio ligado em alto volume, atazanando a vida dos treinadores e jogadores.

A partir de dezembro de 2006, “Zé do Rádio” passou ser considerado pelo “Guiness Book 1” como o "torcedor mais chato do mundo". Fama essa que ele pretendia passar para seu sucessor Enilson, mais conhecido como “Pajé”.

Mas ao que parece outro torcedor já se adiantou ao desejo de “Zé do Rádio”. É “Cabuloso”, considerado por muitos o “torcedor mais “chato” de Pernambuco”. “Cabuloso” quer dizer chato, inoportuno, que reclama e incomoda.

Vestido à caráter, como manda o figurino rubro-negro, “O Cabuloso” parece ter vermelho e preto até na alma, pois em sua roupa já não cabe mais nada. Até seu bigode é pintado nas cores do clube do coração.

Mas o que mais chama a atenção é o “jeito de torcer” desse rubro-negro: quando é focado pela câmera, fixa bem o olhar e começa a gritar “uááá, uááá, uááá”, incomodando não somente os adversários, mas também até a própria torcida leonina, que em parte reclama de alguns gritos dele.

Parece até uma sina, mas na verdade é apenas coincidência. O Sport até a manhã de hoje possuía dois dos torcedores mais chatos do Brasil, porque além de “Cabuloso”, um outro torcedor em especial não poderia ser esquecido: o ilustre “Zé do Rádio”, que faleceu às 10h30min.

Famoso entre os rubro-negros e querido até pelas torcidas rivais, o torcedor recebeu algumas homenagens em vida. A mais significativa foi a criação de um boneco gigante aos seus moldes, que desfila há anos nos carnavais de Recife e Olinda.

“Zé do Rádio” era Policial Militar aposentado de Pernambuco, tendo passado para a reserva há mais de 20 anos no posto de segundo tenente. (Pesquisa: Nilo Dias)


domingo, 17 de maio de 2015

Um astro do futebol mexicano

Na noite de 21 de abril último o atacante Cuauhtémoc “Blanco” Bravo, de 42 anos, disputou sua última partida como atleta profissional. O primeiro nome de “Blanco”, Cuauhtémoc, vem do dialeto asteca "Nahuatl" e significa águia que cai. Cuauhtémoc foi o último imperador asteca.

O veterano jogador se despediu dos gramados no jogo em que seu time o Puebla, derrotou o Chivas Guadalajara, por 4 X 2, conquistado a Copa do México pela sexta vez. Ele entrou em campo aos 25 minutos do segundo tempo e teve uma boa atuação, inclusive quase marcando um gol para a sua equipe.

Mesmo não sendo uma despedida com glória individual, depois de uma carreira de 23 anos, o público que esteve presente ao "Estádio Universitario BUAP", em Puebla, prestou-lhe uma justa homenagem através de demorados aplausos.

Apesar de parecer um final de carreira perfeito, o jogador revelou que tinha o sonho de deixar os gramados atuando pelo seu clube de coração, o América, mas por problemas de relação com a diretoria da equipe, esta vontade não lhe foi concedida.

“Blanco” nasceu no bairro de Tepito, um dos mais populares da Cidade do México, em 17 de janeiro de 1973, tendo dado inicio a sua carreira de futebolista aos 17 anos, jogando pelo América, seu clube de coração, em 1990, onde teve quatro passagens, tendo estreado entre os profissionais em dezembro de 1992.

O técnico que deu a primeira oportunidade para o então jovem “Blanco” jogar no time principal do América foi o brasileiro Paulo Roberto Falcão. Pelo América Blanco jogou em 13 temporadas e ganhou muitos títulos. Ao todo, foram 333 partidas, com 123 gols marcados.

Ele também atuou pelos mexicanos Necaxa, Veracruz, Santos Laguna, Irapuato, Sinaloa, BUAP e Puebla. Além disso, defendeu o espanhol Real Valladolid e o norte-americano Chicago Fire

Em 1995 “Blanco” foi convocado pela primeira vez para a seleção mexicana. Ao lado de Chicharito Hernández, é o segundo maior artilheiro da Seleção com 39 gols, só sendo superado por Jared Borgetti que marcou 46 gols.

“Blanco” participou de três Copas do Mundo, 1998, 2002 e 2010. Por causa de sua personalidade forte, não jogou a Copa do Mundo de 2006, pois brigou com o técnico argentino Ricardo La Volpe que, então, dirigia a seleção mexicana.

