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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

A tragédia da Piedade

Faz mais de um século que essa história real aconteceu. É tão impressionante que atiça a incredulidade: jogador do Botafogo é baleado por Euclides da Cunha, participa da morte do escritor, enfrenta o Fluminense com uma bala cravada na espinha uma semana depois de levar o tiro, é campeão carioca no ano seguinte (enquanto perde parte dos movimentos do corpo), vai parar em um hospício, vira mendigo e suicida-se, miserável, inválido e louco, no Rio Guaíba, em Porto Alegre.

De tão absurda, a história parece um roteiro ruim, uma tragédia grega, um causo qualquer. Não é. É incrível, mas absolutamente real - é a história de Dinorah, herói nos campos, vilão na sociedade, vítima em uma tragédia de sangue, amor, traição, literatura e até futebol.

O relato é baseado em reportagens de jornais durante mais de 10 anos e em livros escritos sobre a "Tragédia da Piedade". Em meio a uma série de contradições e versões confusas, este trabalho também se baseia no livro "Matar para não morrer", da historiadora Mary del Priore, obra lançada em 2009 pela “Editora Objetiva”.

Dinorah e Dilermando eram gaúchos de Porto Alegre, filho de João Cândido de Assis, segundo tenente de artilharia, e de Joanna Carolina de Assis. Dilermando e Dinorah não deixavam olhares passarem despercebidos em idos da primeira década do século 20.

Eram jovens, fortes - o primeiro de cabelos mais claros do que o segundo. Tinham características parecidas, como se um irmão fosse a sombra do outro: ambos viajados (do Rio Grande do Sul para São Paulo, de São Paulo para o Rio de Janeiro), os dois ligados à carreira militar. Ambos atléticos.

Os irmãos eram devotados aos esportes. Mas com aptidões diferentes. Dilermando era esgrimista dos bons. Dinorah preferia usar os pés. Jogava futebol, um esporte que se espalhava pelos “grounds “ (campos) cariocas e começava a se popularizar.

Em 1904, Dinorah passou a morar com seu irmão, Dilermando, na pensão Monat, situada no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Dois anos mais tarde, foi para São Paulo, onde iniciou sua carreira futebolística no extinto Internacional.

Tão logo chegou ao Rio, já com a vivência de ter atuado pelo Internacional (SP), foi defender as cores do América. Na zaga rubra, foi aliado de Belfort Duarte, símbolo de disciplina, defensor que tinha asco a faltas. Jogou dois anos lá.  

No Campeonato Carioca, marcou um gol e atuou como árbitro na partida em que o Fluminense goleou o Paissandu e ficou com o título.

Em 1909, transferiu-se para o Botafogo, que seria o seu último clube, sem ter ideia da desgraça que o destino bordava para sua vida. Voltou a morar com o irmão para estabelecer a carreira militar. 

Em 15 de agosto de 1909, acabou sendo baleado em um trágico incidente envolvendo seu irmão, o escritor Euclides da Cunha e sua esposa Ana Emília Ribeiro, gaúcha de Jaguarão.

Dinorah vivia dias simples. Jogava bola e tinha aulas na “Escola Naval”.  Mas seu irmão era mais inquieto. Com 17 anos, trocava olhares com uma mulher bem mais velha, de 33. Pior: casada.

Pior ainda: casada com um dos brasileiros mais célebres na época. Qualquer possibilidade de envolvimento seria um escândalo, uma bomba-relógio. Não poderia acontecer. Mas aconteceu.

Foi na “Pensão Monat”, no número 17 da Rua Senador Vergueiro, no bairro do Flamengo, que Dilermando e Anna começaram o romance proibido. Em 1904, Euclides partiu para uma expedição na Amazônia. Retornou apenas em 1906 - tarde demais para evitar um tórrido relacionamento entre sua esposa e aquele adolescente.

Anna foi morar naquela pensão para aplacar a solidão. Lá, viviam duas amigas de sua mãe, Angélica e Lucinda Ratto. Elas eram tias de Dilermando e Dinorah. Solteironas e futriqueiras, logo perceberam algo de estranho no ar. Em um piscar de olhos, a história se espalhou. E chegou aos ouvidos do escritor - que, inicialmente, não acreditou nos rumores.

Dinorah nada tinha a ver com a história. No auge do romance, estava em São Paulo, defendendo o Internacional. Não acumulava grandes preocupações. 

Pressão mesmo era Anna quem sofria. Para evitar maiores fuxicos, Dilermando se mudou. Mas os encontros prosseguiram. As suspeitas aumentaram. A situação começou a ficar incontrolável. O casamento virou um inferno.

Dilermando chegou a escrever uma carta para Euclides, alegando inocência. O escritor respondeu, dizendo a ele que se tranquilizasse: "Na sua idade nunca se é um homem baixo. Não creio que houvesse feito uma tal injustiça. A minha casa continua aberta aos que são justos e bons. Não poderá fechar-se para você."

