Boa parte de um vasto material recolhido em muitos anos de pesquisas está disponível nesta página para todos os que se interessam em conhecer o futebol e outros esportes a fundo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

O centenário “Galo da Japi”

O Paulista Futebol Clube, tradicional agremiação esportiva da cidade de Jundiaí (SP), foi oficialmente fundado no dia 17 de maio de 1909, por iniciativa de funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF). Mas bem que poderia comemorar o aniversário em data diferente, pois o clube é uma continuação do Jundiahy Foot Ball Club, fundado em 1903 pelo escocês Thomas Scott, principal contramestre das oficinas. Esse primeiro clube atendeu aos funcionários da ferrovia entre 1903 e 1908. A troca de nome aconteceu em uma reunião entre torcedores e associados, ao lado da locomotiva 34 da CPEF.

Nos primeiros anos de sua existência, por não haver competições organizadas na cidade, a atividade futebolística do Paulista se limitava a disputas internas entre os associados e esporádicos jogos amistosos contra outras equipes. Em seus primeiros tempos, o clube utilizou um campo na atual Vila Rio Branco, e em 1913 mudou-se para instalações em um terreno na Vila Leme.

Em 1919, o Paulista filiou-se a A.P.E.A Associação Paulista de Esportes Athléticos (A.P.E.A.), precursora da atual Federação Paulista de Futebol (FPF) e passou a disputar o Campeonato do Interior, tendo como adversários Ponte Preta, Guarani, Rio Claro, XV de Piracicaba, Comercial, Taubaté e Corinthians Jundiaiense, entre outros. Logo em seu primeiro ano na competição, o Paulista sagrou-se campeão da fase. No jogo final, em São Paulo, contra o Club Athleético Paulistano, campeão da capital, o Paulista perdeu por 5 X 4. O gol do título foi marcado pelo lendário Friedenreich.

Em 1928 foi inaugurada a iluminação do campo da Vila Leme, graças a contribuições financeiras da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, com um amistoso contra a Ponte Preta que terminou empatado em 2 X 2. Nesse mesmo ano o Paulista transferiu-se da A.P.E.A. para a L.A.F. (Liga de Amadores de Futebol). Em 1930 a Liga foi desfeita e o Paulista voltou a disputar os campeonatos da A.P.E.A., o que fez até 1933, quando ingressou na recém-criada Federação Paulista de Futebol.

Em 1948, o Paulista, até então um clube basicamente aos ferroviários, assumiu o papel de representante de toda a cidade na recém criada segunda divisão paulista. Já como clube profissional, o Paulista precisava de um estádio em melhores condições que o velho campo da Vila Leme. E assim foi construído em uma área do Jardim Pacaembu, o atual Estádio Jayme Cintra, com capacidade para 15 mil expectadores, inaugurado em 1957 num jogo amistoso em que o Paulista veneceu o Palmeiras por 3 X 2.

O time só conseguiu subir para a primeira divisão depois de 20 anos, em 1968 quando foi campeão invicto do Ascenso. A alegria durou 10 anos, pois em 1978, o time foi rebaixado e voltou a disputar a segunda divisão estadual . E teve de amargar seis longos anos fora da elite paulista. Em 1984, conseguiu voltar à primeira divisão, porém não resistiu mais do que dois anos, caindo outra vez para a segunda divisão.

Sem muitas alternativas para enfrentar as dificuldades financeiras, o Paulista passou a ver na associação com empresas a melhor alternativa para estruturar-se, ganhar competitividade, retornar à Primeira Divisão e nela permanecer em condições de estabilidade. A primeira experiência nesse sentido foi em 1986, com o grupo coreano Magnata, que não teve conseqüências relevantes.

Em 1995 a associação foi com a Lousano, quando mudou o nome para Lousano Paulista. Com muitos recursos financeiros não foi difícil subir da Série A-3 para à Série A-2 em 1995, e a ganhar a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1997, após derrotar o poderoso Corinthians. A parceria foi desfeita em 1998 e no mesmo ano conseguiu novo investidor, a Parmalat. E veio uma outra troca de nome, desta vez para Etti Jundiaí. A parceria deu certo e o time voltou à Série A-1 do Paulistão e à Série B do Campeonato Brasileiro.

Com o fim da parceria em 2002, o clube passou a se chamar Jundiaí Futebol Clube. A realização de um plebiscito entre a população optou pela volta do nome original de Paulista Futebol Clube. A partir daí o “Galo da Japi” conheceu sua melhor fase. Em 2004, dirigido pelo técnico Zetti foi finalista do Campeonato Paulista, depois de eliminar o Palmeiras. Na partida final, perdeu para o São Caetano, que foi o campeão daquele ano.

