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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Os 100 anos do Olímpico de Blumenau

No último dia 14 o Grêmio Esportivo Olímpico, de Blumenau (SC) se tornou centenário. O clube foi fundado em 14 de agosto de 1919 com o nome de Sociedade Desportiva Blumenauense. Seus fundadores foram imigrantes alemães.

Segundo relatos da época, a primeira ata do Futebol Clube Blumenauense (FCB) foi realizada no dia 14 de agosto de 1919. Na ocasião, cerca de 20 homens participaram do encontro no Hotel Guarujá, Alameda Duque de Caxias, no centro de Blumenau.

Alguns idealizadores do clube presentes foram: Emílio Hoetgebaum, Henrique Sachtleben, Paulo Grossenbacher, João Hahn, Otto Brunner, Fritz Nicolai, Arthur Petters, Paul Kielwagen, Victor Theodoro Laux, Paulo von Czekus, Hermann Scheidemantel, Ernst Willrich, Hermann Hemke, Alfredo Diebold, Arthur Bruner, Alfredo Gehrer, Otto Güse, Hermann Brandes, Andréas Hoetgebaum, Alfredo Carvalho, Manoel dos Santos e August Mausmann.

As reuniões do FCB costumavam ser realizadas em hotéis da cidade ou muitas vezes nas próprias residências de dirigentes e associados. Além das atividades esportivas, o clube realizava periodicamente bailes públicos.

Logo nos primeiros anos de fundação o FCB conseguiu um de seus mais importantes troféus: o “Campeão de Simpatia”. O antigo cinema do “Hotel Holetz” realizou em maio de 1922 um concurso para eleger o clube mais simpático de Blumenau entre os freqüentadores de suas sessões cinematográficas. O Futebol Clube Blumenauense foi então o escolhido para receber o troféu.    

A diretoria mandou construir uma pequena caixa para colocá-lo em exposição em uma das lojas da cidade, sendo esse o primeiro registro de um troféu recebido pelo clube ao longo de sua história.  

Aos poucos o futebol tomou conta de Blumenau, dando início as grandes rivalidades entre os times. Os primeiros jogos do FCB eram disputados em um terreno próximo ao campo do Brasil, pertencente então à Família Holetz.

Logo depois a “Sociedade Ginástica” emprestou o campo de exercícios, onde hoje se estende o complexo do “Conjunto Educacional Pedro II”, para as competições. 

O primeiro torneio data de 1921. A equipe do Blumenauense era formada basicamente pelos fundadores do clube e do times enfrentados destacavam-se o Caxias Foot Ball Club e o Brasil FC. A concessão do campo durou 17 anos. 

Até 1930 o FCB havia vencido nove torneios regionais. O intercâmbio não era comum, principalmente pelas dificuldades de ligação entre os municípios catarinenses. Na época o clube possuía jogadores como Kloth, Koenig, Waldemiro e Tigy.

Além do Blumenauense, existiam na cidade outras equipes, clubes esses voltados exclusivamente ao futebol: o Bom Retiro, fundado em 1926 e que mais tarde seria um dos troncos do atual Clube Blumenauense de Caça e Tiro; o Amazonas, criado entre os operários da Empresa Garcia; Victória, mais tarde Vasto Verde, no Bairro da Velha; Liberdade; o Altonense, do bairro de Altona, hoje Itoupava Seca; e o América, depois Guarani, na Itoupava Norte. 

Uma curiosidade é que o clube havia nascido com o nome de Blumenauense Football Club, mas oficialmente era Football Club Blumenauense. No estatuto de 1937 passou a denominar-se Blumenauense Sport Club e, finalmente em 1938, Sociedade Desportiva Blumenauense, seu último nome antes de tornar-se Grêmio Esportivo Olímpico, em 1944. 

O FC Blumenauense recebeu inúmeras pressões de quem não admitia que o clube se voltasse ao profissionalismo. A principal oposição era da Sociedade Ginástica, que lhe tirou o direito de usar o campo que lhe fora emprestado.

Em seguida muitos dos atletas também abandonaram a equipe. O impasse foi combatido, formando-se uma equipe de juvenis dirigida por Lindolfo Natal. Começaram a surgir atletas que mais tarde representariam verdadeiras bandeiras do clube, como Margarida, Zinkhahn, Nieksche, Wilmar da Luz e Júlio Grossenbacher.

