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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O futebol mundial está de luto

Na Copa do Mundo de 1954, disputada na Suíça, uma seleção encantou o mundo, a da Hungria, embora não tivesse chegado ao título. Era um time composto por verdadeiros craques, do goleiro ao ponta-esquerda: Grosics – Buzánski - Lóránt e Lantos - Bozsik e Zakarías - M. Tóth – Kocsis – Hidegkuti - Puskás e Czibor. Técnico: Gusztáv Sebes.

Essa verdadeira máquina de jogar futebol conseguiu ficar invicta de junho de 1950 até o fatídico dia 4 de julho de 1954, quando perdeu para a Alemanha, na decisão do Mundial da Suíça. O time húngaro chegou a estar vencendo por 2 X 0.

Foram 32 partidas, com 28 vitórias e quatro empates, espantosos 146 gols marcados, 36 sofridos e uma impensável média de 4,56 gols por jogo. Este recorde só foi superado 40 anos depois, pela Seleção Argentina, que se manteve invicta por 31 partidas, entre 1991 e 1993.

Desse time restava até ontem (domingo), apenas um jogador vivo: Jenö Buzánszky. Ele faleceu ontem à noite, aos 89 anos de idade, no hospital de Esztergom, ao Norte de Budapest, onde estava internado desde 12 de dezembro. Não resistiu a cirurgia que foi submetido.

Em 13 de junho do ano passado havia morrido o ex-goleiro Gyula Grosics, o “Pantera Negra”, aos 88 anos, que juntamente com Buzánszky eram os últimos remanescentes da equipe magiar. Puskas, o maior nome da Seleção da Hungria morreu em 17 de novembro de 2006, aos 79 anos.

Czibor, outro nome forte da “Equipe de Ouro” morreu em 1 de setembro de 1997, aos 68 anos. Sandor Kocsis, também brilhante jogador faleceu em 22 de julho de 1979, com a idade de 68 anos.
Buzánszky nasceu no dia 3 de maio de 1925, em Újdombóvár.

Sua carreira vitoriosa teve início na sua cidade natal, aos 13 anos de idade. Depois defendeu as equipes húngaras do Pécsi VSK e Dorogi Bányász, por quem disputou 274 partidas na “Primeira Liga Húngara”. Era lateral-direito.

Na Seleção de seu país jogou 49 partidas, entre 1950 e 1956. Em 1952 foi medalha de ouro nos jogos Olímpicos de Helsinque, Finlândia. Encerrou a carreira em 1960.

Mas não deixou o futebol, iniciando uma carreira de treinador, tendo dirigido vários clubes em Dorog e Esztergom. Desde 1993 era membro da direção da Federação Húngara de Futebol.

O estádio de Dorog, onde jogou entre 1947 e 1960, tem o nome de Buzánszky desde 2010. Outros estádios que homenageiam ex-jogadores da Seleção Húngara são: József Bozsik, do Honved, em Budapeste; Nándor Hidegkuti, do MTK Hungária e Puskás Ferenc, o maior multiuso da Hungria, com capacidade para 69 mil torcedores. (Pesquisa: Nilo Dias)