Em 2005, o Paulista conquistou o título de maior expressão em sua história, o de campeão da Copa do Brasil. Sob o comando do técnico Wagner Mancini, eliminou em sua vitoriosa trajetória somente times da 1ª Divisão Nacional. Juventude, Botafogo, Internacional, Figueirense, Cruzeiro e Fluminense conheceram a força do time jundiaiense, que se classificou para disputar pela primeira vez a Copa Libertadores da América.

Numa competição tão difícil, o Paulista não conseguiu passar da primeira fase. Mas ainda assim deixou sua marca, ao derrotar o grande River Plate da Argentina, por 2 X 1, em histórico jogo disputado no estádio Jaime Cintra, em Jundiaí. Nesse mesmo ano de 2006, o Paulista aplicou a maior goleada da história da Série B, ao vencer o Paysandu, de Belém do Pará, por 9 X 0.

No ano seguinte a boa fase chegou ao fim. Depois de uma péssima campanha na segunda divisão, o Paulista acabou rebaixado para a Série C de 2008.

A mascote do Paulista é o Galo. A adoção do animal como símbolo do clube veio em 1940, quando em uma partida contra seu maior rival, o Comercial, um galo foi jogado em campo enquanto o tricolor vencia a partida. Os jogadores do Comercial começaram a “caçar” o galo e a torcida do Paulista, é claro, torceu pelo animal.

Alguns jogadores importantes do futebol brasileiro vestiram a camisa do Paulista. Entre eles, Toninho Cerezo, Neto e Casagrande. Recentemente, o grande nome do time foi o meia Marcio Mossoró, destaque na conquista da Copa do Brasil de 2005, que foi para o Internacional, de Porto Alegre, sendo campeão da Libertadores de 2006 e do Mundial de Clubes no mesmo ano.

No início de 2009, o Paulista acabou montando seu elenco às pressas e lutou contra o rebaixamento até a última rodada, mesmo assim ainda conseguiu a classificação para a recém criada série D, do Campeonato Brasileiro.

Os principais títulos do Paulista em toda a sua história foram: Série A-2 do Campeonato Paulista (1968 e 2001); Campeonato Brasileiro da Série C (2001); Copa do Brasil (2005); Copa da Federação Paulista de Futebol (1999); Campeonato Paulista do Interior (1919 a 1921).

Em janeiro de 2007 o Paulista passou a fazer parte do projeto Campus Pelé que é um ambicioso e inovador projeto de estímulo aos jovens jogadores brasileiro. O Paulista é um dos pilares do projeto, sendo os outros: construção do Campus Pelé (Jundiaí), utilização da marca Pelé, parceria com um clube europeu, o FC Lausanne Sport (Suíça) e incorporação do Litoral Futebol Clube (Santos). (Pesquisa: Nilo Dias)

Os fundadores do Paulista Futebol Clube, junto a locomotiva 34 da CPEF. (Foto: Acervo do Paulista Futebol Clube)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O centenário "Galo" de Vinhedo

Três importantes clubes de futebol do interior paulista completaram 100 anos de fundação neste inicio de 2009: Associação Rosinhense de Futebol, de Vinhedo, Paulista Futebol Clube, de Jundiaí e Rio Claro Futebol Clube, de Rio Claro. Outros dois também vão entrar no seleto grupo de agremiações centenárias neste ano de 2009, o Coritiba Futebol Clube, de Curitiba (PR) em 12 de outubro e o Club Sportivo Sergipe, de Aracaju, em 17 de outubro.

A história da Associação Rosinhense de Futebol começou a ser escrita no dia 20 de Janeiro do ano de 1909, quando um grupo de desportistas reuniram-se em uma fábrica de chapéu de palhas, pertencente ao senhor João Benetti, que se localizava próximo a atual Praça de Sant’Ana, no centro do então Distrito de Rocinha, com o objetivo de fundar um time de futebol.

Não foi preciso muita conversa para que chegassem a um consenso quanto ao nome do novo clube: Associação Rocinhense de Futebol, uma referência ao distrito de Rocinha, que passou à município em 1948, mudando o nome para Vinhedo. As cores escolhidas para as camisas foram o vermelho e branco.

Na ata de fundação constam os nomes dos desportistas Romeu de Moraes, Antônio Gonçalves, Attílio Braghetto, Francisco Salustiano de Souza, Epifânio Salustiano de Souza e Fernando Biscardi. Curiosamente, não foi eleita uma Diretoria, dividindo-se de maneira igual às responsabilidades. Todos concordaram numa coisa, que a principal atividade da nova agremiação seria o futebol. De imediato foi conseguido um campo, no local onde hoje se encontra a Igreja Matriz. Depois, o time se transferiu para a Vila Planalto, em uma área que pertencia a Familia Pescarini e onde atualmente está o Colégio Patriarca da Independência.

