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terça-feira, 29 de novembro de 2016

O futebol brasileiro está de luto

O acidente ocorrido na madrugada de hoje na Colômbia, que matou 75 membros da delegação da Chapecoense, de Chapecó (SC), está sendo considerado o maior desastre aviatório da história, envolvendo times de futebol no mundo.

O acidente envolvendo um time de jogadores descendentes de surinameses, o "Colorful 11", teve um número maior de mortos - 178 - no entanto, havia menos jogadores entre as vítimas.

A aeronave, da companhia venezuelana "LaMia", de matrícula CP 2933, levava 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e nove tripulantes, de acordo com a Aeronáutica Civil colombiana. O avião se dirigia para Medellín, onde iria disputar, amanhã (30/11), a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional da Colômbia.

A queda ocorreu nas proximidades de Medellín, pouco antes de chegar ao destino. Uma das possibilidades é o avião ter sofrido pane elétrica. 

Foram retirados com vida dos destroços o lateral esquerdo Alan Ruschel, 23 anos, que já defendeu o Juventude, de Caxias do Sul e o Internacional, de Porto Alegre, os goleiros Marcos Danilo Padilha, 31 anos, que morreu no hospital e Jackson Follmann, 24 anos, que teve uma perna amputada, o radialista Rafael Henzel Valmorbida, da Rádio Oeste Capital, de Chapecó, Helio Hermito Zampier, conhecido como Neto, zagueiro do clube catarinense, uma comissária de bordo, identificada como Ximena Suárez e Erwin Tumiri, técnico da aeronave.

Por ter esquecido o passaporte, Matheus Saroli, o filho do técnico da Chapecoense, Caio Júnior, morto no acidente trágico desta madrugada, não embarcou com a delegação. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, foi convidado para acompanhar o time, mas não embarcou. 

Ele teve de ir a São Paulo, onde tinha um compromisso e embarcaria para Medelín, na Colômbia, nesta terça-feira (29), em voo comercial, para acompanhar a primeira partida da final da competição. O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Gelson Merísio estava na lista de convidados do voo da Chapecoense para Medellín, mas não embarcou com a delegação. Merísio desistiu de ir na última hora, em função de compromissos na Assembleia nesta terça-feira. 

O mesmo aconteceu com o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, que estava na lista de convidados da viagem para Medellín, na Colômbia. Mas acabou não viajando em razão de compromissos em São Paulo. Seguiria viagem para Medellín na tarde desta terça. 

Outro que escapou de morrer foi Claudio Winck, lateral direito, ex-Internacional que não foi relacionado para o jogo em Medellin. Já o volante Matheus Biteco, o zagueiro William Thiego e o lateral Dener Assunção, todos ex-Grêmio, não tiveram a mesma sorte. Também o ex-jogador da dupla Grenal, Mário Sérgio e Anderson Paixão, filho de Paulo Paixão, que, assim como o pai, foi preparador físico de Grêmio e Internacional, estão entre as vítima fatais.

O avião teria perdido o contato com a torre de controle às 22h15 (1h15 no horário de Brasília). O pedido de socorro foi emitido entre as cidades de Ceja e Lá Unión. A aeronave fez uma parada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, depois de decolar do Brasil.

Na emergência do voo, o piloto teria aberto os tanques de combustível para evitar a explosão da aeronave na queda. A região do acidente é montanhosa. O avião teria caído a 25 quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de destino e não explodiu, de acordo com informações de paramédicos.

A Aviação Civil da Colômbia publicou em sua página no Facebook a lista de todos os passageiros que estavam no voo da "LaMia".