Puro teatro. Anna estava grávida de Dilermando, e Euclides percebia a barriga crescendo. Em meio ao caos, Mauro nasceu prematuro - a mãe, em vão, tentara abortar, inclusive inserindo agulhas no corpo.

A criança nasceu, mas morreu com oito dias de vida. Houve quem acusasse Euclides de matar o bebê, impedindo que a esposa o amamentasse. Os protagonistas da história viviam o inferno. Euclides lidava com a traição.

Anna carregava a fama de adúltera; Dilermando se equilibrava entre uma paixão proibida e a dor pela perda do filho. A situação foi amenizada em 1906, quando o militar foi convocado pelo Exército para retornar ao Sul. Mesmo assim, no ano seguinte, em visita ao Rio, ele reencontrou Anna. E a engravidou.

Nasceu Luiz, o “Lulu”. Era loiro, feito Dilermando, diferente dos filhos de Euclides - "uma espiga de milho em meio a um cafezal", como definia, ironicamente, o escritor. O filho bastardo não melhorou em nada o ambiente.

No sábado, 14 de agosto de 1909, Dinorah recebeu um pedido de Anna e Dilermando: que fosse à Rua Nossa Senhora de Copacabana observar, escondido, o máximo possível do comportamento de Euclides.

O jogador, que há pouco soubera do relacionamento, acatou a solicitação. Afinal, era grande o temor na pequena casa da Estrada Real de Santa Cruz, na Piedade, onde agora moravam os irmãos. Solon, filho de Anna com Euclides, ouvira o pai jurar vingança. A apreensão pesava sobre os amantes.

Dinorah pouco conseguiu escutar. Ao retornar para casa, teve que acalmar Solon, perturbado com todo o absurdo da situação - a mãe se relacionando com um rapaz pouco mais velho que ele, o pai prometendo matar os traidores. Eles jogaram uma partida de xadrez. Tranquilizaram-se. E foram dormir - para depois despertar no dia que mudaria suas vidas.

Chovia. Euclides da Cunha escolheu sua pior roupa naquela manhã de domingo: uma calça de casimira escura, uma ceroula branca de linho, uma camisa de linho branco e uma camisa interna de flanela.

No bolso, posicionou um revólver “Smith and Wesson”. Carregado. Pegou o trem na estação central e rumou para o subúrbio. Como não sabia onde era a casa, pediu informações a vizinhos. Até que a encontrou.

A moradia de número 214 era simples - uma construção de um pavimento, com duas janelas de venezianas, um portão baixo na entrada e um jardim enfeitado por um mamoeiro. 

Por volta de 10 horas, Dinorah observava o movimento da rua quando percebeu a presença de Euclides da Cunha. Assustado, virou-se para dentro da casa e avisou que ali estava o escritor. Acharam que era brincadeira dele. Mal sabiam que era o extremo oposto disso.

Dilermando rumou para seu quarto. Foi colocar seu traje militar. Anna e Solon se esconderam. E Euclides disse a Dinorah que queria falar com o irmão dele. Adentrou o portão. Invadiu a casa. Gritou: "Vim para matar ou morrer!". E depois arrombou o dormitório principal com um chute na porta, seguido de dois tiros. Começava o derramamento de sangue.

Dinorah, para proteger o irmão, pulou em Euclides. Os dois se engalfinharam. O escritor disparou duas vezes na direção do jogador - um tiro pegou de raspão. O zagueiro se levantou e correu na direção de outro quarto, onde pretendia pegar uma arma. Não chegou lá. Levou um tiro pelas costas, abaixo da nuca. Desabou.

Mas Dilermando também tinha uma “Smith and Wesson”. E ela também estava carregada. Com Dinorah caído, seu irmão e o escritor passaram a trocar tiros. Dilermando foi atingido abaixo da garganta, acima do estômago e no tórax. Sobreviveu.

Euclides foi baleado no ombro direito, no braço esquerdo e no lado direito do peito. O último tiro, de uma bala de 17 milímetros de comprimento por nove de largura, foi fatal. O autor de "Os Sertões" cambaleou até o jardim, onde caiu morto, abatido pelo amante de sua mulher.

Em um último suspiro, deixou uma frase de efeito, em uma derradeiro gesto literário - mas cujo teor varia na descrição de cada jornal da época. “Sofri muito... matei... morro... mas perdôo"  - segundo publicou o "Jornal do Brasil". “Odeio-te, mas te perdôo”, de acordo com "O Paiz".

Foi o fato do ano. Os jornais se esbaldaram com o escândalo. Inicialmente, para proteger a honra de Euclides, compraram a tese (elaborada pelos irmãos e por Anna) de que o escritor agira em um impulso paranoico, envolvido pelas fofocas de Angélica e Lucinda Ratto. 