Organizado e bem dirigido, não demorou para que o Rocinhense ganhasse muitos torcedores. O esforço de seus jovens dirigentes era reconhecido, tanto que o clube ganhou uma gleba de terra, pertencente à dona Leontina Swalles de Barros, proprietária da Fazenda Cachoeira. A terra doada é onde hoje se localiza o balneário do clube, perfazendo uma quadra inteira na área central da cidade.

Não demorou para que o Rosinhense passasse a ser um time conhecido e respeitado em toda a região. O crescimento rápido exigia pulos mais altos. Os jovens do distrito clamavam por um local onde pudessem se reunir e se divertir. A idéia foi amadurecendo e o clube, que já contava com um bom número de sócios e algum recurso em caixa, acabou por comprar uma área ao lado da Igreja Matriz, na Praça de Sant’Anna, de propriedade da Família Trevisan, por 30 contos de réis. E uma outra parte da área, onde foi erguida a sede social, foi presente da Família Magalhães.

Nos seus primeiros anos de existência o Rosinhense possuía uma das melhores equipes de futebol da região. O “Galo”, como era chamado por seus torcedores chegou a participar por diversas vezes de campeonatos regionais da Federação Paulista de Futebol. Disputou a 4ª Divisão de Profissionais em 1966 e 1967. Foi campeão da Série Carlos Rolim em 1953 pela Liga Campineira de Futebol, e por várias vezes campeão municipal de Vinhedo. A mascote do clube é o “Galo Vermelho e Branco”.

O Rosinhense foi o primeiro adversário do Guarani, fora de Campinas. O jogo amistoso foi realizado no dia 1 de outubro de 1911 e vencido pelos visitantes por 2 x 1.

Atualmente a Associação Rocinhense de Futebol é dona de um apreciável patrimônio, possuindo auma sede na Praça de Sant’Ana, um salão social, sala de troféus e reuniões, dois campos de bochas acarpetados, salão de jogos, lanchonete e secretaria. No balneário localizado na Rua Fernando Costa, existem duas piscinas, uma quadra de tênis e paredão, um campo de futebol society, uma quadra poliesportiva, sala para exercícios, parque infantil, salão de jogos, dois campos de bochas, pista para autorama, sauna, lanchonete, área para churrascos e vestiários. (Pesquisa: Nilo Dias)

Fundação do Rosinhense (Foto: Acervo da Associação Rosinhense de Futebol)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A morte entra em campo (Final)

O jogador de vôlei Cedric Schlienger, de 26 anos, do Clube Chaumont, da França morreu no dia 30 de agosto de 2007, enquanto era levado a um hospital, pouco depois de sofrer uma parada cardiorespiratória, durante um treino de sua equipe.

O jogador Jairo Andrés Nazareno, de 21 anos, do Chimborazo F.C., da terceira divisão do Equador, morreu no dia 1 de setembro de 2007, após disputar uma partida pela sua equipe, no estádio de Yaruquies, contra a Liga Politécnica. Nazareno há um mês tinha entrado na equipe da cidade andina de Riobamba.

O técnico do Chimborazo, Ramiro Sucuy disse que 20 minutos depois do final do jogo o atleta subiu às arquibancadas para assistir à partida entre Star e Atlético Universitário, quando começou a se queixar de dores no peito e paralisação progressiva do corpo. Ele foi levado a um hospital de Riobamba onde foi atendido pelos médicos, mas começou a ter convulsões e acabou morrendo.

Mais dois jogadores de futebol morreram nesse fatídico dia 1 de setembro de 2007. O atleta zambiano Chaswe Nsofwa, do clube Hapoel Beersheba, de Israel, de 26 anos morreu depois de desmaiar em um treinamento no dia 1 de setembro de 2007. Após seguidas tentativas de reanimação, o jogador foi atendido no Hospital Soroka, onde não resistiu e morreu. A temperatura durante o treinamento estava próxima aos 40ºC.

O futebolista espanhol Angel Arenales Torres, de 31 anos, do Club Veteranos del Atletico Sobrarbe, de Huesca, ao norte da Espanha morreu de parada cardiaca, logo após o término de um jogo amistoso de seu clube.

O experiente jogador Phil O’Donnel, 35 anos, médio e capitão do Motherwell, um time mediano da Escócia, morreu na tarde do dia 29 de dezembro de 2007, depois de ter desmaiado no gramado, quando ia ser substituído durante um jogo contra o Dundee United. O jogador foi assistido no local durante cinco minutos e levado para o Wishaw General Hospital, mas todos os esforços feitos para a sua reanimação foram inúteis. Pelas informações que chegaram, ele sofreu um derrame cerebral. Phil O'Donnell começou a carreira de futebolista no próprio Motherwell e depois alinhou no Celtic e no Sheffield Wednesday. Em 2004 regressou ao clube do Fir Park.