A partir de agora trocará os gramados pelos palanques políticos. Ele se filiou ao Partido Social Democrata (PSD), pelo qual pretende se candidatar a prefeito de Cuernavaca, capital do estado de Morelos.

“Blanco” já havia anunciado em setembro de 2008, o fim da sua carreira na Seleção, entretanto, em meados de 2009 foi chamado de volta à representação nacional, que enfrentava dificuldades para alcançar classificação para a Copa do Mundo de 2010. Fez excelentes partidas e conseguiu ajudar seu país a se classificar para mais uma Copa.

Em 2010-2011 atuou na novela “El Triunfo del amor” (O Triunfo do amor). No papel do personagem Juanjo.

Títulos conquistados. Seleção Mexicana: Copa das Confederações (1999); Copa Ouro (1996 e 1998); América: Copa dos Campeões da CONCACAF (2005); Campeonato Mexicano (2005 - Clausura); Supercopa do México (2005); Artilharia. Seleção Mexicana: Copa das Confederações (1999 - 9 gols);  América: Campeonato Mexicano (1998 - Inverno - 16 gols).

“Blanco” foi eleito o melhor jogador do México em 2004 e 2005. O gol que marcou contra o Real Salt Lake em 19 de agosto de 2007, foi eleito “O Gol do Ano”.

No jogo MLS All-Star 2008, realizado em 24 de julho, além de um gol e uma assistência na vitória da seleção da MLS contra a equipe inglesa West Ham por 3 X 2, Blanco ainda foi eleito o melhor jogador da partida.

O jogador também era famoso por seu temperamento explosivo e um drible em especial, onde ele prendia a bola entre os pés e saltava para fugir da marcação adversária. (Pesquisa: Nilo Dias)


terça-feira, 12 de maio de 2015

O Dragão das Alterosas

No dia 15 de novembro de 2013, o Pouso Alegre Futebol Clube da cidade mineira de Pouso Alegre, completou 100 anos de existência. No entanto, o que era para ser uma data festiva, passou despercebida na cidade sulmineira de cerca de 140 mil habitantes. 

O time está parado desde 2009. Seu último jogo foi um empate em 1 X 1 com o Tombense, dia 28 de novembro daquele ano, em jogo disputado na cidade de Tombos e válido pelo hexagonal final da Segunda Divisão. O “Estádio da Lema”, palco de gols e vitórias do chamado “Dragão das Alterosas”, está abandonado.

O Pouso Alegre Foot Ball Club foi fundado no dia 15 de novembro de 1913, por iniciativa de um grupo de alunos do Ginásio São José, atual Colégio São José, que costumavam se reunir para animadas ”peladas” no campinho de terra batida ao lado do matadouro, perto da linha do trem.

Como muitos desses jovens trabalhavam, os encontros se realizavam entre 7 e 8 horas da manhã. Um dia eles decidiram formar um time e batizá-lo com o nome da cidade. Marcaram uma reunião para o dia 15 de novembro, na casa de Alfredo Ennes Baganha, depois eleito o primeiro presidente da agremiação.

Ele, juntamente com os companheiros João Dantas, Porfirio Ribeiro de Andrade, Pedro Cunha, Eduardo Gouveia, Alfredo Agueda e Pedro Narciso deram início a trajetória centenária do clube.

Era uma época bastante difícil para se manter um clube de futebol em atividade constante, por isso ao final da década de 1910, o clube caíra no ostracismo. Foi somente em 1928, ajudado por torcedores,  que o time rubro-negro voltou a aparecer com destaque.

O clube foi um dos fundadores da Liga Sul Mineira de Football no dia 19 de abril de 1920, juntamente com as equipes de Itajubá e Santa Rita do Sapucaí, com a finalidade de realizarem um torneio futebolístico entre si.

Nessa reunião, entre as diversas resoluções discutidas, os três clubes decidiram as cores de seus uniformes, com o Pouso Alegre escolhendo o preto e vermelho, que desde então compõem oficialmente o fardamento do clube.

No dia 28 de setembro de 1928, reunidos no Fórum de Pouso Alegre, Alfredo Baganha e José Nunes Rebello, lavraram a ata de compra de um terreno localizado no alto da Rua Comendador José Garcia. O valor da compra foi de 8 contos de réis. Ali, naquele terreno, seria construído o futuro estádio do Pouso Alegre Futebol Clube.