Com o fim do campo da Ginástica para os treinos, a agora Sociedade Desportiva Blumenauense (SDB) iniciou a compra de um terreno para a construção do seu novo campo. Durante um tempo, como alternativa o clube jogava eventualmente no gramado do Brasil e nos demais clubes de Blumenau.

O grupo de atletas que possuía também projetou-se positivamente na cidade, alcançado logo em seguida prestígio a nível estadual e enfrentando os mais diversos times de Santa Catarina e de outros estados.

A organização futebolística recebia novos moldes na região, com a criação em 1941 da Liga Blumenauense de Futebol (LBF), uma instituição que tratava do futebol na cidade. A nova entidade surgiu do idealismo dos desportistas Capitão Nilton Machado Vieira, Benjamin Margarida e Willi Pawloswky, e o 1º presidente Alfredo Campos, um dos fundadores do Brasil FC, e mais tarde prefeito da cidade. 

No primeiro campeonato, o de 1941, o Brasil Futebol Clube foi o Campeão Catarinense de Futebol, título conquistado também no ano seguinte, em 1942.
 
Em 1943 o time da Sociedade Desportiva Blumenauense disputava o título da Liga Blumenauense de Futebol com outras sete equipes: Brasil (mais tarde Palmeiras), América (hoje Guarani EC), Bandeirantes (Brusque), Timboense, Indaial, Concórdia (Rio do Sul) e Tupy, de Gaspar. 

Sob o comando do técnico Manoel Pereira Júnior e o Tenente Hernandez na preparação física dos atletas, o Blumenauense organizou uma equipe formada por Waldir, Arthur e Arécio, Piska, Hini e Generoso, Iço, Willy, Bodinho, Pie e Abreu.

A SDB conquistou o título da LBF, vencendo os 15 jogos disputados, marcando 77 gols, tendo sofrido apenas 16. O Blumenauense teve ainda o goleador do campeonato, Abreu, com 22 gols, seguido por Bodinho, com 20.  

A campanha de 1943 começou com o Bumenauense levantando o título deste Torneio. Em 11 de abril, o time iniciou a primeira partida goleando de 6 X 1 sobre o Bandeirantes. Em 26 de abril outro placar: 5 X 1 sobre o América; em 2 de maio vencendo o Indaial por 3 X 2. Finalmente chegou o primeiro clássico da cidade, com o Blumenauense enfrentando e vencendo por 7 X 2 o Amazonas no dia 6 de junho. Já no dia 20 a maior goleada, 11 X 1 sobre o Tupy de Gaspar.

Os placares dilatados eram uma constante nos jogos que o Blumenauense disputava. Um exemplo disso foi o jogo contra o Timboense, quando no final a equipe de Blumenau venceu por 8 X 1.   

Em 1943 o Blumenauense também sonhava em ver seu futebol campeão do estado. Esse sonho parecia que se tornaria realidade depois de duas vitórias sobre o Brusquense: 2 X 1, em Brusque; e 5 X 3, em Blumenau, embora o time do Avaí, adversário finalista daquele ano, tivesse a vantagem do mando de campo na segunda partida.

No primeiro jogo a equipe da Blumenauense cedeu o empate de 2 X 2 em pleno Estádio da Baixada, sendo derrotado pelo adversário no Estádio Adolfo Konder, da Federação Catarinense de Desportos, por 5 X 0. 

Mesmo derrotado, o clube contentou-se com o vice-campeonato de 1943, pois conseguia firmar-se entre os grandes times do estado. Nesta época também o clube despedia-se da denominação de Sociedade Desportiva Blumenauense, passando a ser em 1944 Grêmio Esportivo Olímpico.

Diante desse disposto foi baixado pelo Conselho Nacional de Desportos, uma deliberação de número 5.342, em 2 de março de 1943, “alterando denominações que derivassem de nomes de Nações, Estados, Regiões ou Municípios”.

Através de circulares expedidas pelo Conselho, veio uma determinação à direção da Sociedade Desportiva Blumenauense  em que dizia: “A palavra que qualificar o nome de uma associação desportiva, não pode mais derivar dos vocábulos, Brasil, Nação Estado, Território ou Município, que são privativos, respectivamente do CND (Conselho Nacional de Desportos), das Confederações, Ligas e centros classistas desportivos.