Frente a tantas mortes ocorridas nos gramados, a Fifa acendeu um sinal de alerta para a prevenção desses casos, passando instruções necessárias às seleções que disputam as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 sobre as medidas para se tentar evitar que estes incidentes se repitam. Com relação às posturas adotadas pelos clubes, a Fifa afirmou que não pode fazer nada a respeito do assunto, já que possíveis punições por negligência ou qualquer outro tipo cabe à federação ou a membros da Justiça do país onde ocorreu o incidente.

Toda essa situação está chamando a atenção de cardiologistas do mundo inteiro, como Nabil Ghorayeb, um dos principais nomes de sua área no Brasil e especialista em Medicina do Esporte. Na sua ótica, só existe uma solução para prevenir o risco de novas mortes nos campos de futebol: a avaliação correta do estado de saúde do atleta antes do início das atividades.

Ele observa que o esporte não mata, e sim as doenças não diagnosticadas ou desvalorizadas. O fato do número de mortes súbitas ter aumentado é relacionado ao aumento no número de praticantes. “Como todos querem praticar exercícios físicos, aumenta o número de problemas”, disse.

O cardiologista chama a atenção para a obrigatoriedade da existência de equipamentos de socorro em casos de problemas cardíacos. Cerca de 90% das mortes súbitas ocorrem por um caos elétrico no coração, que faz o órgão bater acelerada e desordenadamente. E, em oito de cada dez casos desse tipo, a única esperança de sobrevivência da vítima é o uso de um equipamento de choque elétrico, o chamado desfibrilador.

Os especialistas afirmam que a presença do aparelho é fundamental em academias e locais onde se praticam esportes. ''É desejável que nesses lugares haja esses equipamentos e que eles estejam acessíveis'', diz o chefe do setor de Arritmia Cardíaca do Hospital Pró-Cardíaco, do Rio de Janeiro, Eduardo Saad. ''Respiração boca a boca e massagens podem manter a pessoa viva por um curto período, mas não resolvem'', alerta.

Nos Estados Unidos, as academias já se equiparam e os desfibriladores estão também em aeroportos, cassinos e shopping centers. O cuidado se justifica: as doenças do coração são as que mais matam os americanos. ''No Brasil, poucos lugares possuem desfibrilador'', diz Saad.

Um projeto de lei do senador Tião Viana (PT-AC) determina a obrigatoriedade de equipar locais públicos com desfibriladores cardíacos. Parado na Câmara dos Deputados, o texto prevê que os equipamentos sejam colocados em rodoviárias, aeroportos, centros comerciais, ginásios esportivos, hotéis, templos ou em locais que tenham aglomeração ou circulação superior a 2 mil pessoas por dia.

Além disso, os Conselhos Regionais de Educação Física e Medicina do Rio de Janeiro também estudam a obrigatoriedade do aparelho em academias de ginástica do Estado. Por enquanto, no Brasil, apenas o Estatuto do Torcedor obriga os estádios a ter desfibriladores. (Pesquisa: Nilo Dias)

Doutor Nabil Ghorayeb, médico cardiologista e especialista em Medicina do Esporte, explica porque cada vez mais pessoas morrem durante competições esportivas.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A morte entra em campo (2)

Uma parada cardíaca foi a causa da morte do jogador camaronês Marc-Vivien Foé, que caiu no gramado do estádio Gerland aos 27 minutos do segundo tempo do jogo semifinal da Copa das Confederações, em junho de 2003, quando a seleção de seu país enfrentou a Colômbia. Até o médico da seleção colombiana, Héctor Fabio Cruz, tentou ajudar o atleta, que ainda teve um ataque epilético antes de morrer num hospital de Lyon.

A autópsia feita no meia camaronense revelou que ele possuía uma hipertrofia cardíaca causada pelo hiperdesenvolvimento da válvula esquerda. Mesmo com a morte do compatriota, os camaroneses foram a campo para disputar a decisão da competição contra a França, após pedido formal do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e foram derrotados por 1 X 0 na prorrogação.

Uma convulsão tirou a vida do zagueiro Maximiliano Ferreira, do Botafogo de Ribeirão Preto. O ataque ocorreu durante um treinamento do time, em 2003.

Com apenas 20 anos de idade o volante e capitão da equipe de juniores do Criciúma (SC), Edicam Gabriel da Rosa morreu durante um treinamento. Acredita-se que tenha sido vítima de uma parada cardiorespiratória, o que não foi confirmado uma vez que a família não permitiu que fosse feita a necropsia.

O jogador húngaro Miklos Fehér sofreu uma parada cardiorespiratória durante a final do Campeonato Português em 25 de janeiro de 2004. Ele jogava pelo Benfica e entrou na partida contra o Vitória de Guimarães aos 15 minutos de seu final.

Dois dias depois, um jogador de 30 anos, identificado apenas como Andreas, sofreu um colapso em treino do Kavlinge, da quarta divisão sueca.