Sabe-se que o clube passou uma lista entre os comerciantes da cidade, cujo montante chegou a 6 contos de réis. O resto da dívida foi pago com um empréstimo junto ao Banco da Lavoura, em promissórias assinadas pelo próprio José Rebello. O clube ganhava sua casa e os próprios jogadores transformaram a área em um campo de futebol.

A partir disso, já na década de 1930, muitos times paulistas começaram a jogar no Campo do Pouso Alegre, entre eles Guarani, Ponte Preta e o extinto Ypiranga. Nessa mesma época, foram criados e disputados vários torneios intermunicipais.

O primeiro jogo da história do clube aconteceu no dia 1 de março de 1914, um amistoso contra o Democratas, que terminou empatado em 0 X 0. O segundo compromisso foi contra o Santaritense, de Santa Rita do Sapucaí, com vitória rubro-negra por 2 X 1. Já como profissional, em seu primeiro compromisso, o Pouso Alegre goleou por 4 X 1 o São Lourenço, em 30 de julho de 1967.

Nesse jogo, o atleta foi o primeiro jogador a marcar gol pelo Pouso Alegre como time profissional. Já na “Segundona” do Mineirão, o primeiro a balançar as redes adversárias foi Marquinhos, diante do Flamengo de Varginha, em 1967.

Na Primeira Divisão Mineira coube a Valcir marcar o primeiro gol do Pouso Alegre. Foi contra o Esportiva, em 1989.

O primeiro jogo disputado no Estádio “Manduzão”, foi contra o Botafogo do Rio de Janeiro, que venceu por 1 X 0. O recorde de público até hoje no estádio foi no jogo Pouso Alegre 3 X 3 Atlético Mineira, realizado dia 30 de maio de 1990, com 6.670 pagantes.

O primeiro jogo do Pouso Alegre fora de Minas Gerais aconteceu no dia 30 de setembro de 1928, em Bragança Paulista, quando empatou em 3 X 3 com o Bragantino. Sabe-se que aproximadamente seis mil pessoas assistiram o confronto, que foi organizado pelo então presidente do “Dragão das Alterosas”, desportista Vinicius Meyer.

Um fato que revoltou os torcedores do Pouso Alegre, e até hoje é lembrado com indignação, aconteceu no dia 4 de julho de 1928, na cidade de Santa Rita do Sapucaí, num jogo contra o time local do Conceição dos Ouros, na decisão de um torneio regional.

O Pouso Alegre vencia por 3 X 1, gols de Jovino, Guido e Paraguay, quando o juiz da partida resolveu ajudar o time da casa, marcando duas penalidades máximas inexistentes, quando faltavam menos de 10 minutos para o fim do jogo.

Revoltados, os cerca de 400 torcedores pouso-alegrenses, que haviam se deslocado até Santa Rita do Sapucaí de trem, invadiram o campo e interromperam o duelo, antes que o árbitro marcasse outra penalidade.

O time conta com o apoio da imprensa da cidade. A Rádio Clube foi a primeira a transmitir um jogo do Pouso Alegre Futebol Clube. Isso foi na década de 1940, um amistoso contra o Smart Futebol Clube, da cidade de Itajubá, O Pouso Alegre ganhou por 4 a 0, gols de Lucindo (2), Voador e Miquica. Na época, a Rádio Clube era comandada por Orfeu Butti e tinha como narrador, José Brito.

No início do futebol profissional em Pouso Alegre, nos anos de 1967 e 1968, o público lotava o “Estádio Comendador José Garcia” nos dias de jogos do rubro-negro. E naquele 15 de setembro de 1968 não foi diferente. O Pouso Alegre Futebol Clube disputou um amistoso contra o Grêmio Recreativo Beta, time amador de São Paulo e venceu por 38 X 0.

Ao final do primeiro tempo o escore já era de 17 X 0. Foi um recorde mundial na época, que teve como árbitro Armando de Barros. O Pouso Alegre mandou a campo nesse jogo que se tornou histórico, a seguinte formação: Luiz Carlos – Murilo - Marco Ambar - Bolinha e Gato (Bata) - Mica e Mário Jorge - Serginho (Joviano) – Wilson - Renê e Marquinho.

No final da década de 1940, mais precisamente no ano de 1947, foi fundada a Liga Esportiva Municipal de Amadores (LEMA). A entidade, que teve como primeiro presidente Pardal Vilhena de Alcântara, passou a organizar as competições e muitos times amadores apareceram na cidade, fazendo frente ao Pouso Alegre.