Por poucos dias, Dilermando e Dinorah foram tratados como vítimas de um desvio mental do intelectual. Eram elogiados! Mas isso logo mudaria. Com o aprofundamento das investigações policiais, ficou evidente que Dilermando e Anna tinham mesmo um caso, que Euclides efetivamente foi traído - e que Dinorah foi cúmplice do romance.

A postura da imprensa, da noite para o dia, mudou radicalmente. Os irmãos passaram a ser perseguidos. Viraram vilões. E Dinorah não colaborou para amenizar isso.

Ele passou cinco dias entre hospitais e delegacias. Tentou invadir o local do crime, já que estava sem casa, e foi prontamente criticado pelos jornais. No domingo, veio a rebeldia maior: resolveu que iria a campo pelo Botafogo contra o Fluminense.

Foi um choque para a sociedade. Parecia absurdo que aquele rapaz, envolvido na maior tragédia do ano, trocasse o luto pelos uniformes de jogo, pelas chuteiras, apenas uma semana depois do ocorrido. Mas ele não quis saber. Foi mesmo assim - e como atacante. Detalhe: seguia com a bala cravada em sua espinha.

O Fluminense jogava em casa, e sua torcida era maioria. Ver Dinorah com a camisa alvinegra acirrou a antipatia do público pelo adversário, conforme relatou na época o "Jornal do Brasil". O Fluminense venceu por 2 X  1. Dinorah não fez gols.

Enquanto Dilermando se recuperava dos tiros e enfrentava a fúria popular, Dinorah, também criticado, era vice-campeão carioca com o Botafogo. O futebol era presença sólida em sua vida.

No ano seguinte, ele seguiria jogando. Mas começaria a perceber algo diferente. Ao contrário do que disseram os médicos, o tiro de Euclides da Cunha causara, sim, efeitos no corpo do zagueiro. Dinorah estava perdendo parte dos movimentos.

Motivo para largar os campos? Não tão cedo. Em 1910, ele participou ativamente do título estadual. Cada vez mais debilitado, fez gols nos massacres de 9 X 1 sobre o Riachuelo, em 5 de junho, e de 11 X 0 contra o Hadock Lobo, em 2 de outubro. Só não participou de uma partida na campanha de nove vitórias em 10 jogos.

Veio 1911, e o corpo já não obedecia mais o jogador. Em 14 de maio, ele fez seu último jogo oficial, na vitória de 3 X 0 sobre o Rio Cricket. Também foi a campo em 23 de julho, em derrota de 4 X 3 para o Americano (SP) em amistoso.

Impossibilitado de correr, atuou como goleiro. E nunca mais vestiu a camisa alvinegra. Menos de dois anos depois da “Tragédia da Piedade”, o tiro de Euclides da Cunha encerrava a carreira de Dinorah. Chegou a atuar como árbitro em algumas partidas do campeonato de 1911.

Enquanto isso, Dinorah despencava rumo à morte. O ex-zagueiro não conseguiu superar seus dramas. A invalidez impediu que jogasse futebol, e a antipatia da sociedade tornou a vida militar inviável. Ele ficou sem norte. Caiu em uma vida de bebedeiras. Contraiu sífilis. E passou a ter distúrbios mentais.

Em 1913, acompanhando o irmão em Minas Gerais, Dinorah foi parar em um hospício pela primeira vez. Foi nessa época que a bala disparada por Euclides da Cunha finalmente foi retirada de seu corpo.

Um ano depois, ele voltou ao Rio de Janeiro, e a situação só piorou. Fora de si, ele vagava pelas ruas. Dava pena. Em julho, entrou em um carro, uma espécie de táxi, e circulou pela cidade durante duas horas.

Pediu que o motorista parasse na Praia de Botafogo, perto do clube. Com metade do corpo imóvel, se jogou na água. A tentativa de suicídio foi impedida por uma testemunha da cena.

Paralitico de um lado, sem poder nadar, ia perecer, quando em seu auxílio correu o senhor Joaquim Alves Ferreira, empregado na “Fundição Americana”, que o salvou, descreveu o jornal "A Noite" em 6 de julho de 1914.

O drama de Dinorah comoveu parte da sociedade. Jornais pediram ajuda a ele. O Fluminense se solidarizou e sugeriu um jogo festivo. Em vão. O ex-zagueiro voltou a viver nas ruas. Companheiros dos tempos de América faziam o possível para que, escondido, ele passasse as noites sob as arquibancadas do estádio.

Colegas da época de Botafogo abriam uma sala para ele no clube. Mas Dinorah não tinha cura: louco, paralítico e miserável, ele rumava para seu fim. Em 1914, no Rio de Janeiro, sobrevivia de esmolas e se locomovia com auxilio de uma muleta.