No dia 30 de abril de 2004 o goleiro Dany Ortiz, de 28 anos, da seleção da Guatemala e do Municipal da Cidade de Guatemala, morreu depois de sofrer uma forte pancada no tórax, em uma jogada fortuita com um atacante da equipe rival, o Comunicaciones . Ele tombou no gramado do Estádio Olímpico Mateo Flores com uma grave hemorragia interna e acabou falecendo horas depois em um hospital privado do sudeste da cidade, também em decorrência de problemas cardíacos.

Em maio de 2004, o futebol português vivenciou outro drama de perto. O jovem Bruno Baião, 18 anos, teve uma parada cardíaca logo após treinar pela equipe júnior do Benfica. Ele foi levado para um hospital e, após permanecer quatro dias em coma profundo, teve a morte anunciada.

No dia 5 de dezembro de 2004 o jovem jogador de 19 anos, Diego Carvalho, do Soccer Club de Ribeirão Preto (SP), uma franquia da escola do São Paulo Futebol Clube ficou desacordado depois de cabecear uma bola aos 8 minutos de um jogo contra o José Sampaio, em Brodosqui (SP). Diego foi atendido por um assistente aposentado do Corpo de Bombeiros de nome Cabral, que fez respiração boca a boca. Como o estado do jogador não era bom ele foi levado ao posto de saúde da cidade de Brodosqui, onde chegou quase sem pulso e com dilatação de pupilas.

O pai do jogador, Pedro de Carvalho, estava presente e levou o filho às pressas para Ribeirão Preto, sendo atendido no Hospital Ribeirânia, através de convênio médico, mas não foi possível salvá-lo.

Diego de Carvalho era o artilheiro do campeonato e estava sendo preparado para ser observado nas categorias de base do São Paulo, onde o Soccer Club, sempre manda as revelações. Diego de Carvalho teve uma passagem nas categorias de base do Comercial, e estava em dúvida quanto a seguir a carreira, pois no ano seguinte deveria ingressar na faculdade.

No mesmo dia 5 de dezembro de 2004 o atacante brasileiro Cristiano de Lima Júnior, 25 anos, do time indiano Dempo Sports, morreu vitimado por um infarto. O jogador caiu desacordado no gramado do estádio de Bangalore, ao Sul da Índia, após se chocar com o goleiro adversário, Subroto Pul, pouco antes do término do jogo final da Copa da Federação (competição nacional da Índia).

Mas, de acordo com outro brasileiro da equipe, Douglas Silva, Cristiano foi agredido com um soco por Pul, e depois caiu desacordado. O jogador foi levado para o hospital, mas não resistiu e morreu no caminho. O Dempo venceu o Mohun Bagan por 2 X 0 e ambos os gols foram marcados por Cristiano.

O esloveno Nedzad Botonjic, 28 anos, morreu em fevereiro de 2005 durante um treino de sua equipe, o NK Ljubljana. O goleiro titular da equipe da Eslovênia teve um mal súbito, caiu e não conseguiu ser reanimado pelos médicos da equipe. Dirigentes e médicos do clube afirmaram que desconheciam qualquer problema cardíaco do atleta.

Em setembro de 2005 ocorreu a morte do jovem triatleta Tiago Machado, em Juiz de Fora (MG). Ele teve sintomas de tonturas e palpitações dias antes, não valorizados e possivelmente em razão disso sofreu uma parada cardíaca não recuperada, seguida de morte súbita irreversível durante treinamento.

O atacante paraguaio Sixto Rojas, do Sportivo Trinidense, teve um colapso durante treino em 11 de janeiro de 2006, e faleceu no hospital minutos depois. Os médicos acreditam que ele teve uma embolia cerebral.

Nilton Mendes, brasileiro, 30 anos, ex-jogador do Atlético Mineiro, defendia o Shakhtyor de Karagandá, no Casaquistão e morreu vítima de uma parada cardíaca em setembro de 2006. Nilton se sentiu mal durante um treino e foi examinado pelo médico da equipe, que constatou que ele estava com a pressão muito elevada. Os médicos tiveram tempo de chamar o resgate, mas o atleta não resistiu e morreu.

O jogador Alex Sandro de Souza Pereira, de 29 anos, que defendia o América de Avaré (SP), teve uma parada cardiorespiratória em 26 de novembro de 2006, durante uma partida amistosa contra o Vila Martins. Os companheiros de time tentaram reanimá-lo ainda em campo. Ele foi colocado em uma ambulância, mas não resistiu e morreu no hospital.

Maria de Souza, de 50 anos, tia do jogador teve um ataque cardíaco quando soube da morte do sobrinho e também morreu. Além da tia, a avó do jogador passou mal e chegou a ser internada na UTI do Hospital de Avaré, mas se recuperou, recebeu alta e foi para casa.