Com o fortalecimento de outros times, o Pouso Alegre FC acabou entrando em recesso das competições amadoras no início da década de 1950. E com isso a Liga passou a administrar o Estádio do clube, o que levou a todos a chamarem de "Estádio da LEMA". Nesse mesmo período, foram construídos os primeiros lances de arquibancada e o muro que cerca o gramado.

Começaram também os torneios intermunicipais, com equipes de Itajubá, Santa Rita do Sapucaí, Paraisópolis e Ouro Fino. Os deslocamentos eram feitos nos trens da Rede Mineira, causando grandes alvoroços nas estações das cidades onde chegavam.

Entre os jogadores que ganharam mais destaque nessa história centenária, vale a pena lembrar de “Paulo da Pinta”, o atleta que mais defendeu o time nesses 100 anos do clube. Jogava de volante e vestiu a camisa rubro-negra em 184 partidas, tendo marcado 22 gols.

Outro que fez por merecer destaque é Heleno, atacante que chegou ao clube em 1987, vindo do Yuracan, de Itajubá. Nos 166 jogos que disputou com a camisa do “Dragão das Alterosas” marcou 52 gols. Depois dele, vem que fez 46 gols em 199 partidas disputadas.

Quem também é lembrado pelos torcedores rubro-negros é Luiz Carlos, um goleiro que demonstrou grande amor ao clube, tanto que vestiu a camisa número 1 do Pouso Alegre em 1967 e 1968.

Mesmo tendo ficado pouco tempo no clube, chegou a recusar uma proposta do Santos Futebol Clube, que na época tinha Pelé, o “Rei do Futebol”, para continuar defendendo o “Dragão das Alterosas” na Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.

Em 1967 o Pouso Alegre disputou a sua primeira competição profissional, a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Conseguiu o feito de ser campeão da Chave Sul do torneio e classificou-se para as finais, mas acabou perdendo a vaga nos tribunais, por incluir um atleta em condição irregular.

Embora isso tenha tido o efeito igual ao de um balde de água fria no ânimo dos jogadores, o time voltou no ano seguinte a disputar a mesma competição, sendo eliminado logo na primeira fase do certame. Atolado em dívidas, o clube voltou a fechar as portas em 1968.

Para piorar a situação do futebol na cidade, a LEMA, que dirigia os torneios amadores no município, também encerrou suas atividades no final da década de 1960.

Pouso Alegre só não ficou sem futebol graças a persistência de alguns clubes amadores da cidade. A década de 1970 ficou marcada pelos torneios regionais que contavam com a participação de jogadores consagrados no futebol paulista, ou que viriam fazer sucesso nos gramados do Brasil.

Nesses torneios sempre apareciam no “Alto da Comendador”  nomes de jogadores famosos como Jorge Mendonça, Oscar, Polossi, Odirlei, Estevão e Neto. Nesse mesmo período surgiram novos valores do futebol da cidade, como Zé Carlos "Espoleta", Paulo da Pinta, Betão, Hermínio, Juninho Coldibelli, Amarildo e Silvano.

No início da década de 1980, a Liga Municipal foi reativada, o que fortaleceu a disputa dos torneios amadores da cidade, que não haviam parado de se realizar.

E ao mesmo tempo surgiram boatos da volta do Pouso Alegre ao futebol, o que se confirmou em 1983. Ainda como amador, o clube foi campeão da Copa Sul Mineira, o equivalente a campeão amador do Estado, montando um grupo somente com jogadores da cidade.

Foi a maior conquista do Pouso Alegre. A competição foi disputada por mais de 30 equipes. O jogo final foi entre Pouso Alegre X Curvelo.

Em 1984 o time foi novamente profissionalizado e disputou a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Em 1988, o objetivo foi alcançado, o acesso a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro.

Foi uma conquista sofrida contra o Atlético de Três Corações. A última partida daquele certame ficou conhecida como "A Batalha de Três Corações". O jogo não teve fim e o resultado, que favorecia o Pouso Alegre só saiu meses depois, já em 1989, após intervenção judicial.

Com o acesso garantido na Justiça, o Pouso Alegre Futebol Clube estreou no Campeonato Mineiro, com este já em andamento. Em razão disso se viu obrigado a jogar até três vezes por semana. Ainda assim, o time conseguiu manter-se na elite do futebol mineiro.