Jogadores e equipe: Alan Luciano Ruschel, Ananias Eloi Castro Monteiro, Arthur Brasiliano Maia, Bruno Rangel Domingues, Ailton Cesar Junior Alves da Silva, Cleber Santana Loureiro, Marcos Danilo Padilha, Dener Assunção Braz, Filipe José Machado, Jakson Ragnar Follmann, José Gildeixon Clemente de Paiva, Guilherme Gimenez de Souza, Everton Kempes dos S. Gonçalves, Lucas Gomes da Silva, Matheus Bitencourt da Silva, Helio Hermito Zampier Neto, Sergio Manoel Barbosa dos Santos, Willian Thiago de Jesus, Tiago da Rocha Vieira Alves, Josimar Rosado da Silva Tavares, Marcelo Augusto Mathias da Silva, Mateus Lucena dos Santos, Luiz Carlos Saroli (Caio Júnior), Eduardo de Castro Filho, Anderson Rodrigues Paixão Araújo, Anderson Roberto Martins, Marcio Bestene Koury (médico do clube), Rafael Correa Gobatto, Luiz Cezar Martins Cunha, Luiz Felipe Grohs, Segio Luis Ferreira de Jesus, Anderson Donizette Lucas, Adriano Wulff Bitencourt, Cleberson Fernando da Silva, Emersson Fabio Di Domenico, Eduardo Luiz Preuss, Mauro Luiz Stumpf, Sandro Luiz Pallaoro (presidente do clube), Nilson Folle Junior, Decio Sebastião Burtet Filho, Jandir Bordignon, Gilberto Pace Thomas, Mauro Dal Bello, Edir Félix de Marco, Daví Barela Dávi, Ricardo Phillippi Porto e Delfim Pádua Peixoto Filho.

Jornalistas: Victorino Miranda (Fox), Rodrigo Santana Gonçalves (Fox), Devair Paschoalon (Fox), Lilácio Pereira Junior (Fox), Paulo Júlio Moraes Clement (Fox), Mário Sergio Pontes de Paiva, ex-jogador e ex-técnico do Internacional, de Porto Alegre (Fox), Guilherme Marques (Globo), Ari de Araújo Junior (Globo), Guilherme Laars (Globo), Giovane Klein Victória (RBS), Bruno Mauri da Silva (RBS), Djalma Araújo Neto (RBS), André Luis Goulart Podiacki (RBS), Laion Machado Espíndola (Globo Esporte), Rafael Henzel Valmorbida (Rádio Oeste Capital, de Chapecó) e ainda os radiaistas Renan Carlos Agnolin, Fernando Schardong, Edson Luiz Ebeliny, Gelson Galiotto, Douglas Dorneles, Jacir Biavatti e Ivan Carlos Agnoletto.

Tripulação: Miguel Quiroga, Ovar Goytia, Sisy Arias, Romel Vacaflores, Ximena Suarez, Alex Quispe, Gustavo Encina, Erwin Tumiri e Angel Lugo. 

O mundo do futebol, desde a notícia da queda do avião, foi se unindo numa rede jamais vista em toda a história esportiva. Clubes, jogadores, cronistas, torcedores de todos os cantos do planeta se abraçaram no emblema Força Chape.

Grandes clubes da Europa, como o Benfica, querem emprestar jogadores para ajudar a Chapecoense a manter o legado esportivo construído pelos seus heróis mortos. No Brasil, essa ideia ganha corpo. O Nacional, de Medellín, não quer saber de título da Sul-Americana. Sugere que fique com a Chape ou se divida a taça.

Craques planetários, como Iniesta, se emocionaram. Querem ajudar financeiramente. Os jogadores de um clube alemão postaram um minuto de silêncio antes de um treino, abraçados.

Tanta solidariedade espontânea dá esperança contra a violência, o racismo e outras pragas que infestam o futebol. O que é importante, de fato? Para os colorados: será tão dolorido assim jogar uma Série B? No caso do Grêmio: que importância tanto tempo sem título teve de verdade?

A tragédia da Chapecoense é revoltante de tão injusta, mas no meio de tanta dor já produziu algo histórico, bonito, do tamanho da grandeza de um clube que tem na força da comunidade a sua força motriz: uma rede espontânea de solidariedade jamais vista na história do futebol mundial. E que nos convida a olhar tudo de outra maneira, como ensina Paulo Paixão.

Outros acidentes envolvendo equipes de futebol:

Em 4 de maio de 1949, há algumas milhas de Turim, sob forte nevoeiro, aconteceu uma tragédia que marcaria para sempre a história do futebol italiano e mundial. O avião, um Fiat G212, que transportava a delegação do Torino de volta à Itália, após um amistoso contra o Benfica em Portugal, chocou-se contra uma das torres da basílica de Turim de Superga, a 600 metros de altura. Não houve sobreviventes. Morreram 18 jogadores.