O jogador havia defendido a Matonense no Campeonato Paulista da Série A-3, no início do ano. Desde abril, no entanto, estava sem clube e vinha participando apenas de partidas do futebol amador.

No mesmo dia morreu o atleta Anderson Rocha da Silva, 17 anos, durante a Maratona de Curitiba (PR) e Raimundo Rodrigues Sobrinho, 57 anos, em Cuiabá (MT). Os dois foram vítimas do que os médicos chamam de morte súbita no exercício e no esporte (MSEE).

O jogador Antônio Puerta, de 22 anos, que defendia o Sevilla da Espanha morreu no dia 28 de agosto de 2007, vítima de falência múltipla dos órgãos, causada por uma parada cardíaca prolongada. Puerta desmaiou durante uma partida do Campeonato Espanhol, mas se recuperou e foi andando até o vestiário, onde sofreu a parada cardíaca. O jogador ainda ficou três dias no hospital Virgen Del Rócio, em estado crítico.

Com a morte desse jogador a UEFA se preocupou tanto que chegou a cancelar jogos das competições européias, e certos clubes, como o Olympikos se recusaram a jogar no dia posterior ao fato. Desta vez a coisa afetara um país europeu de grande porte em que é realizado um dos principais campeonatos de todo o mundo.

Depois da morte de Puerta, os exames médicos realizados por clubes espanhóis ganharam uma novidade: um teste genético para detectar doenças cardíacas. O teste consiste em um estudo do DNA para detectar alterações genéticas. O exame ajuda a prevenir casos de morte súbita em campo e outros problemas do coração. (Pesquisa: Nilo Dias)

Velório do jogador espanhol Puerta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A morte entra em campo (1)

Estão reabertas as discussões sobre as causas de mortes súbitas de atletas de corridas populares como a São Silvestre, jogadores de futebol e de outras atividades esportivas, que vem aumentando nos últimos anos em todo o mundo. O caso mais recente e dramático foi o do jogador de futsal, José Carvalho da Cunha Júnior, o “Rabicó”, de 39 anos, que teve passagens pela Seleção Brasileira de futsal na década de 90 e Barcelona da Espanha. Ele morreu na noite de 30 de abril, ao sofrer um infarto minutos depois do final da partida pelo campeonato gaúcho da Série Ouro, em que sua equipe, a Associação Santa Cruz de Futsal (Assaf) perdeu por 6 X 3 para a Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF).

Ainda na quadra do Ginásio Poliesportivo Municipal de Santa Cruz do Sul, o jogador, que marcara o último gol de sua equipe e que já projetava a aposentadoria, sofreu um mal súbito e caiu desacordado quando era entrevistado por uma emissora de rádio da cidade. Uma ambulância estacionada na frente do ginásio levou Rabicó ao hospital Santa Cruz, onde os médicos tentaram reanimá-lo por cerca de 30 minutos, sem êxito. A morte de Rabicó foi confirmada às 22h30min.

A morte do pivô Rabicó traz a lembrança outros casos de jogadores que faleceram após sentirem-se mal enquanto jogavam. No Brasil, o episódio mais conhecido é o do zagueiro Serginho, do São Caetano, que desmaiou em campo durante um jogo contra o São Paulo, em outubro de 2004. Serginho foi socorrido no gramado do estádio do Morumbi, e levado ao hospital, mas não resistiu e morreu na mesma noite.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o clube paulista com a perda de 24 pontos no campeonato brasileiro daquele ano por negligência. De acordo com a corte, a direção do São Caetano tinha conhecimento de que Serginho enfrentava problemas de saúde e, mesmo assim foi escalado para jogar. No dia 11 de fevereiro, os jogadores do São Caetano passaram por uma série de exames de rotina no Instituto do Coração (Incor), de São Paulo. Durante um ecocardiograma foi detectado que o coração do zagueiro Paulo Sérgio de Oliveira Silva, o Serginho, apresentava uma arritmia, anormalidade na freqüência cardíaca.

Novos exames mostraram que o coração do atleta não funcionava bem, batia num ritmo desordenado e tinha dificuldade para bombear sangue para o resto do corpo. Apesar de nenhuma artéria estar comprometida, o coração do jogador estava dilatado e com suas funções comprometidas. De acordo com as diretrizes médicas internacionais, uma pessoa nessas condições deve ser proibida de praticar exercícios físicos extenuantes. Isso significa, portanto, que Serginho não poderia jogar futebol e o que aconteceu com ele foi uma tragédia anunciada.

Com a morte de Serginho as ambulâncias foram cobradas nos estádios e vários clubes fizeram convênios com hospitais para que elas estivessem presentes nos jogos.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) registra 25 mortes de atletas com menos de 35 anos por ano em vários esportes. O futebol está em primeiro lugar, o basquete em segundo e as corridas em terceiro, por que são os mais praticados em todo o mundo.