O ano de 1990 foi o melhor do Pouso Alegre, na elite do futebol mineiro, quando alcançou o seu maior feito no futebol profissional. Disputando um campeonato com 18 participantes, chegou na quinta colocação, com um time que certamente ficou para sempre gravado na memória de seus torcedores: Paulo César – Edvaldo – César - Zigomar e Nonato – Alcinei - Paulo da Pinta e Fernando Baiano – Heleno - Carlão e Anderson.

O time tinha excelentes atletas, inclusive um jogador com passagem pela Seleção Brasileira. O lateral direito do “Dragão” naquele ano foi Edevaldo de Freitas, ou simplesmente Edvaldo, que chegou a disputar a Copa do Mundo de 1982, fato que poucos se recordam. O lateral era reserva de Leandro na ocasião.

Fazer futebol profissional precisa não só de boa vontade, mas também de muito dinheiro, apoio e estrutura. E a falta disso foi fundamental para que o Pouso Alegre conseguisse manter aquele elenco supervalorizado e o time foi se desfazendo.

Nos anos seguintes, o time foi perdendo força até que em 1992 caiu para o Módulo II do Campeonato Mineiro. Nem ai resistiu, tendo de licenciar-se em 1998. Ficou inativo até 2009, quando voltou à “Segundona” mineira, tendo realizado uma boa campanha, terminando o certame na quinta colocação.

O incrível é que o time tenha sido obrigado a jogar suas partidas fora de casa, pois o estádio da cidade, que é da prefeitura, não teve manutenção e encontra-se em péssimas condições.

Isso lovou o clube a um novo licenciamento que perdura até hoje, com negras perspectivas para o futuro. Mesmo a cidade contando com o “Estádio Municipal Irmão Gino Maria Rossi, conhecido por “Manduzão”, com capacidade para receber até 17 mil torcedores. 


O jornalista Donizeti Barbosa, uma verdadeira enciclopédia do Pouso Alegre, há 20 anos reúne fotos e dados do clube fundado em 1913. São mais de 200 páginas com fichas de escalação, imagens e curiosidades, como o registro da primeira equipe montada em 1914 e o placar da maior goleada da história da equipe: 38 X 0 sobre o Beta de São Paulo, em um amistoso em 1968.

Segundo o jornalista, foram 494 jogos oficiais do Pouso Alegre, entre eles seis jogos contra o Atlético Mineiro, que nunca venceu o rubro negro. Foram 204 vitórias, 151 empates e 139 derrotas. Seis desses jogos foram contra o "Galo", que nunca venceu o Pouso Alegre. Nem no "Mineirão" e no "Independência" e muito menos no "Estádio da Lema". (Pesquisa: Nilo Dias)



O time de 1990. (Foto: http://pousoalegrefc.blogspot.com.br/)

terça-feira, 5 de maio de 2015

Os 100 anos do “Tricolor do Alto”


O Teresópolis Futebol Clube, da cidade de Teresópolis (RJ), completou 100 anos de fundação no último dia 4 de abril. Embora não se encontre nenhum histórico mais completo do clube, sabe-se que nasceu da fusão de equipes amadores existentes na cidade, na época.

Inicialmente chamava-se Terezópolis Football Club. Somente em 15 de novembro de 1969 passou a atual denominação de Teresópolis Futebol Clube. Suas cores são verde, vermelho e branco e a mascote é a “Coruja”.

Sua estreia no profissionalismo foi em 1989 na “Terceira Divisão de Profissionais”, do Rio de Janeiro. Nesse certame, o clube perdeu cinco pontos pela utilização de jogadores em condições irregulares e acabou ficando em último no seu grupo, não passando da primeira fase. Depois disso, o Teresópolis entrou num período de longa inatividade, assolado por dívidas trabalhistas.

Retornou ao profissionalismo somente em 2001, quando disputou novamente o “Campeonato da Terceira Divisão de Profissionais do Estado do Rio de Janeiro”. A campanha foi apenas regular, com o ficando na quarta posição da classificação final, entre seis participantes. No ano seguinte oTeresópolis se licenciou das competições profissionais, retornando somente em 2003.

Novamente não foi bem, parando na primeira fase do campeonato, na quarta posição no grupo, que classificou os dois primeiros para a fase seguinte.

Em 2004, com um estrutura bem melhor, conseguiu finalmente passar da primeira fase, tendo inclusive superado o seu rival e quase homônimo Teresópolis Esporte Clube, que não se classificou. Na etapa seguinte da competição, por pouco não foi adiante, acabando eliminado.