A tragédia que a Inglaterra nunca esquecerá. No dia 6 de fevereiro de 1958, após a disputa de uma partida contra o Estrela Vermelha, em Belgrado, o Manchester fazia a viagem de retorno à Inglaterra. Era o vôo 609 da British European Airways.

Segundo testemunhas, durante a viagem estava nevando muito. O piloto do bimotor Airspeed Ambassador, prefixo G-ALZU, construído pela “De Havilland”, que fazia vôos regulares entre a Alemanha e a Inglaterra, estava com pouca visibilidade. E, para piorar, um dos motores estava com defeito.

A torre chegou a ser informada sobre o problema, mas nada adiantou. Logo depois, o motor pegou fogo e o avião caiu nas proximidades da cidade de Munique, na região da Baviera, por volta das 18 horas.

No acidente morreram 28 pessoas entre passageiros e moradores do local da queda do avião. A comitiva do Manchester era formada pelo diretor esportivo, o secretário da equipe, 11 jornalistas e 17 jogadores.

A tragédia que podia ser evitada. O Alianza Lima foi, ao longo dos anos 70 e 80, a grande sensação do futebol peruano e a base para as convocações da seleção nacional. Na época o Peru ocupava o lugar de quarta potência do futebol sul-americano atrás apenas de Brasil, Uruguai e Argentina. Porém, essa história de grande celeiro de grandes jogadores do futebol peruano se encerrou de forma rápida e trágica.

No dia 8 de dezembro de 1987, o Alianza estava na cidade de Pucallpa, onde disputava mais uma partida pelo Campeonato Peruano, competição que liderava naquele momento. O time saiu de campo vencedor por 1 X 0. Foi a última vitória da precoce carreira daqueles atletas.

No retorno à capital, poucos minutos antes de aterrissar no Aeroporto Internacional Jorge Chavez, o avião Fokker 27 MPA, da Marinha de Guerra do Peru, apresentou problemas no trem de pouso dianteiro.

O piloto – mais tarde descobriu-se que não era qualificado – fez, por duas vezes, manobras bruscas com a aeronave, para cima e para baixo, no intuito de baixar o trem de pouso a força. Na segunda manobra perdeu o controle do avião que caiu no Mar de Ventanilla.

Apenas ele, o piloto, sobreviveu. Perderam a vida todos os jogadores, comissão técnica, alguns torcedores, árbitros e a tripulação.

A Tragédia de Viloco. Em 24 de setembro de 1969, feriado local, a equipe do The Strongest foi convidada para participar de um jogo amistoso organizado pela Associação de Futebol de Santa Cruz de La Sierra.

Para a equipe, era somente outra visita a cidade de Santa Cruz, após o término do Campeonato Nacional. Na noite do dia 26 de setembro, soube-se que o avião, um DC-6 da Lloyd Aéreo Boliviano, com a maioria da delegação do The Strongest, que retornava da cidade de Santa Cruz de La Sierra em direção a La Paz havia desaparecido.

Passadas vinte e quatro horas do desaparecimento, e já sem muita esperança, o país recebeu a notícia: o avião havia se precipitado contra uma região montanhosa chamada La Cancha, na região mineira de Viloco, a cerca de 100 km de La Paz. Todos os 69 passageiros e 9 membros da tripulação morreram.

Chile Green Cross (atual Deportes Temuco). Em03 de abril de 1961 o avião Douglas DC-3 da LAN Chile, prefixo CC-CLD-P210, realizava o voo 210 trazendo de volta a equipe do Chile Green Cross (hoje Deportes Temuco) de uma partida em Osorno, pelo Torneio Apertura da Copa Chile.

Voando com visibilidade ruim, chocou-se contra a Serra de Las Animas, na Cordilheira de Linares, matando todos os seus 20 passageiros e quatro tripulantes.

Pakhtakor Tashkent. No dia 11 de agosto de 1.979, uma colisão aérea entre dois aviões russos Tupolev 134As da Aeroflot, vitimou a equipe de futebol do Pakhtakor Tashkent, do Uzbequistão, que fazia o  vôo 7880, rota Tashkent - Donetsk - Minsk sobre a antiga União Soviética.

