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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Um grande jogador alemão

Andreas "Andy" Brehme, foi um dos grandes jogadores de futebol que a Alemanha conheceu. Jogava de zagueiro, lateral-esquerdo e volante. Nasceu em Hamburgo, no dia 9 de novembro de 1960.

Jogou por grandes clubes como Bayern de Munique e Internazionale, de Milão. Disputou três Copas do Mundo: 1986, 1990 e 1994. Marcou, de pênalti, o gol que deu o título ao seu país na Copa de 1990.

Brehme iniciou a carreira no pequeno time do Saarbrücken, que disputava a Segunda Divisão da Alemanha. Destacou-se ali após uma única temporada, transferindo-se ao Kaiserslautern.  Por esse equipe disputou cinco temporadas, e ganhou renome por sua capacidade de chutar bem com os dois pés.

Outra de suas qualidades era de ser excelente cobrador de faltas. É claro que um jogador dono de tantas características, acabasse convocado para o selecionado nacional. Seu debut no scratch alemão deu-se na Eurocopa de 1984. Seu primeiro jogo foi contra Portugal, em 16 de junho.

Suas boas atuações na Seleção Nacional despertaram as atenções do Bayern Munique, de seu país, em 1986. Ficou dois anos no time bávaro, para depois se aventurar na Itália, juntando-se a Matthaüs, seu companheiro de Bayern.

O destino foi a Internazionale, de Milão, que era treinada por Trapattoni, e onde atuou como um falso lateral esquerdo. Logo de cara sagrou-se campeão italiano, ajudando a tirar a Inter de um longo jejum de nove anos.

E ainda ganhou o “Prêmio Guerin D’oro”, dado ao melhor jogador do ano na Serie A, pelo jornal italiano “Guerin Sportivo”. Até hoje, nenhum outro alemão conseguiu repetir o feito.

Milan e Internazionale se destacaram ao final da década de 1980 por terem em seus plantéis dois trios de grandes jogadores que deram o que falar na Itália. No Milan jogava o trio holandês formado por Gullit, van Basten e Rijkaard.

Na Inter brilhava um trio alemão que tinha Matthäus, Klinsmann e Brehme.  Desses três, Andreas Brehme é com certeza o menos lembrado. Porém ele foi fundamental na conquista do “scudetto” da Inter na temporada 1988-89 e do título mundial vencido pela Alemanha em 1990.

No início da temporada 1989-90, Brehme venceu a Supercoppa contra a Sampdoria de Mancini e Vialli. Mas nem sempre as glórias permanecem presentes na carreira de qualquer jogador.

Com ele não foi diferente. Participou da vexatória campanha da Inter na Copa dos Campeões de 1989-90, quando o time foi eliminado logo na primeira fase pelo modesto Malmö, da Suécia.

Depois uma fantástica recuperação para ele. Na Copa do Mundo de 1990, disputada na Itália, a Alemanha fez uma campanha irrepreensível, disputando toda fase de grupos em Milão, no estádio Giuseppe Meazza, onde estava acostumado a jogar.

Na semifinal, Brehme marcou o gol do empate alemão contra a Inglaterra e ainda converteu o pênalti na disputa que levou a seleção germânica à final. Foi nesse jogo que Brehme entrou definitivamente para a história.

Faltava pouco mais de cinco minutos para o jogo Alemanha X Argentina acabar, quando o zagueiro Sensini cometeu pênalti sobre Völler.

Brehme foi o encarregado da cobrança e conseguiu superar o goleiro argentino Goycochea, famoso por ser um grande pegador de pênaltis, garantindo a Alemanha o seu terceiro título mundial.

Depois da Copa do Mundo, o jogador alemão ainda colocou mais títulos na sua já grande galeria. Foi campeão da antiga Copa Uefa da temporada 1990-91, pela Inter.

Em 1992, depois de temporada decepcionante, em que o time acabou a Serie A na 8ª colocação, ocorreu a debandada dos alemães da Inter. Brehme foi para o Zaragoza, da Espanha, onde ficou só um ano, para depois retornar ao seu antigo clube, o Kaiserslautern.

Por lá conseguiu a proeza de ser campeão da Copa da Alemanha, na temporada 1995-96, e no mesmo ano ver o seu time rebaixado. Ainda assim permaneceu no clube e ajudou na volta à elite.

Ganhou a “Salva de Prata”, tornando o Kaiserslautern o único time que conseguiu esse feito, de vencer as duas divisões em anos consecutivos.

Após o título da Bundesliga de 1997-98, Brehme decidiu que era hora de pendurar as chuteiras, aos 38 anos. Ao todo foram 608 jogos e 75 gols na carreira.

Após deixar os gramados, tentou a carreira de técnico, porém sem sucesso. Dirigiu o Kaiserslautern por duas temporadas e o Unterhaching por um ano, sem nada para comemorar.

Hoje trabalha como embaixador da Associação Alemã de Futebol promovendo jogos como, por exemplo, a despedida de Oliver Kahn. Dia desses, voltou às manchetes quando dirigia pelo centro de Milão e teve um relógio de ouro furtado por assaltantes. (Pesquisa: Nilo Dias)