Não pode a agremiação mesmo incorporar ao seu nome a palavra Brasil, salvo autorização do CND, e parecer homologado pelo Ministro da Educação e Saúde”.

Após a determinação, dirigentes de clubes de Blumenau entraram em um período de discussões das suas novas denominações. O Recreativo Brasil aproveitaria sua localização, a Alameda Duque de Caxias, para passar a denominar-se Palmeiras EC; o América, da Itoupava Norte, para se tornar Guarani EC; enquanto que a Sociedade Desportiva Blumenauense passaria a Grêmio Esportivo Olímpico.

Já o Amazonas manteve o nome, tirando apenas o “s” e depois passando um período de inatividade. Só retornou após a Guerra, quando novamente não observava-se denominações conforme a deliberação governamental.

O nome Grêmio Esportivo Olímpico foi uma idéia que encontrou simpatia entre os desportistas, porque o clube havia surgido de uma Sociedade de Ginástica Olímpica, e lembraria sempre a extinta Sociedade Ginástica, já então adormecida e paralisada pelo temor de influências alemãs e nazistas.

A reunião de aprovação da denominação coincidiu com a eleição da nova diretoria, a primeira da nova fase do clube, cujo primeiro ato foi a consagração do nome Grêmio Esportivo Olímpico. 

O presidente José Ribeiro de Carvalho foi mantido no cargo, e os demais membros foram os seguintes: Tenente Domingos Costa Hernandez (vice-presidente); Manoel Pereira Júnior (secretário geral); Wilmar da Luz (primeiro secretário); Werner Eberhardt (segundo secretário); Frederico Kretzmann (primeiro tesoureiro); Herbert Wehmuth (segundo tesoureiro); e Nicolau Pederneiras, Victor Krepsky, e Guilherme Pawlowsky Júnior (Willy) na Direção Esportiva. A comissão de sindicância (conselho fiscal) ficou formado por Arthur Rabe Júnior, Otto Abry, Augusto Reichow, Henrique Rieschbieter e Willy Belz.

Em poucos dias a cidade toda tomou conhecimento através da imprensa da grande transformação ocorrida nos clubes de Blumenau. O desaparecimento do nome Sociedade Desportiva Blumenauense entristeceu muitas pessoas, que durante anos aprenderam a amá-la. Porém ao Grêmio Esportivo Olímpico era reservado um grande futuro.

No ano de 1944 chegaria novamente a vez de o rival do Olímpico, chamando-se agora Palmeiras EC, chegar à decisão estadual contra o Avaí. Apesar dos esforços do Palmeiras o time, que tinha Teixerinha como o seu maior astro, acabou perdendo, sendo goleado por 11 X 1. 

A partir de então o jejum branco-grená persistiu durante cinco anos. Em 2 de dezembro de 1944, o “Estádio da Alameda” foi palco para o eterno inimigo quase ceder ao Olímpico mais um título, com um empate em 2 X 2 diante do Guarani (ex-América). No entanto a equipe da casa perdeu por 5 X 2. 

Em 1945 mais uma amarga derrota na decisão contra o Palmeiras. Além do placar de 4 X , o Olímpico perdeu dois pênaltis, quando poderia virar uma partida em que jogava melhor. O mesmo ocorreu em 1946, com o jogo realizado em 12 de janeiro de 1947.

O clássico final foi vencido pelo Olímpico, mas sua campanha não havia correspondido à altura, de maneira que o placar de 3 X 2 conseguido foi apenas para cumprir a tabela. 

 novo nome parecia ter trazido um feitiço para o clube da “Alameda Rio Branco”. Sua diretoria procurava de todas as formas achar um porquê dos insucessos obtidos nos três primeiros anos em que o Olímpico assim se chamava. O Palmeiras repetia novo o título, mas voltava a perder o estadual, depois de duas derrotas para o América, de Joinville. 

O Olímpico voltou a disputar o campeonato de 1948, mas novamente não conseguiu chegar ao título estadual. Esse caminho foi atingido pelo Olímpico na campanha seguinte, conseguindo trazer o primeiro título estadual para Blumenau. 