Em 2005, a campanha foi fraca, não passando de um sexto lugar na primeira fase, e ainda com o agravante de ter pedido seis pontos pela escalação irregular de jogadores. Em 2006, os times da Terceira Divisão foram convidados a tomar parte em uma fase preliminar da Segunda Divisão.

Os que conseguissem superar esse desafio, seriam automaticamente promovidos para o ano seguinte. Os outros, por sua vez, poderiam jogar a Terceira Divisão do mesmo ano de 2006 e ainda obter vaga.

O “Tricolor do Alto” aproveitou bem a oportunidade e conseguiu a vaga, ficando em primeiro lugar no seu grupo. Na fase seguinte acabou eliminado.

Mas a Federação não reconhece o direito do clube de estar na Segunda Divisão e o caso foi parar na Justiça Desportiva. Apenas o pior clube dos oito que vieram da fase preliminar poderia ser rebaixado à Terceira Divisão de 2007, no caso o Rubro Social Esporte Clube.

Em 2007, a contragosto, o time teve de disputar a Terceira Divisão, quando passou da primeira fase, ficando em segundo. Na fase seguinte logrou classificação novamente, alcançando a segunda posição.

E na terceira fase foi outra vez segundo, classificando-se para a “Copa Rio de 2008”, cujo campeão teria vaga garantida na Copa do Brasil. Na fase final, contudo, foi eliminado e não conseguiu disputar as duas primeiras posições que lhe garantiriam o acesso.

Em 2008, finalmente teve reconhecido o direito de disputar a Segunda Divisão. Na primeira fase se classificou em segundo lugar. Mas na segunda fase foi eliminado, permanecendo na mesma divisão em 2009, mas pediu licenciamento do campeonato, o que se repetiu em 2010.

Já em 2011, sob a direção do presidente Frederico Menezes, o Teresópolis Futebol Clube conseguiu classificação à segunda fase do Campeonato Estadual da Série B, do Rio de Janeiro.

Em 2012 desistiu novamente do carioca da Série B, alegando falta de condições financeiras. O clube foi penalizado com o rebaixamento automático para a Série C do ano seguinte e perdeu todos os seus jogos por 3 X 0 (W.O).

Em 2013 e 2014, contando com o apoio da Prefeitura Municipal, o clube voltou as atividades, disputando os certames da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, nas categorias Sub-15, Sub-17, Sub-20 e profissional, na Série C.

O seu estádio é o Antônio Savatonne, com capacidade para 8 mil pessoas, localizado no Bairro do Alto, próximo a Delegacia de Polícia da cidade.  Foi inaugurado em 21 de março de 1998.Ali o Teresópolis F.C. realiza seus jogos e treinamentos das categorias profissional e de base.

O Estádio não tem tanta história assim, pois o clube nunca viveu bons anos e nem ganhou acesso a elite do Carioca. No entanto, foi ali que em 1966 a Seleção Brasileira de Futebol realizou os treinamentos para a Copa do Mundo da Inglaterra.

A equipe “Canarinho” ficou hospedada no Hotel Pinheiros e treinou no Estádio Antônio Savattone. Pelo seu gramado desfilaram craques como Pelé, Garrincha, Tostão e Gérson. Na ocasião o técnico Vicente Feola havia convocado 44 jogadores, que disputariam o direito de participarem daquele Mundial.

Isso mostra que a história da Seleção Brasileira com Teresópolis é muito anterior a 1987 quando foi inaugurada a concentração da CBF na Granja Comary.

Em 1966 antigos funcionários do hotel contaram que Garrincha escolheu uma suíte próxima ao bar do hotel, e que era extremamente generoso com as gorjetas para manter o fornecimento regular de bebidas alcoólicas.

A atual arquibancada do estádio do Teresópolis F.C. foi construída para os treinos da Seleção em 1966. O ano passado, o estádio passou por uma série de adaptações, com rampas de acesso e melhorias nos banheiros e vestiários.

Tem condição de alojar até 82 atletas simultaneamente, com o suporte de consultório de fisioterapia e de odontologia, para que os jogadores se dediquem com tranqüilidade aos treinamentos para alcançar o melhor resultado em campo.

O clube recebeu a doação de cadeiras e catracas do Maracanã, que foi reformado e modernizado para a Copa do Mundo, realizada no Brasil. (Pesquisa: Nilo Dias)

Time do Teresópiolis F.C., em 2011. (Foto: Divulgação)