Uma falha do controle de tráfego aéreo da Rússia na separação aérea das aeronaves causou o choque entre elas, a 27.200 pés de altitude, que vieram a cair sobre a cidade de Dneprodzerzhinsk, na Ucrânia.

No avião prefixo CCCP-65735 da delegação do Pakhtakor Tashkent morreram todos os 84 ocupantes, entre eles os 14 jogadores e os três membros da comissão técnica. Na outra aeronave, a de prefixo CCCP-65816, morreram os 94 ocupantes. Computando as duas aeronaves o saldo foi de 178 mortos.

Seleção da Zâmbia. A Tragédia no Gabão. No dia 28 de abril de 1993 uma aeronave De Havilland DHC-5 da Força Aérea da Zâmbia, prefixo AF-319, que levava a Seleção do país para uma partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, explodiu logo após decolar de um aeroporto em Libreville, no Gabão, onde havia sido reabastecido.

Dezoito jogadores, três dirigentes da Associação de Futebol da Zâmbia (FAZ) e cinco militares morreram.

Não se pode esquecer o acidente com o avião que levava o time de rugby do “Old Christians Club”, de Montevidéu, para uma partida em Santiago do Chile, que caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. O episódio que ficou conhecido como “Os sobreviventes dos Andes” foi até tema de um filme.

Devido ao mau tempo, o avião se chocou contra uma montanha da Cordilheira dos Andes, na remota fronteira entre o Chile e a Argentina. Morreram 18 pessoas imediatamente ou nos dias que se seguiram e os outros não dispunham de alimentos, roupas ou remédios apropriados.

Esta foi a história de sobrevivência mais importante da humanidade, porque foi protagonizada por gente comum. Havia 45 pessoas a bordo, no voo fretado da Força Aérea Uruguaia 571.

Os sobreviventes foram obrigados a comer a carne de alguns de seus companheiros mortos, além de terem suportado mais de dois meses em um dos ambientes mais inóspitos, sob temperaturas de dezenas de graus negativos, sem roupas apropriadas ou esperança de resgate.

A decisão de recorrer ao canibalismo não foi fácil. O sobrevivente Fernando Parrado conta em seu livro “Milagre nos Andes” que eles tentaram se alimentar até de tiras de couro rasgado de peças de bagagem antes de apelar ao canibalismo.

Quarenta e quatro pessoas morreram no dia 7 de setembro de 2011 na queda de um avião de passageiros russo Yak-42 na região de Yaroslavl, a 200 quilômetros ao norte de Moscou.

A aeronave, na qual viajava a equipe de hóquei no gelo do "Lokomotiv Yaroslavl", caiu pouco depois de decolar e explodiu no ar, segundo a agência russa "Interfax".

O "Lokomotiv Yaroslavl" foi campeão russo de hóquei no gelo em 1997, 2002 e 2003. O time enfrentaria no dia 8 ao Dínamo Minsk. O acidente aconteceu por volta das 9h (de Brasília). A aeronave, pertencente à companhia "Yak-Service", tinha como destino o aeroporto de Minsk, capital de Belarus.

As quase tragédias.  A equipe do Leeds United da Inglaterra por pouco não foi vitimada por uma tragédia aérea em 1 de outubro de 1998. Após uma partida em que foi derrotado pelo West Ham por 3 X 0 jogadores e comissão técnica retornavam de Londres para a cidade de Leeds.

O avião, um bimotor British Aerospace 748 fretado da empresa Emerald Airways, parou de funcionar após a decolagem assim que atingiu os 150 pés. Com um dos motores em chamas o piloto realizou um pouso de emergência no Aeroporto Stansted, em Londres. Havia 19 jogadores entre os 44 passageiros. Apenas um jogador feriu-se, mas sem gravidade.

A equipe do Santos que escapou da morte. No dia 15 de setembro de 1968, um domingo, o Santos enfrentou o Flamengo no Maracanã vencendo por 3 X 2. Após a partida, Pelé & Cia. retornavam a São Paulo viajando num avião modelo Viscount, prefixo PP-SER, da Vasp, que pousou no aeroporto de Congonhas às 21h15. Desembarcaram 52 passageiros e comissários, incluindo a delegação do Santos. Permaneceram a bordo o comandante Neutel e co-piloto Freire.