O Grêmio Esportivo Olímpico tinha retornado em 1948, disputando o Super, mas não conseguindo vencer o campeonato da Liga Blumenauense de Desportos (LBD). O presidente Arnaldo Xavier conseguira para 1949 montar uma equipe combativa, com poucos reforços de fora, mas com a garra de ex-juvenis, além da experiência de alguns remanescentes da equipe vice-campeã de 1943. 

No campeonato da LBD, que começou em 29 de maio, o Olímpico conseguiu vencer o Carlos Renaux, de Brusque, no Estádio da Baixada. No entanto foi derrotado em 5 de junho pelo outro representante de Brusque, o Paisandú por 3 X 2 no vizinho município. Jogando em Gaspar, no Estádio Carlos Barbosa Fontes, a equipe então dirigida pelo técnico José Pera venceu por 4 X 0. 

Depois de nova vitória sobre o Guarani por 5 X 2 chegou o tão esperado clássico da icdade, na época comparado com um Fla-Flu, do Rio de Janeiro, vencido pelos alvi-rubros por 4 X 2. 

Apesar da vitória sobre o Guarani por 3 X 1 no início do returno, nas duas partidas seguintes toda a fome de gols decairia para o Olímpico. Em Brusque empatou com o Carlos Renaux, em 0 X 0, e não passando pelo mesmo marcador diante do Paisandú, em plena Baixada Grená. 

Os resultados estavam difíceis e o campeonato da LBD poderia estar perdido se não fosse a má campanha dos demais concorrentes. Na partida seguinte o Olímpico voltou a vencer, mas apenas por 3 X 2 sobre o Tupy.

Perdeu na fase decisiva para o Carlos Renaux por 4 X 3. As esperanças do time foram retomadas após a vitória no “Eterno Clássico”, diante do Palmeiras por 3 X 1, com gols de Juarês, Renê e Nicolau, descontando para o alviverde o jogador Jonas.

O Olímpico recuperou o título conseguido em 1943, depois de vencer uma melhor de três com o Paisandú, de Brusque. Vencendo o campeonato da LBD, em 1949, coube ao clube o direito de disputar com as demais regiões a posição de finalista.

Como campeão do Continente contra o da Ilha de Santa Catarina, disputado entre os times Paula Ramos, Figueirense e Avaí. Naquele ano repetiu-se a história de 1943. A equipe de Blumenau era dirigida agora por Carlos de Campos Ramos, conhecido como “Leléco”. 

Para chegar ao título máximo estadual, o Olímpico teve que passar pelo Atlético, de São Francisco do Sul, campeão da Liga Joinvilense. No primeiro jogo, na Baixada, conseguiu vencer por 4 X 2, com gols de Nicolau, em 12 de março de 1950.

Uma semana mais tarde, em São Francisco do Sul, os dois adversários voltavam ao confronto, e o Olímpico acabou com o Atlético, em uma vitória de 3 X 2, gols marcados por Nicolau, Juarez e Renê. 

O próximo passo seria vencer o Juventus, de Porto União. Nos dias 26 de março e 2 de abril, ganhou por 5 X 2 em Blumenau e 5 X 1 no reduto adversário. Novamente o Olímpico voltou a decidir com o Avaí, disposto a devolver o amargor da derrota na decisão de Florianópolis, em janeiro de 1944. 

Na primeira partida os grenás fizeram 6 X 1, no dia 30 de abril, no “Estádio da Alameda”, com gols de Juares (2), Nicolau, Renê, Walmor e Testinha. Era vez agora da segunda partida. Um jogo para lotar o “Rstádio Adolfo Konder”, em Florianópolis.  

A equipe do Olímpico estava convicta que pelo menos um empate poderia conseguir em Florianópolis. Os seus jogadores não mudaram suas rotinas na semana que antecedia a grande decisão.

Além dos treinamentos alguns jogadores cumpriram normalmente seus expedientes nas empresas em que trabalhavam. A delegação blumenauense viajou, apesar de tudo desolada para Florianópolis, pois recebeu a notícia de que a brilhante equipe italiana do Torino, detentor do “Scudetto” base da Seleção da Itália, a “Squadra Azurra”, havia morrido em um acidente aeroviário. 