Em 1916, de volta a Porto Alegre, o campeão de seis anos antes teve outra tentativa de suicídio. Na Praça da Alfândega, no Centro da cidade, deu um tiro no peito. Novamente, não conseguiu dar fim à vida.

Nos anos seguintes, reencontrou um pouco de paz ao voltar a viver com o irmão em Bagé, no interior gaúcho. Lá, segundo as memórias de Judith, filha de Anna e Dilermando, até tentou ensinar “Lulu”, seu sobrinho, a jogar futebol. Era uma cena comovente: de muletas, quase imóvel, brincava com uma bola - o objeto que tanto amava.

Mas os sinais de recuperação eram falsa esperança. Em 1921, novamente em Porto Alegre, a tragédia do ex-zagueiro encontrou seu ponto final.

Era domingo. Por volta de 17 horas, depois de conversar com conhecidos na Rua Barros Cassal, Dinorah rumou para o Rio Guaíba. E repetiu o que fizera no Rio de Janeiro. 

Na altura da Voluntários da Pátria, no trapiche da “Companhia Becker”, caiu para a morte. Foi visto por um policial, que logo iniciou a tentativa de encontrá-lo. Em vão. O corpo só foi achado uma hora depois, já sem vida.

Mas a maior vítima talvez tenha sido justamente a mais involuntária. Dinorah não traiu ninguém, não tentou matar ninguém. Por crimes e pecados de outros, pagou com o corpo, com a mente e com a vida.

Pior: corre o risco de cair no esquecimento, mesmo tendo conquistado, com uma bala cravada na espinha, um título tão representativo para o Botafogo - o clube "campeão desde 1910", como se orgulha a primeira estrofe de seu hino.

Já Dilermando e Anna se casaram em 1911. O casal teve quatro filhos, mas o relacionamento durou apenas 14 anos. Dilermando viveu em muitas cidades ao serviço do Exército e foi promovido até ao posto de General. 

Após seu relacionamento com Ana de Assis, teve Dilermando com Maria Antonieta de Araújo Jorge uma filha, a escritora Dirce de Assis Cavalcanti, prima de J. G. de Araújo Jorge.

Os acontecimentos posteriores tornaram ainda mais absurda a “Tragédia da Piedade”. Solon, o filho-testemunha da traição, se rebelou com a família. Virou seringueiro no Acre. Foi assassinado por grileiros em 1914, em uma tocaia, na floresta.

Dois anos após este acontecimento, Euclides da Cunha Filho, o “Quidinho”, aspirante da Marinha, encontrou-se a 4 de Julho de 1916 no "Cartório do 2º Ofício da 1ª Vara de Órfãos", no Rio de Janeiro, com o responsável pela morte de seu pai. E resolveu abater Dilermando.

Incrível: foi morto por ele, repetindo a sina do escritor. Puxou a arma e feriu Dilermando de Assis. Logo após este novo atentado, Dilermando reagiu ali mesmo e matou o filho da amante com três tiros. Novo escândalo, nova absolvição, mas Dilermando ficou para sempre com um rasto de sangue atrás de si.

Foram muitas as vítimas daquela manhã de domingo em 1909. Euclides foi para matar e acabou morto. Dois de seus filhos, Solon e Quidinho, não suportaram os acontecimentos e, direta ou indiretamente, também morreram por causa daquela tragédia.

Dilermando teve longa vida, casou-se duas vezes, colecionou filhos, mas sempre conviveu com a imagem de vilão, de assassino - até falecer em novembro de 1951, vítima de colapso cardíaco, aos 63 anos.

Anna de Assis também tocou sua vida, conseguiu viver com o homem que amava, mas sempre com a fama de adúltera tatuada em sua testa. Também morreu em maio de 1951, de câncer, aos 74 anos.

Entre o drama e a glória, entre a vítima e herói, Dinorah foi tudo isso, mas também foi o precursor da tradição mística da camisa número quatro do Botafogo, que identificava os “full-back” canhotos da época, a quem se seguiram o argentino Basso, que, segundo consta, inspirou o futebol de Nílton Santos, considerado por muitos o maior lateral esquerdo do mundo.

Este triste episódio deu origem à mini-série “Desejo”, encenada pela “Rede Globo”, em 1990, tendo Tarcísio Meira interpretando Euclides da Cunha, Guilherme Fontes interpretando Dilermando e Vera Fischer interpretando Anna Emília Sólon da Cunha.

Títulos conquistados. Internacional, de São Paulo: Campeão Paulista (1907); Botafogo: Campeão Carioca (1910), título que deu ao Botafogo a alcunha de “Glorioso”.  (Pesquisa: Nilo Dias)

O duelo, charge do jornal"A Manhã".