A lista de jogadores de futebol e outros atletas que morreram em atividade é extensa e praticamente impossível de ser registrada na totalidade. Segundo dados oficiais do Comitê Olímpico Internacional, de 1966 até o ano passado, se contabilizaram 1.101 mortes de atletas, com menos de 35 anos, em todo o mundo. O primeiro relato de morte súbita relacionada à atividade física intensa ou esportiva foi a do soldado grego Pheldippides, mensageiro da vitória dos gregos sobre os persas em 490 AC.

Em 1971, o zagueiro Tininho, do Guarani de Campinas sofreu um aneurisma cerebral durante um treino de seu time. Os jogadores já estavam deixando o campo quando o rapaz tombou morto.

Em dezembro de 1971 o jogador português Fernando Paschoal das Neves, do F.C. do Porto, morreu durante um jogo contra o Vitória de Setúbal. Foi vítima de uma parada cardíaca.

O jogador Valtencir, do Colorado (atual Paraná Clube) morreu aos 32 anos de idade, no dia 18 de setembro de 1978 por causa de lesões na coluna, sofridas em um jogo contra o Maringá. O lateral-esquerdo sofreu lesão na coluna cervical e no cérebro após choque com o jogador Nivaldo, e morreu no local, no Estádio Willie Davis, em Maringá.

Em 1982 o lateral-direito do Sport (Recife), Carlos Alberto Barbosa, de 26 anos, morreu vítima de um infarto que ocorreu durante uma partida contra o XV de Piracicaba, pelo Campeonato Brasileiro. O jogador sentiu-se mal e caiu no gramado. Sua morte, só foi anunciada após o jogo, vencido pelo time pernambucano por 4 X 1.

O zagueiro Beto, do Moto Clube, morreu também de infarto durante o jogo contra o Tocantins, no dia 14 de setembro de 1985, em São Luís (MA).

O jogador Zezinho Figueroa, da Internacional de Limeira (SP) morreu durante um treino recreativo de seu time, em 1986. Mais tarde foi descoberto que ele tinha um aneurisma cerebral.

No final da década de 80, o lateral-esquerdo João Pedro, do Sport (Recife) foi vítima do coração. Morreu em Timbaúba, no Estádio Ferreira Lima, numa partida contra o Estudantes, pelo Campeonato Pernambucano.

O jogador nigeriano Samuel Okwaraji morreu em agosto de 1989, em um jogo contra a seleção de Angola pela classificação ao Mundial. A autópsia revelou que ele tinha um coração muito grande e forte pressão sangüínea.

No confronto entre o York City e o Lincoln City, pelo campeonato inglês de 1990, o jogador Dave Longhurst caiu morto em campo, vítima de uma doença rara no coração.

O zagueiro carioca Vagner Bacharel, de 36 anos morreu de forma estúpida. Num jogo pelo campeonato paranaense, quando defendia o Paraná Clube, na disputa de uma bola pelo alto com o jogador Sérgio Ponvoni, do Campo Mourão, bateu com a coluna cervical no chão e, desacordado, foi levado a um hospital para atendimento.

Aparentemente não era nada de mais grave, tanto que recebeu alta hospitalar e voltou para casa, a fim de continuar o tratamento. Mas as dores de cabeça foram intensificando e, levado novamente ao hospital sete dias depois, não resistiu e morreu no dia 20 de abril de 1990.

Em fevereiro de 1995, o jogador brasileiro Augusto, que defendia um time da segunda divisão da Bélgica, rompeu a artéria aorta e morreu em campo. (Pesquisa: Nilo Dias)

A morte de Serginho teve repercussão nacional.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Hércules, o “Dinamitador”

Hércules de Miranda, considerado o melhor ponta-esquerda de toda a história do Fluminense Football Club, ganhou com justiça o apelido de “Dinamitador”, devido ao seu chute fortíssimo. O apelido pegou a partir de 1936, quando se consagrou definitivamente no Rio de Janeiro, graças a seus gols de falta. Segundo o cronista esportivo Geraldo Romualdo da Silva, Hércules tinha “um canhão no pé esquerdo e um míssil no direito”. Hércules nasceu em Guaxupé (MG), no dia 2 de julho de 1912 e morreu no Rio de Janeiro, em 3 de setembro de 1982.

Sua carreira começou na várzea paulista, e de 1930 a 1934 ele jogou no Juventus, de onde Paulo Machado de Carvalho o levou para o São Paulo da Floresta. Houve a dissolução do clube e Hércules passou a atuar no Independente, time de exibição em São Paulo, ao lado de Friedenreich, Araken e Orozimbo.

A torcida carioca o viu pela primeira vez no dia 7 de janeiro de 1934, em São Januário, onde cariocas e paulistas decidiam o título brasileiro e ele fez o gol da vitória paulista na prorrogação, depois do empate por 1 x 1 no tempo regulamentar. Como tinha passe livre, foi contratado pelo Fluminense.