Hora da decisão. Florianópolis havia preparado uma enorme festa, que iniciou no momento em que os jogadores avaianos entraram em campo. Depois do festivo ingresso da equipe da casa no gramado, sob vários foguetes, entrou o Olímpico vaiado. Um minuto de silêncio em homenagem aos jogadores do Torino. O público proporcionou a renda recorde de Cr$ 20.000,00.  

O Avaí parecia ter entrado mais disposto, mas logo o Olímpico impôs seu jogo. A zaga, formada por Aducio Vidal e Arécio, se impôs logo na marcação dos atacantes do time da capital. No primeiro ataque, aos 7 minutos, o Olímpico marcou o primeiro gol da tarde.

“Testinha” conseguiu um bom arremesso contra a meta defendida pelo então melhor goleiro do estado, Adolfinho, com Juarês completando. O mesmo atacante, em questões de minutos alterou o placar, em jogada pessoal, driblando o goleiro adversário. A sorte do Olímpico estava praticamente decretada, de maneira que seus jogadores procuravam apenas administrar a vantagem. 

O Avaí chegou a descontar através de Jair, aos 19 minutos, em uma falha impressionante de Oscar. A equipe da capital, logo em seguida chegou a empatar aos 28 minutos, mas o árbitro, Arthur Lange, da Liga Joinvillense, anuloi alegando irregularidade. 

O Avaí tentou de qualquer maneira chegar à igualdade no marcador. Porém, aos 38 minutos, em uma jogada de Renê, o Olímpico marcou novamente através de “Testinha” de cabeça. Apesar da boa vantagem o jogo não estava terminado.

Logo em seguida ao terceiro gol, Niltinho quase marcou para o Avaí, mas Aducci colocou a mão na bola. O técnico Avaiano, Oswaldo Meira, determinou a cobrança através de Bentevi, mas o goleiro Oscar defendeu. 

Na segunda etapa o jogo caiu de ritmo. No início algumas boas jogadas do Avaí, que até aos 20 minutos foi perdendo o domínio de jogo, com o zagueiro Aducci presente junto com Arécio, constituindo-se ao lado de Juarês na melhor figura do jogo. 

Finalmente o Olímpico acabou com todas as esperanças da equipe da Capital aos 20 minutos do segundo tempo, em mais uma boa triangulação de “Testinha”, Renê e Juarês, completando a goleada de 4 X 1 no campo adversário.

Finalmente uma equipe de Blumenau, depois de várias lutas travadas ao longo de três décadas conseguiu um título estadual. O Olímpico consegue o empate em Florianópolis e trás o título a Blumenau. 

Os campões de 1949: Oscar Meyer: goleiro; Aducio Vidal (Aducci): zagueiro;  Arécio Ávila dos Santos: zagueiro; Arthur Jaeger: zagueiro; Curt Jaeger: zagueiro e meia-esquerda; Amauri Pacheco (Pachequinho): meia-direita; Honorário Meyer: centro-médio; Jalmo Hipólito da Silva: meia-esquerda; Eli Rosa (“Testinha”): ponta-direita; Nicolau dos Santos: meia-dreita; Juares Teixeira: centro-avante; Walmor Belz: meia-esquerda; Moacir Massita Werner: meia-esquerda; Reenê Mapelli: ponteiro direita; Genézio da Silva (“Cabeleira”): ponta-direita; Waldir Luz: goleiro; Técnicos: José Pera até o final do Campeonato da LBD e Carlos de Campos Ramos (“Leleco”) a partir da melhor de três contra o Paisandú, na decisão do campeonato regional até a final diante do Avaí; Presidente: Werner Eberhardt .

Ficha do jogo final:

Gols: Juarês (7 e 9 minutos do 1º tempo), “Testinha” (38 minutos do 1º tempo), Juarês (20 minutos do 2º tempo) e Jair (19 minutos do 1º tempo). 
Arbitragem: Arthur Lange. 
Renda: Cr$ 19.751,00 
Adolfinho – Honduras – Danda – Guido – Boos – Jair –Bentevi – Britinho - Niltinho e Saul. Técnico: Oswaldo Meira. 
Olímpico: Oscar – Aducco – Arécio – Pachequinho – Honório – Jaeger – Testinha – Nicolau – Juarês - Walmor e Renê. Técnico: Carlos de Campos Ramos (“Leleco”).  (Pesquisa: Nilo Dias)

Time campeão de 1949