Cerca de três minutos após, o avião decolou para um vôo de treinamento dos tripulantes. Ao sobrevoar a Cidade Universitária (o Campus da USP – Universidade de São Paulo), houve falha numa das turbinas e o avião caiu ficando reduzido a escombros. Morreram na queda os dois tripulantes e em terra uma senhora que residia numa das casas atingidas pelo impacto e pelas labaredas.

O acidente não foi destaque na imprensa. Apenas um jornal de São Paulo publicou, mas sem alarde, que o Santos havia desembarcando a poucos instantes daquele aparelho que acabou se precipitando na região da Cidade Universitária.

Pânico no Equador. No dia 1 de maio de 1996, um sério acidente numa tentativa frustrada de decolagem do avião que traria de volta a delegação do Corinthians para o Brasil após um jogo em Quito, no Equador, quase acaba em tragédia.

A bordo da aeronave os jogadores comemoravam com champanhe a vitória de 3 X 1 sobre o Espoli, do Equador, quando "viram a morte de perto". Às 18h45 daquela quarta-feira, 80 pessoas entre jogadores, comissão técnica, torcedores e jornalistas estavam prontas para decolar de Quito rumo a São Paulo.

Chovia forte no momento da tentativa de decolagem efetuada pelo comandante Cledir da Silva, nos controles do Boeing 727-2B6, prefixo PP-LBY, da companhia aérea FLY. Eram 17 horas locais (19 horas de Brasília). Na aeronave 72 pessoas a bordo. A pista do aeroporto Mariscal de Sucre é considerada uma das mais perigosas do mundo.

Quarenta e seis segundos após o início da corrida, quando o avião deveria estar levantando vôo, os passageiros descobriram o que o comandante já sabia: o 727 não iria decolar. Na realidade ele já havia iniciado os procedimentos para abortar a decolagem, isso a mais de 200 quilômetros por hora.

Nesse momento a aeronave patinou, saiu da pista, deslizou pela grama e destruiu tudo pela frente, incluindo cercas e o muro onde finalmente parou quase nas ruas da capital do Equador.

O tanque de combustível da asa direita rompeu-se e derramou combustível sobre o trem de pouso que se partia e as faíscas deflagraram um incêndio que atingiu a aeronave que já estava com sua cabine destruída e a fuselagem partida ao meio.

O pronto atendimento dos bombeiros evitou o incêndio total da aeronave e o fogo foi logo apagado. Segundo o comandante, no momento em que o avião taxiava, chovia pouco, mas aumentou ao tentar arremeter.

Grêmio e Caxias. Mudança de voo na última hora salva os dois times. A queda do vôo JJ 3054 da TAM em São Paulo no dia 17 de julho de 2007 quase vitimou toda a delegação do Grêmio. O diretor de futebol do clube, Paulo Pelaipe, afirmou que o elenco seguiria nesse vôo para chegar a Goiânia, onde enfrentou o Goiás no dia 19 de julho, mas o caos aéreo acabou alterando a programação.

Uma das alternativas era São Paulo-Porto Alegre à tarde. Em uma conversa com Mano Menezes (técnico), foi decidido que não seria pego aquele voo para São Paulo. Decidiu-se por Brasília e depois Goiânia, local do jogo.

No momento da queda, a delegação já estava no Distrito Federal e os celulares entupidos de telefonemas.

Elenco do Caxias escapa da tragédia ao embarcar em vôo seguinte. Além da delegação do Grêmio, o elenco do Caxias também esteve muito perto de embarcar no vôo JJ 3054 da TAM, que caiu dia 17 de julho de 2007 em Congonhas, São Paulo.

O time seguia para Maringá (PR), onde enfrentaria o ADAP/Galo-PR no dia seguinte pela Série C do Campeonato Brasileiro, mas embarcou no vôo seguinte ao do acidente.

O vôo dos jogadores do Caxias mudou a rota e desembarcou em Curitiba, onde os passageiros souberam da tragédia em São Paulo.

De acordo com o assessor de imprensa do clube, Gustavo Rech, o elenco ficou muito emocionado. O ex-presidente do Internacional, Paulo Amoretty, estava entre as vítimas do acidente.