A estréia de Hércules no clube carioca se deu no dia 12 de junho de 1935, na vitória sobre a Portuguesa de Desportos por 3 X 1. Para jogar no Fluminense, recebeu 10 contos de réis, uma fortuna na época, e passou a formar um grande elenco com Batatais - Ernesto Santos e Machado – Marcial - Brant e Orozimbo – Sobral - Russo - Gabardo e Vicentini.

Após a Copa do Mundo no Uruguai, os clubes brasileiros começaram a se profissionalizar, e no Fluminense o responsável por este trabalho foi o visionário presidente Oscar Alaor Prata, que trouxe para o time a base da fortíssima seleção paulista.

Em 1936, o elenco contava, entre outros, com o versátil e criativo centroavante Romeu e com o ponta-esquerda Hércules. Neste ano, Flamengo e Fluminense terminaram o Campeonato Carioca empatados em número de pontos e tiveram que decidir o título em uma melhor de três. Após um empate por 2 X 2 no primeiro jogo e uma vitória tricolor por 4 X 1 no segundo, o troféu foi para as Laranjeiras com o resultado de 1 X 1 no terceiro e decisivo confronto.

No ano seguinte, o meio-campista Elba de Pádua Lima, mais conhecido como Tim, chegou como um grande reforço para o grupo, formando um ataque avassalador ao lado de Romeu e Hércules. Inteligente, goleador e com um drible desconcertante, Tim se tornou o destaque do time e um dos maiores jogadores da história do Fluminense. No Estadual de 37, o Tricolor foi campeão com uma campanha irrepreensível: 17 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Sob a bututa de Tim, a equipe não teve dificuldades para se sagrar tricampeã estadual em 1938.

A seqüência de títulos só foi interrompida em 1939, quando o Flamengo, comandado por Leônidas, venceu o Carioca. Nos dois anos seguintes o Tricolor venceu o torneio estadual. De todas as decisões, a mais famosa aconteceu em 1941, no jogo que ficou marcado como o Fla-Flu da Lagoa. Para à equipe das Laranjeiras bastava o empate para garantir o título. Por isso, os jogadores chutavam a bola para a Lagoa Rodrigo de Freitas. Os remadores do Rubro-Negro tinham que buscá-la de barco, pois não havia bolas para reposição. A tática deu certo. No fim, o empate de 2 X 2 e o bicampeonato conquistado pelo Fluminense.

Hércules vestiu a camisa do tricolor carioca por 176 vezes entre 1935 e 1942, fazendo 164 gols em 176 jogos, uma média de quase um por partida, sendo até os dias de hoje, o quarto maior artilheiro da história do Fluminense. Pelo Fluminense, foi campeão carioca em 1936, 1937, 1938, 1940 e 1941.

O auge de sua carreira aconteceu no tricampeonato de 1936, 37 e 38, quando se tornou o artilheiro absoluto da campanha com 56 gols (23, em 1936; 23, em 1937; e 10, em 1938). Em 1940, foi de novo o artilheiro do time com 12 gols.

Em 1941, teve seu último ano de glória no Fluminense. Foi quando surgiu o jogador Carneiro, que passou a dividir com ele a ponta-esquerda. Em 1942, transferiu-se para o Corinthians paulista, onde jogou ao lado de seu amigo Domingos da Guia, um dos zagueiros que mais trabalho teve para marcá-lo, vindo a encerrar a carreira um ano depois, voltando para o Rio de Janeiro onde exerceu a profissão de corretor imobiliário. Com a camisa corinthiana, Hércules fez 73 partidas e marcou 53 gols.

A sua passagem pelo Fluminense também ficou marcada fora dos gramados. Ele se casou com uma associada branca do clube, o que fez com que a diretoria tricolor proibisse o ingresso de atletas nos quadros sociais da entidade. Os dirigentes diziam que “Hércules tinha de saber qual era o seu lugar - lugar de empregado, lugar de mulato, lugar de crioulo”. Felizmente, Hércules se deu bem na vida e ao pendurar as chuteiras, em 1946, já era dono de casas e terrenos em São Paulo.

Pela Seleção Brasileira, Hércules fez seis partidas e três gols, tendo jogado duas partidas na Copa do Mundo de 1938. Em 1938, Hércules foi à Copa do Mundo, na França. Em sua trajetória de 15 anos pelos gramados, Hércules jogou pelos seguintes clubes: Juventus-SP (1928-1934); São Paulo da Floresta (1935); Fluminense-RJ (1935-1941) e Corinthians Paulista (1942-1943). Foi campeão carioca nos anos de 1936, 1937, 1938, 1940 e 1941. Foi artilheiro do campeonato carioca em 1936. (Pesquisa: Nilo Dias)

(Foto: Acervo do Fluminense F.C.)